segunda-feira, 2 de abril de 2001
Como é bom ver o Agassi disparando na Corrida dos Campeões. Ele é um tenista singular, de técnica e carisma indiscutíveis, diferente de seu compatriota Pete Sampras que, apesar de sua técnica primorosa, tem o carisma de um tatu! Vi partidas maravilhosas com o Sampras, mas ele parece uma máquina em quadra, beira a perfeição. Nunca vi ele perder feio. O público tem um forte respeito por Sampras, admiram sua capacidade, mas só. Agassi não, ele desperta ao mesmo tempo paixão e ódio, isso tudo por um simples motivo: ele é humano. Dá gosto de ver o Agassi jogar... ele berra, xinga, briga, chora, erra... ele tem sentimentos como a gente. Por isso a identificação do público. Ele parou de jogar, curtiu a vida, engordou, ficou careca, ralou prá emagracer e retomar a sua melhor forma... ele é como um de nós. Agora, no auge da forma e da maturidade (lembrando outro baixinho, mas o nosso, o do futebol), Agassi tem 425 pontos na Corrida dos Campeões, mais que o dobro do segundo colocado, o francês Arnaud Clement, com 176 pontos. São esses baixinhos que mantém a chama da magia do esporte acesa...
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