Piquet, parece que foi ontem!
Há exatos 15 anos, se aposentava aquele que, na minha opiniao, foi o maior piloto de F1 que eu vi correr. Engraçado como eu tenho mais lembranças de Formula 1 do que de futebol na minha infância, acho que pelo fato de que o Botafogo era tao ruim na década de 80. Minhas lembranças futebolísticas daquela época se resumem ao Laranjito e ao pênalti perdido pelo Zico.
Mas em compensaçao me lembro perfeitamente daquela Brabham "Parmalat", da Lotus preta, patrocinada pela John Player Special, ou amarela, patrocinada pela Camel. Da Williams tricolor, Benneton arco-iris... Niki Lauda, Alain Prost, Nigel Mansel, Ayrton Senna, Rene Arnoux, Michele Alboreto, Keke Rosberg, Riccardo Patrese... Esses nomes fazem mais parte da minha infância do que Sócrates, Zico, Josimar, etc e tal.
Mas o nome de Nelson Piquet sempre será o que eu vou lembrar com mais carinho, pq foi um dos meus grandes ídolos naquela época. O fato de ser uma figura polêmica, de falar o que pensava, ir contra essa imagem de almofadinhas que a F1 sempre teve acho que ajudou muito a ganhar minha atençao e simpatia. Ele era quem era, nao fazia pose, falava mal dos colegas que nao gostava e bem dos que lhe caíam bem.
E tbm, como nao, pela personalidade para ir contra o queridinho da mídia, Senna, com frases como "Senna é o melhor piloto? Porra nenhuma! Melhor é o Prost, que é tetracampeão", ou a cruelmente sincera declaraçao logo após a morte de Senna, quando todos choravam ("Um piloto de Fórmula 1 só ganha milhões de dólares porque convive com o risco de morrer. As pessoas grudam os olho na televisão durante as corridas porque sabem que é o perigo de um acidente fatal o que dá graça a esse esporte").
Em comemoraçao à essa dupla de pilotos geniais, ponho aí abaixo aquele GP da Hungria, onde Piquet fez uma das maiores ultrapassagens da história da F1.
Como ele mesmo dizia, o sangue de Piquet tem mais gasolina do que hemoglobina e sua paixao pelo automobilismo era impossível de nao se admirar. Principalmente numa época em que a Formula 1 tinha equilíbrio e talento de sobra. Numa época em que o piloto tinha que entender de mecânica, tinha que levar o carro no braço, tinha que saber desenvolver motores e era parte fundamental na evoluçao das equipes.
Em tempos como o de hoje, em que a F1 é um marasmo, com pilotos medíocres e carros que praticamente sao pilotados por controle remoto, dá aquela saudade dos anos 80. E saudades do nosso tri-campeao, ídolo dentro e fora da pista!
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