sexta-feira, 2 de julho de 2004

A primeira semana!

Vamos entao por partes...

Em primeiro lugar o pai's... o Libano... Beirute. As semelhancas com o Brasil sao imensas. O povo simpatico e acolhedor, a situacao economica dificil para a populacao e a disparidade de renda. O salario minimo aqui eh aproximadamente 600 reais... A unica dificuldade eh conseguir um emprego. Mas para quem tem instrucao, o poder aquisitivo eh maior do que no Brasil.

Sao duas as principais diferencas entre o Brasil e o Libano: educacao e criminalidade.

Nove entre 10 pessoas que voce encontra nas ruas fala outra lingua, na maioria das vezes frances, mas todos se viram muito bem no ingles. O ensino basico eh bilingue, excelente e o acesso as universidade nao eh beneficio apenas dos ricos, como no Brasil. Para aqueles que tem um pouco mais dinheiro (classes media a alta), suas criancas sao educadas desde o berco em duas liguas, sendo que no colegio eles introduzem a terceira. Nossas priminhas, filhas de Joseph e Labib, se comunicam perfeitamente em tres linguas... Mais abaixo conto mais sobre a familia.

A segunda diferenca eh a violencia e criminalidade. Sao rarissimos os assaltos e roubos. Os carros ficam abertos nas ruas, assim como as portas das casas. Eu, acostumado com o Rio de Janeiro, ainda nao consegui me acostumar com isso!

O transito eh um caos... sem nocao! Nao ha organizacao, as ruas e avenidas sao de mao dupla, pessimas e estreitas e nao ha sinais de transito ou regras de direcao... todo mundo dirige como quer, fazendo o que bem entender e sempre com a mao na buzina. Todo mundo tem carro por aqui pq, como eu lhe disse, a cidade nao eh mais uma soh, sao muitas e, como nao ha transporte coletivo e os trabalhos e universidade nao sao em bairros residenciais, a unica maneira de se locomover eh por carro... Tantos carros causam enormes engarrafamentos nas vias principais, mas facilmente contornaveis se conhecendo as secundarias... Uma zona, mas nao vi sequer um acidente ateh agora. O que nao eh de se impressionar, pq afinal de contas, para um povo que sobreviveu mais de 15 anos sem governo e em guerra, caos no transito nao eh nada...

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