segunda-feira, 17 de setembro de 2001

O jornalista ROBERT FISK, do jornal britânico The Independent, escreveu o melhor artigo que eu li até agora sobre os atentados terroristas aos EUA. Nele, Fisk mostra como os ataques foram uma provocação de Bin Laden para alcançar o seu objetivo principal: a retaliação americana! E Bush está caindo como um patinho...

No mesmo artigo, com clareza e sem papas na língüa, Fisk desenterra os podres cometidos pelos EUA no Oriente Médio, com destaque para os trechos traduzidos abaixo:

"...O maior ato terrorista da história moderna começou há 19 anos, no dia 16 de setembro de 1982, quando os aliados paramilitares de Israel começaram três dias de orgia, estupros, esfaqueamentos e assassinatos nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, matando 1.800 pessoas. O fato aconteceu logo após a invasão israelense do Líbano para expulsar a OLP do país, com o aval do secretário de Estado americano, Alexander Haig, e custou 17.500 vidas libanesas e palestinas, quase todas civis. Provavelmente três vezes o número de vítimas do World Trade Center. Mas eu não me lembro de nenhum discurso comovente sobre a democracia ou a liberdade..."

"...O erro dos EUA por não agir corretamente no Oriente Médio, suas vendas promíscuas de mísseis àqueles que os empregariam contra civis, sua falta de consideração pelas mortes de dezenas de milhares de crianças iraquianas por causa das sanções cujo principal apoio é dado por Washington - tudo está intimamente relacionado com a sociedade que produziu os árabes que trouxeram aos EUA o terror..."

"...o que aconteceu em Nova York foi um crime contra a humanidade. E isso significa policiais, detenções, justiça, toda uma nova corte internacional em Haia, se for necessário - mas não mísseis, bombas de "precisão" e vidas muçulmanas sacrificadas em vingança pelas vidas ocidentais. Mas a armadilha já foi instalada. Bush - e talvez todos nós - estamos neste momento marchando rumo a ela."


Não deixe de conferir esse genial artigo, até para enriquecer seu discernimento e formar uma opinião própria e isenta dessa cobertura alienadora da televisão americana.

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