segunda-feira, 25 de junho de 2007

Soldados da ONU morrem numa cidade que ficou conhecida pela tortura!

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Soldados da ONU buscam ajuda após a explosao

Seis soldados da Força Interina da ONU no Sul do Líbano - UNIFIL - foram mortos ontem vítimas de uma explosao de um carro bomba na cidade de Khiam, sul do Líbano.

Agora há um fato sobre Khiam que faz esse atentado diferente e que você provavalmente (e infelizmente) nao vai ler nos jornais por aí.

De Khiam só vao se lembrar os que conhecem o Líbano e os anos e anos de atrocidades que aconteceram nesta cidade durante a ocupaçao israelense, graças à prisao que Israel alí manteve durante 15 anos, de 1985 ao ano 2000.

Sabe Abu Ghraib? Entao... Abu Ghraib é a versao iraquiana do que foi durante anos Khiam!


A prisao de Khiam ficou conhecida por ser durante anos um antro de tortura e execuçao de prisioneiros árabes pelo exército de Israel, mantidos em cárcere sem julgamento e acusaçao oficial. Muitas vezes nem se sabia quem estava preso em Khiam.

Presos palestinos detidos em Gaza e Cisjordânia eram mandados pra lá. Presos libaneses eram torturados e mortos dentro do próprio país e, muitas vezes, por torturadores libaneses do Exército do Sul do Líbano, a milícia cristã libanesa contratada e mantida por Israel para ajudá-los a administrar a prisao e a lutar contra o Hezbollah.

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A prisao de Khiam

"Essa prisao é totalmente fora da lei. Os libaneses e palestinos alí detidos nao tem nenhuma idéia de quando ou até mesmo se serao libertados" disse, em 1999, Hanny Megally, entao diretor executivo da organizaçao Human Rights Watch. "A comunidade internacional nao pode mais aceitar o que Israel faz dentro dessa prisao. E Israel deve ser ser julgada e arcar com as consequencias pelas constantes violaçoes das leis humanitárias e de direitos humanos internacionais que acontecem dentro de Khiam." Complementou Megally, poucos meses antes da prisao ser desativada para sempre.

Aqui vc pode encontrar um dos muitos relatórios da HRW sobre Khiam.

Depois da retirada de Israel, em 2000, a prisao foi desativada e tranformada em um museu, para que as torturas e barbáries nao fossem jamais esquecidas.

Mas durante a guerra do ano passado, o exército israelense "fez questao" de guardar um dos bombardeios especialmente para varrer a prisao de Khiam do mapa, destruindo-a para sempre.


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A prisao já transformada em museu, antes de ser destruída por bombardeios israelensese, ano passado

Quanto ao atentado em si, deixa ainda mais claro o que eu venho dizendo nos últimos textos. Que forças externas estao fazendo de tudo para desestabilizar ainda mais o Líbano e jogá-lo em outra guerra civil. Plantam um grupo de guerrilheiros radicais no norte do país... assassinam políticos e explodem bombas contra a populaçao em Beirute... E agora matam soldados da ONU no Sul...

Interessados sao muitos para que a instabilidade da regiao aumente... os únicos a quem esse jogo doentio nao tem nenhuma graça sao os libaneses, que todos os dias vêem o país ir rolando ladeira abaixo.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

HOJE NA TVE BRASIL

Estarei hoje, quarta-feira, participando do programa "Espaço Público" da TVE Brasil.

O tema será Oriente Médio e as crises na regiao.

A TVE pode ser vista no Rio de Janeiro pelo canal 2, o entao pela Sky, NET ou antena parabólica.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Quem será o próximo?

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Demorei um pouco para escrever sobre o assassinato do membro do parlamento libanês e ex-juiz, Walid Eido, morto vítima de um carro bomba na quarta-feira da semana passada. Queria digerir um pouco melhor a notícia e baixar um pouco o sangue quente que subiu depois de mais essa tentativa canalha de desestabilizar ainda mais a frágil situaçao política do país.

Eido era do grupo de Hariri, sunita, e um jurista bastante respeitado, extremamente crítico das intervençoes sírias no país. Mas eu conheci mesmo Eido há pouco tempo, quando ele corajosamente foi a público chamar de "ocupaçao" as manifestaçoes, barricadas e tumultos em Beirute provacados pelo Hezbollah numa tentativa frustrada de derrubar o governo. Eido comparou as revoltas urbanas e toques de recolher em toda a cidade impostos pelo grupo naqueles dias com a ocupaçao israelense no sul do Líbano.

A capa do L'Orient-Le Jour no dia seguinte ao assassinato de Eido trazia a seguinte manchete:

"70...69...68."

Essa contagem regressiva é pelo fato de que, como nao há suplentes no parlamento libanês, eliminando os parlamentares que apoiam o governo até o número de 65, o primeiro ministro Fouad Siniora perde a maioria na casa. Primeiro foi o líder das Falanges Libanesas Pierre Gemayel, morto em novembro do ano passado... Agora Eido... seja lá quem esteja por trás disso, agora só precisa matar mais três parlamentares governistas.

Eido foi morto, assim como meu vizinho e genial jornalista e intelectual Samir Kassir, o nobre comunista George Hawi, o corajoso jornalista Gibran Tueni e o também parlamentar Pierre Gemayel... Em comum? Todos eram ativistas e críticos contra a interferência síria no país.

Mas nao há nenhum suspeito ou nenhuma prova que a Síria esteja por trás da morte de Eido... como nao há das mortes de Kassir, Hawi, Tueni, Gemayel... Pra falar a verdade, nao há nem mesmo pistas... nao há nenhuma prisao... nunca ouvi falar de nenhuma investigaçao...

Parece que realmente mais fácil colocar a culpa desses acontecimentos na instabilidade interna do Líbano e continuar dizendo que o país está indo por um caminho sem volta rumo à conflitos internos.

Vai ver por isso nao há investigaçoes, pistas, prisoes ou culpados... há apenas mortos. E enquanto essa indiferença bizarra continuar e ficarem todos pendentes desse tal tribunal internacional que "trará justiça" aos que mataram Hariri, mortos continuarao.

Nao adianta apenas culpar os elementos externos das desgraças, se os agentes internos simplesmente perderam totalmente a fé e confiança no seu estado ao ponto de pensar que a única investigaçao quer funcionaria seria de fora! Nao vai ser um tribunal imporovisado da ONU que vai resolver os problemas do Líbano e vai acabar com essa onda desenfreada de assassinatos políticos.

Os próprios libaneses tem que encontrar uma forma de neutralizar de vez essa dependência de fatores externos para resolver seus problemas internos e, ao mesmo tempo, uma forma de também neutralizar fontes externas de instabilidade. E passar assim a tentar entre eles pacificar as insatisfaçoes internas, achando de vez um sistema realista e igualitário de governo. Pq enquando o Líbano continuar sendo esse país de marionetes e esse palco de atrocidades de vizinhos sádicos, mais políticos, jornalistas e intelectuais vao fazer companhia no cemitério a como Eido, Kassir, Hawi, Tueni, Gemayel e tantos outros.

sábado, 9 de junho de 2007

O DISCO DO ANO!!!

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Primeiro foi a novidade... Uma mistura de coral com orquestra sinfônica e banda de rock, com quase 30 músicos e cantores e um espírito meio Jesus Cristo Superstar, fazendo um som hippie hipnótico-licérgico, com um visual que lembra aquelas seitas malucas americanas.

Nao dá pra nao reconhecer que os texanos do Polyphonic Spree chamaram a atençao e ganharam notoriedade muito mais pela curiosidade do que pela qualidade do som. Apesar de algumas boas baladas como a bem conhecida "Light & Day", o que chamou a atençao da mídia e os fizeram ganhar fas foi a criatividade e peculiadade do grupo, com um visual uniformizado ao usar túnicas no palco, além das letras e astral positivista e eufórico... Quase religioso.

O que rendeu tbm muitas críticas, algumas pesadas, como a da revista Entertainment Weekly, que classificou o segundo disco da banda, "Together We're Heavy", como o segundo pior album do ano em 2004, criticando o que a revista definiu como "falsa imagem de alegria" passada pelo grupo.

Mas o Poliphonic Spree terá a chance de responder a todas as críticas e, pq nao, ao desejo dos fas de novas músicas, com o lançamento do disco novo, The Fragile Army, que será lançado semana que vem no mundo todo.

Tive acesso à The Fragile Army e posso dizer que nao só é o melhor (e mais comercial) disco da banda até hoje como tbm é o melhor disco do ano!

Carro chefe do álbum, o single "Running Away", já nasce um clássico, reunindo todas os elementos que fizeram do Polyphonic um sucesso, adicionando um lado mais rock e pop ao som do conjunto, sem perder a qualidade. Estao aí os vocais, a orquestra, as letras leves, quase esotéricas e cafonas, mas unidas à uma guitarra elétrica e batidas envolventes.

"Eu me senti tao feliz e contente hoje
Porque vc decidiu estar na minha vida
É como correr por aí com o vento na sua cara!
É como voar!"

Abaixo vc pode conferir o vídeo de Running Away e ver o Polyphonic com seu novo visual, esse uniforme preto com um coraçao e uma cruz vermelha no peito. Segundo o maestro, vocalista e líder da banda, Tim DeLaughter, "o coraçao simboliza o carinho e a compaixao. Já a cruz vermelha representa o cuidado com os demais que nós, seres humanos, somos todos capazes de ter..."

Você pode até nao gostar do som do Polyphonic Spree, mas a proposta da banda de "pregar" o amor, o carinho e a amizade na atual situaçao do mundo em que vivemos é no mínimo louvável.

Por mais forçado que possa soar ou parecer, mal, com certeza, nao vai fazer!

Um aniversário para nao comemorar

Reflexoes no aniversário de 40 anos da "Guerra dos Seis Dias", no site do Sidney Rezende.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Denzel Washington, Russell Crowe, Ridley Scott... UAU!

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Saiu o trailler do esperado "American Gangster", novo filme do diretor Ridley Scott.

Em "American Gangster" o boa praça Denzel Washington faz o papel do mafioso Frank Lucas, um dos maiores traficantes de heroína dos EUA nos anos 70. Já o australiano encrenqueiro Russell Crowe faz o papel do detetive Richie Roberts, o policial que passou anos perseguindo o bandidão pelas ruas do Harlem, em Nova Iorque.

Diretor de clássicos como "Alien", "Blade Runner" e "Chuva Negra", Ridley Scott continua a parceria com Russell Crowe que rendeu o excelente "Gladiador" e o péssimo "Um Bom Ano".

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Nova explosão no Líbano mata uma pessoa

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Um carro bomba explodiu agora a pouco no distrito de Zouk Mosbeh, 20km ao norte de Beirute. A explosão matou uma pessoa e deixou três feridas.

Cenário da foto do cabeçalho desse blog, Zouk Mosbeh é um tranquilo distrito cristão que fica na montanha em frente à baía de Jounieh e foi minha casa nos primeiros 6 meses de Líbano. Meu antigo apartamento fica a apenas alguns quarteirões do local da explosão.

Zouk é conhecido pq é onde está localizada a Notre Dame University, uma das principais universidades católicas do Líbano. Administrada por padres da igreja Maronita, foi lá que eu estudei meus dois anos de mestrado.

Os Maronitas - ou filhos de São Maron - são uma das 23 igrejas autônomas que formam a Igreja Católica. Todas professam a mesma fé e doutrina, sendo fiéis ao Papa, mas têm histórias, tradições, ritos e liturgias diferentes. A grande maioria dos cristãos libaneses são maronitas, seguidos pelos Armênios, Ortodoxos e Melquitas.

São maronitas também os radicais religiosos das Forças Libanesas, milícia armada com base nas montanhas do norte do país, famosos pela parceria com Israel durante a guerra civil do Líbano e pela participação no massacre dos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Escândalo envolve astro do futebol americano com rinhas de cachorros.

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A notícia estourou já há mais de um mês, quando a polícia de Surry County, no estado da Virginia, nos EUA, invadiu uma das casas do multimilionário quarterback do Atlanta Falcons, Michael Vick, em busca de drogas.

Mas a ilegalidade encontrada na casa de Vick, um dos atletas mais bem do mundo, foi ainda mais chocante.

Cerca de 70 cachorros das raças pitbull e bull terrier foram encontrados em condições péssimas de tratamento e com marcas e materiais que apontavam o local claramente como um centro de criação e treinamento de cães usados em rinhas.

Apesar dele negar conhecimento das atividades, dizendo que um primo vivia na casa e ele ali nao ia há bastante tempo, desde que a notícia foi divulgada pela FOX, Michael Vick, que tem um contrato estipulado na casa dos 100 milhoes de dolares, vem sendo investigado por autoridades federais americanas e a cada dia surge um novo indício ligando-o ao submundo asqueroso das rinhas de cachorros.

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Foto do enorme canil que Vick mantinha escondido nos fundos da casa

Escrevo esse textinho aqui hoje pq agora a pouco a polícia divulgou ter informantes e testemunhas que dizem terem visto, diversas vezes, Vick em rinhas em diferentes cidades americanas. E isso não só pode levar à uma suspensão do jogador sob o novo - e extremamente autoritário - código de conduta da NFL, mas principalmente pode levá-lo à cadeia!

Um bom lugar para acompanhar essa história triste e surreal é o site do meu amigo Mike Florio, Pro Football Talk, que dedicou uma página exclusiva para atualizar as notícias sobre o caso, sempre com um tom irônico genial.
Só jogão em Roland Garros

Se vc vai passar o feriadão em casa, se abrigando da friaca que assola as regiões sul e sudeste, aqui vai uma dica de programão na TV.

As semifinais de Roland Garros - o aberto de tênis da França - foram definidas hoje e prometem ser de arrepiar.

O #1 do mundo e provavelmente de todos os tempos, Roger Federer, encara o russo Kolya Davydenko, #4 do ranking e um dos profissionais mais subestimados do circuito, na minha opinião.

A outra partida é entre dois dos mais jovens e talentosos tenistas do mundo, o turbinado mallorquín Rafa Nadal, 2° melhor tenista ranqueado e praticamente invencível no saibro, e o sérvio Novak Đoković, #6 do ranking e numa fase impressionante essa temporada.

Apesar do clima de espectativa para mais um confronto entre Federer e Nadal, vale a pena conferir as semis pq a vaga na final não deve sair de graça.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Um aniversário para não comemorar

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Hoje, dia 5 de junho de 2007, é o triste aniversário de 40 anos da guerra que mudou radicalmente o Oriente Médio.

Em 1967 Israel venceu a coalisão árabe e passou a ocupar os territórios palestinos de Jerusalém Oriental, Cisjordânia e faixa de Gaza, além do deserto egípcio do Sinai e as colinas sírias do Golã. A chamada "Guerra dos Seis Dias" marca não só o início da infame política de expansão e discriminação do jovem Estado de Israel nos territórios árabes da Síria, Egito e Líbano, mas principalmente passa a regular com apenas um governo todo o território da antiga Palestina. Guerra de seis dias que dura 40 anos para aqueles que vivem em um Estado que se divide abertamente entre dois povos diferentes, onde o critério usado para definir os direitos básicos dos seus habitantes é a religião. Cerca de 4 milhões de palestinos vivem hoje em Israel numa situação que frequentemente é comparada por muitos com a África do Sul sob apartheid.

É inevitavel notar que muito mudou desde 1967, principalmente em relação às autoridades árabes em rever a posição contra Israel, se mostrando cada vez mais dispostos a diálogos para o fim dos conflitos. Mas o processo de paz morre a cada dia com as políticas de um governo israelense cada vez mais repressor e, concequentemente, com as respostas dos militantes palestinos cada vez mais violentas.

Apesar de alguns pontos positivos e surpreendentes que puderam ser vistos no anterior governo comandado pelo general Ariel Sharon, os atuais líderes políticos israelense se mostram fiéis aos mesmos objetivos de seus antecessores de 40 anos atrás. Por trás de um fiel apoio financeiro e político dos EUA que mantém a imunidade de Israel perante as leis internacionais, o atual governo continua a construção de um muro grotesco e um sistema de estradas surreal com o objetivo de sitiar a Cisjordânia e seus habitantes, transformando o território na maior prisão do mundo. Enquanto palestinos são submetidos à discriminação, miséria e opressão, principalmente na terra de ninguém que se tranformou a Faixa de Gaza desde a suspensão das ajudas humanitárias internacionais, o governo israelense continua vendendo aos seus habitantes vidas falsas, como se estivessem na Suécia.

Um governo que transformou um irresponsável sequestro de soldados pelo Hezbollah, a milícia xiita libanesa, em uma guerra de proporções abomináveis que matou milhares de civís no país vizinho. Guerra essa que agora é apontada por investigações do próprio país em um erro enorme, podendo inclusive terminar na queda de toda a cúpula do poder.

Indo totalmente contra à resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU, os políticos israelenses dia a dia acabam com a possibilidade da existência de dois Estados, a única solução realista para o problema, turbinando a colonização da Cisjordânia em proporções que são impossíveis de reverter. Hoje, cerca de 450 mil israelenses vivem nos 140 assentamentos ilegais que cobrem mais de 40% da área onde deveria ser a Palestina. Área essa contruída em terras desapropriadas ilegalmente e sem nenhuma compensação, rodeada pelo infame muro e arame farpado e cortada pelas estradas de uso exclusivo dos israelenses.

Hoje, 4 milhões de palestinos vivem em condições sub humanas em campos de refugiados nos países vizinhos. E algumas das consequências se vêem há duas semanas no Líbano, onde militantes religiosos que usam campos de refugiados palestinos para se esconder estão em choque com o exército libanês. Os confrontros já matram cerca de 114 pessoas. No mesmo período, 4 carros bomba explodiram no país deixando 2 mortos e dezenas de feridos.

O aumento desenfreado e incontrolável da violência na região atinge cada vez mais à população judaica, acabando aos poucos com a falsa sensação de segurança que o governo israelense sempre tentou passar para a população. Ao sul, desde Gaza, ao norte, desde o Líbano, Israel vê cada vez mais de perto o perigo bater à sua porta. Cada dia que passa é um dia a menos para se negociar. Viver em paz é possível, mas só quando o povo israelense e seus aliados internacionais decidirem se querem realmente a paz ou se querem continuar subjugando e humilhando os palestinos e os vizinhos árabes.

Mas a notícia que temos hoje é de que o exército israelense está se preparando para uma eventual guerra em dois frentes, norte e sul... Semana passada ouvimos o anúncio da construção de 2 mil e 500 casas em Jerusalém Oriental... Dá pra ter esperança assim?