Ainda no terreno esportivo, sábado passado eu fui ao Maracanã ver o Fla X Flu. O jogo foi confuso e os dois times têm suas limitações... salvo um ou outro jogador, falta categoria até pro gandula. Mas meu post não é sobre o jogo em si, mas sobre alguns detalhes off court.
Fui de cadeiras especiais, a convite de um amigo... mermão, parecia um desfile de moda. Cheio de patricinhas e gatinhas com os papais tricolores... Se os tricolores são fracos dentro de campo, fora dele o jogo foi show de bola.
E o Flamengo... Bem, sempre tive muito respeito pela torcida do Flamengo e como ela realmente tem o poder de mudar um resultado atuando como 12º jogador. Sua força quando inflamada é de arrepiar. O time tinha acabado de empatar o jogo, nuvens negras fecharam o céu carioca e uma ventania sinistra prenunciava (será que essa palavra existe???) uma tempestade du capeta. E a torcida do Flamengo gritava... gritava... gritava... até acabar a energia no estádio. Luzes se apagaram e pronto! Ali começou o espetáculo. Não sei se foi uma impressão causada pela 6ª latinha de Bavaria que eu tinha acabado de detonar, mas o que vi foi um frenezi tomando conta de cada rubro negro presente, transformando o Maracanã num grande baile funk. Camisas girando e bandeiras tremulando em harmonia com o crepúsculo ventanoso que levantava papéis num balé ritmado sob o anel do estádio, acompanhando a melodia apaixonada da torcida pelo seu time do coração... Fiquei pasmo e até mesmo emocionado com aqueles 10 ou 15 minutos de euforia... Lembrei de Nelson Rodrigues e suas eternas lembranças de Fla X Flu no Maior do Mundo.
São essas e outras coisas que fazem do futebol um esporte apaixonante, que move multidões e, assim como na morte, por 90 minutos, transforma ricos e pobres em iguais... iguais no amor pela mística da camisa que corre atrás da bola.
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