Vamos lá então... hora de voltar a escrever nessa joça. Vamos falar de Master Series de tênis.
Como nem todo mundo é grande entendedor de tênis, antes de falar de Guga, Hewitt, Roddick, Safin e etc, vale uma passadinha rápida na estrutura da temporada de tênis profissional, como ela funciona e porque um Master Series é mais importante que um torneio comum.
Organizada pela ATP (Association of Tennis Professionals), a temporada de tênis profissional toma praticamente o ano todo. O ano começa com todos os tenistas com zero pontos no ranking, chamado de "Corrida dos Campeões". Cada tenista independe de sua campanha no ano anterior. A cada nova temporada são computadas 18 de suas performances nos campeonatos disputados ao longo do ano, 13 delas nos chamados "Torneios Obrigatórios" (4 Grand Slam e 9 Master Series) e os outros cinco melhores resultados que o tenista obtenha durante a temporada de torneios internacionais da ATP (International Series).
Os torneios de Grand Slam são os mais importantes e tradicionais: Aberto da Austrália (janeiro), Roland Garros (maio), Wimbledon (junho) e Aberto dos EUA (agosto). São torneios mais longos, com disputas de 5 sets e que oferecem 200 pontos no ranking ao vencedor e premiações milionárias. O Aberto da Austrália deste ano foi vencido pelo veterano Andre Agassi.
Completando os torneios obrigatórios, temos os Master Series, que oferecem 100 pontos ao vencedor e premiações que podem passar os US$3 milhões. Os Master Series são torneios geralmente mais atrativos para a televisão, pois são torneios curtos disputados em 3 sets, com os melhores tenistas do mundo jogando entre si desde a primeira rodada. Emoção do começo ao fim. Esse ano, o calendário dos Master Series é:
Março - Indian Wells
Março - Miami
Abril - Monte-Carlo
Maio - Roma
Maio - Hamburgo
Agosto - Montreal
Agosto - Cincinnati
Outubro - Madrid
Outubro - Paris
Se o tenista deixa de disputar um dos 13 torneios obrigatórios, não marcará os pontos e provavelmente perderá valiosas posições no ranking.
Aí temos os torneios internacionais da ATP, que variam de pontuação conforme sua importância e visibilidade (leia-se premiação). As premiações vão de US$1 milhão a US$400 mil, assim como a pontuação varia de 60 para 35 pontos na Corrida dos Campeões (O ATP da Costa do Sauipe, por exemplo, vale 35 pontos e dá US$400 mil em premiação). Os cinco melhores resultados do tenista nestes torneios são computados na Corrida, formando assim o ranking mundial.
Os oito melhores jogadores da temporada se enfrentam no último torneio do ano, o Masters Cup, que oferece 150 pontos para o campeão, além de uma premiação que ultrapassa os US$3 milhões. Esse ano a Masters Cup será disputada em Houston, EUA.
Hoje a Corrida dos Campeões está da seguinte maneira:
1º - Andre Agassi - 236 pts
2º - Rainer Schuettler - 181 pts
3º - Roger Federer - 160 pts
4º - Andy Roddick - 129 pts
5º - Wayne Ferreira - 110 pts
6º - Jan-Michael Gambill - 88 pts
7º - Juan Carlos Ferrero - 86 pts
8º - Felix Mantilla - 84 pts
9º - Karol Kucera - 81 pts
10º-Younes El Aynaoui - 79 pts
10º-Gustavo Kuerten - 79 pts
Bem... espero que tenha dado pra entender mais ou menos como funciona a temporada da ATP e te ajude a acompanhar melhor a trajetória de Guga de volta à elite do tênis mundial, lugar de onde ele nunca deveria ter saído.
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