Então já que estamos falando de golfe, vale aqui uma observação sobre a transmissão HORROROSA da ESPN Internacional.
Já são folclóricas as presepadas dos narradores da ESPN Internacional, com suas gafes cômicas e traduções que lembram os quadros do Casseta & Planeta. Mas este fim de semana a falta de profissionalismo do canal americano passou dos limites.
Durante as transmissões do US Open de golfe, um dos mais tradicionais torneios do mundo, os narradores Marco Antônio "alguma coisa" (os nomes dos narradores não constam em nenhuma parte do site da ESPN), Jacó Kramer e "dom" Eudes de Orleans e Bragança (como se ainda vivêssemos nos tempos da princesa Isabel para chamar alguém de dom) deram um show patético de arrogância e amadorismo, beirando o ridículo.
Se valendo talvez da "experiência pessoal" ou mesmo por falta de interesse e respeito ao público, os narradores mal de deram ao luxo de simples e rápidas pesquisas sobre a história do torneio e retrospecto dos atletas. O descaso é tanto que eles chegam a chegam a ler no ar um email de um telespectador perguntando "Qual o jogador com o maior número de títulos do US Open?" e respondem "Bem.... eu acho que é o fulano... mas se bem que pode ser o ciclano... ah, faz o seguinte, nós vamos ver aqui e jajá falamos". E assim se repetiram emails e mais emails com perguntas básicas e eles batendo papo como se estivesse numa mesinha do Club Med tomando seus scotchs.
Imagina se um profissional que está narrando o campeonato espanhol não sabe quantos títulos o Barcelona têm em sua história? Ou um narrador de basquete não saber qual o time com maior número de títulos da NBA? Ou o maior artilheiro de campeonatos brasileiros? São informações básicas que qualquer profissional deve ter do esporte que está narrando e não sabê-las é um absurdo e total desrespeito ao telespectador. Ainda mais com a internet disponibilizando isso tudo nos sites oficiais dos eventos.
Isto tudo além de destilarem piadinhas preconceituosas e machistas sobre uma polêmica recente envolvendo o golfista VJ Singh e esquecer as partidas para falar sobre o clima e as roupas dos jogadores, deixando o telespectador totalmente alheio ao esporte. Nunca são apontados os favoritos, as histórias dos golfistas, quais as estrelas, ou seja, leva-se em conta que o telespectador é profundo conhecedor do esporte, que na verdade eles mesmo mostram não ser.
Uma falta de respeito com o público (que inclusive é assinante) e um desperdício de espaço para bons profissionais fazerem um trabalho de qualidade.
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