Assassinato transforma Beirute em cidade fantasma
Fernando Kallás
De Beirute - BBC Brasil
O assassinato do ministro da Indústria do Líbano, Pierre Gemayel, transformou Beirute, que até a manhã desta terça-feira se preparava para as comemorações do dia da independência libanesa, em uma cidade fantasma.
Ao invés do clima festivo, a capital do Líbano foi tomada pela revolta, pela tensão e pelo medo e passou o dia com as ruas desertas e o comércio fechado.
Gemayel foi morto vítima de uma emboscada no bairro de Gedeide, região norte de Beirute. Um atirador não identificado atingiu seu carro com vários tiros e fugiu do local sem deixar rastro. Momentos depois da morte de Gemayel, outro ministro libanês teria também sido vítima de uma tentativa de assassinato.
Segundo fontes do governo, o escritório do ministro de Relações Parlamentares, Michel Faraoun, foi atacado a tiros de metralhadora por um carro em movimento, que também fugiu sem ser identificado.
Simpatizantes da Falange Libanesa, partido do qual Gemayel era um dos líderes, saíram às ruas do centro da cidade e fecharam uma das principais avenidas da capital com objetos em chamas. Sobrecarregada, a rede telefônica ficou inoperante durante quase uma hora, aumentando ainda mais a angústia daqueles que buscavam saber se parentes e amigos estavam bem.
Os traumas deixados pelos bombardeios israelenses e o medo de novos conflitos com a sempre instável divisão religiosa e política do Líbano só fizeram aumentar o choque e a intensidade da reação à morte do ministro.
Tradição política
Líder influente em grande parte da comunidade cristã libanesa e herdeiro de uma família de forte tradição política no país, Pierre não foi o primeiro Gemayel a ser assassinado. Seu tio, Bashir Gemayel, foi morto dias depois de assumir a Presidência, em 1982, durante a Guerra Civil que durou cerca de 15 anos. Com a morte de Bashir, o pai de Pierre, Amin Gemayel, assumiu a Presidência e governou até 1988.
Pierre Gemayel apoiava o governo do primeiro-ministro Fouad Siniora, era grande opositor do governo sírio e militava pela implementação de um tribunal internacional para investigar a morte do ex-primeiro-ministro Rafiq Hariri.
O filho de Hariri, Saad Hariri, foi um dos primeiros a se pronunciarem sobre a morte de Gemayel.
"Hoje um dos grandes militantes por um Líbano livre e democrático foi assassinado. E tudo nos leva a crer que a Síria está por trás de tudo isso", disse Saad Hariri, membro do Parlamento libanês.
"O povo libanês não vai desistir na luta pelo tribunal internacional. Pelo contrário, vamos levar a justiça aos que mataram Pierre Gemayel."
Oposição
Com a morte de Gemayel, a tensão entre governo e oposição aumenta ainda mais, já que a situação no país era muito delicada desde a semana passada, quando seis ministros oposicionistas renunciaram em protesto contra o governo.
A oposição, formada pelos partidos xiitas Amal e Hezbollah e pelo Partido Laranja, movimento cristão liderado pelo ex-presidente e general Michel Aoun, pedem a renúncia de Siniora e a formação de um novo governo.
Os oposicionistas argumentam que o governo tem de ser representativo de todos os partidos libaneses. Os protestos vêm do fato de que o atual governo se recusa a dar à oposição os ministérios que seriam equivalentes à sua participação parlamentar, de 44%.
A situação agora na capital libanesa é de enorme apreensão. A segurança foi redobrada e o Exército toma conta das ruas. Ainda não se sabe se as festividades do dia da independência vão acontecer normalmente nesta quarta-feira. Mas a noite de terça-feira prometia ser longa para aqueles que esperavam o próximo capítulo de uma série de conflitos que parece não ter fim.
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
sábado, 4 de novembro de 2006
Piquet, parece que foi ontem!
Há exatos 15 anos, se aposentava aquele que, na minha opiniao, foi o maior piloto de F1 que eu vi correr. Engraçado como eu tenho mais lembranças de Formula 1 do que de futebol na minha infância, acho que pelo fato de que o Botafogo era tao ruim na década de 80. Minhas lembranças futebolísticas daquela época se resumem ao Laranjito e ao pênalti perdido pelo Zico.
Mas em compensaçao me lembro perfeitamente daquela Brabham "Parmalat", da Lotus preta, patrocinada pela John Player Special, ou amarela, patrocinada pela Camel. Da Williams tricolor, Benneton arco-iris... Niki Lauda, Alain Prost, Nigel Mansel, Ayrton Senna, Rene Arnoux, Michele Alboreto, Keke Rosberg, Riccardo Patrese... Esses nomes fazem mais parte da minha infância do que Sócrates, Zico, Josimar, etc e tal.
Mas o nome de Nelson Piquet sempre será o que eu vou lembrar com mais carinho, pq foi um dos meus grandes ídolos naquela época. O fato de ser uma figura polêmica, de falar o que pensava, ir contra essa imagem de almofadinhas que a F1 sempre teve acho que ajudou muito a ganhar minha atençao e simpatia. Ele era quem era, nao fazia pose, falava mal dos colegas que nao gostava e bem dos que lhe caíam bem.
E tbm, como nao, pela personalidade para ir contra o queridinho da mídia, Senna, com frases como "Senna é o melhor piloto? Porra nenhuma! Melhor é o Prost, que é tetracampeão", ou a cruelmente sincera declaraçao logo após a morte de Senna, quando todos choravam ("Um piloto de Fórmula 1 só ganha milhões de dólares porque convive com o risco de morrer. As pessoas grudam os olho na televisão durante as corridas porque sabem que é o perigo de um acidente fatal o que dá graça a esse esporte").
Em comemoraçao à essa dupla de pilotos geniais, ponho aí abaixo aquele GP da Hungria, onde Piquet fez uma das maiores ultrapassagens da história da F1.
Como ele mesmo dizia, o sangue de Piquet tem mais gasolina do que hemoglobina e sua paixao pelo automobilismo era impossível de nao se admirar. Principalmente numa época em que a Formula 1 tinha equilíbrio e talento de sobra. Numa época em que o piloto tinha que entender de mecânica, tinha que levar o carro no braço, tinha que saber desenvolver motores e era parte fundamental na evoluçao das equipes.
Em tempos como o de hoje, em que a F1 é um marasmo, com pilotos medíocres e carros que praticamente sao pilotados por controle remoto, dá aquela saudade dos anos 80. E saudades do nosso tri-campeao, ídolo dentro e fora da pista!
Há exatos 15 anos, se aposentava aquele que, na minha opiniao, foi o maior piloto de F1 que eu vi correr. Engraçado como eu tenho mais lembranças de Formula 1 do que de futebol na minha infância, acho que pelo fato de que o Botafogo era tao ruim na década de 80. Minhas lembranças futebolísticas daquela época se resumem ao Laranjito e ao pênalti perdido pelo Zico.
Mas em compensaçao me lembro perfeitamente daquela Brabham "Parmalat", da Lotus preta, patrocinada pela John Player Special, ou amarela, patrocinada pela Camel. Da Williams tricolor, Benneton arco-iris... Niki Lauda, Alain Prost, Nigel Mansel, Ayrton Senna, Rene Arnoux, Michele Alboreto, Keke Rosberg, Riccardo Patrese... Esses nomes fazem mais parte da minha infância do que Sócrates, Zico, Josimar, etc e tal.
Mas o nome de Nelson Piquet sempre será o que eu vou lembrar com mais carinho, pq foi um dos meus grandes ídolos naquela época. O fato de ser uma figura polêmica, de falar o que pensava, ir contra essa imagem de almofadinhas que a F1 sempre teve acho que ajudou muito a ganhar minha atençao e simpatia. Ele era quem era, nao fazia pose, falava mal dos colegas que nao gostava e bem dos que lhe caíam bem.
E tbm, como nao, pela personalidade para ir contra o queridinho da mídia, Senna, com frases como "Senna é o melhor piloto? Porra nenhuma! Melhor é o Prost, que é tetracampeão", ou a cruelmente sincera declaraçao logo após a morte de Senna, quando todos choravam ("Um piloto de Fórmula 1 só ganha milhões de dólares porque convive com o risco de morrer. As pessoas grudam os olho na televisão durante as corridas porque sabem que é o perigo de um acidente fatal o que dá graça a esse esporte").
Em comemoraçao à essa dupla de pilotos geniais, ponho aí abaixo aquele GP da Hungria, onde Piquet fez uma das maiores ultrapassagens da história da F1.
Como ele mesmo dizia, o sangue de Piquet tem mais gasolina do que hemoglobina e sua paixao pelo automobilismo era impossível de nao se admirar. Principalmente numa época em que a Formula 1 tinha equilíbrio e talento de sobra. Numa época em que o piloto tinha que entender de mecânica, tinha que levar o carro no braço, tinha que saber desenvolver motores e era parte fundamental na evoluçao das equipes.
Em tempos como o de hoje, em que a F1 é um marasmo, com pilotos medíocres e carros que praticamente sao pilotados por controle remoto, dá aquela saudade dos anos 80. E saudades do nosso tri-campeao, ídolo dentro e fora da pista!
terça-feira, 31 de outubro de 2006
A ESPERANÇA AINDA ESTÁ VIVA
Por Mino Carta
Milagre não houve, Lula ganhou. Não ouso contestar outros milagres, alguns provocados mais pelos homens do que pelos espíritos transcendentes. Bons ou maus, os espíritos, depende dos pontos de vista.
Duas observações sobre a reeleição do presidente da República.
Primeira: as razões da reeleição. No meu entendimento. Queiram ou não os vetustos donos do poder, e independentemente da atuação do seu governo no primeiro mandato, Lula representa, desde 2002, uma mudança formidável. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e os conservadores em peso, e a mídia idem, empenharam-se em sustentar que na campanha Lula defendeu a divisão entre pobres e ricos, como se pretendesse precipitar a Tomada da Bastilha, enquanto a diferença se daria entre estados contemporâneos do mundo e os malfadados grotões.
Questões de lã caprina, aparentemente. Lula não é revolucionário, é óbvio. Algo muito mais profundo acontece, contudo, e supera de longe os desequilíbrios regionais para assumir, como é justo, a dimensão nacional. A separação entre os dois Brasis acentuou-se tragicamente, por obra de políticas econômicas que favorecem poucos e diminuem o País.
De um lado, a dita elite, primária e feroz, e os aspirantes à elite, aqueles que sonham freqüentar a Daslu e ter acesso aos carrões importados além das vitrines das fantasmagóricas lojas da avenida Europa em São Paulo. Do outro, remediados, pobres e miseráveis. Setenta, oitenta por cento da população. Sugiro uma visita turístico-sociológica à favela paulistana de Paraisópolis (Paraisópolis?), na concha de um vale, cercada por edifícios senhoriais instalados nas alturas, chamam-se paços, cortes, mansões, palácios. Está aí um dos mais perfeitos símbolos da fratura, vertiginosa.
Há quem suponha que basta erguer muralhas em torno de sua vivenda para se precaver em relação ao futuro. Os anúncios domingueiros de páginas duplas dos jornalões anunciam a construção de castelos, recintos fechados dos quais prorrompem espigões agudos enquanto no rés-do-chão abrem-se espaços encantadores para o esporte e o lazer, quadras, piscinas, saunas, playgrounds, prados de relva inglesa bem penteada. É a Idade Média, na versão afinada com a descoberta da válvula Hydra e do ar-condicionado. Ali, dentro da área privativa, a vida flui em alegria e o contato com o exterior se faz por helicóptero.
Cadê o povão? Ah, que saudade dos tempos da paciência, da resignação. Da cordialidade. Que surpresa, agora vota em Lula. Ele representa a ruptura e está na hora, a considerar seu desempenho do primeiro mandato, em relação ao qual CartaCapital tem muitas críticas, de que sinta toda a grandeza do seu papel.
Temos a tradição do voto de cabresto, mas a eleição de 2002, cujo resultado esta de 2006 confirma, a desfazem. O povo brasileiro fez sua escolha à revelia daqueles que desde sempre pretendem enganá-lo.
Em princípio, não há como esperar que o governo produza alterações abruptas de rota. Algo mais, porém, há de ser feito, além dos tímidos avanços dos últimos quatro anos. Para o Brasil tudo, para a elite a lei.
Segunda: o comportamento da mídia. CartaCapital orgulha-se de ter inaugurado um Dossiê da Mídia, a partir da publicação da série de reportagens assinadas por Raimundo Pereira e Antônio Carlos Queiroz, nas edições 415, 416 e na Extra da semana passada. Mesmo porque compreende que a maioria dos eleitores percebeu a manipulação, tentada mais uma vez por um jornalismo (jornalismo?) a serviço da minoria golpista.
A par da identificação com Lula por parte de quem se empolga ao ver o igual sentado no trono, há motivos para registrar a reação dos milhões de leitores, ouvintes, telespectadores, contra os meios de comunicação determinados a subjugar a opinião pública às suas conveniências.
A mídia foi eficaz na operação que levou ao segundo turno, com a contribuição decisiva do obscuro delegado Bruno. Mas quem deu um tiro no pé, como disse Lula, não foram apenas os trapalhões do PT. De verdade, a mídia foi muito mais aloprada, e o tiro foi de obus. Com sua manobra ofereceu ao presidente da República a chance de uma vitória mais retumbante do que aquela prevista pelas pesquisas no primeiro turno. E a reeleição também significa o fracasso do jornalismo movido a ódio de classe.
Cômico desfecho da trama desastrada. Esta revista, e os autores das reportagens sobre o Dossiê da Mídia, e o acima assinado, foram gravemente ofendidos por alguns mestres do jornalismo nativo, um dos piores do mundo do ponto de vista ético e técnico. Quem duvida, municie-se com um punhado de jornais e revistas estrangeiros credenciados entre os melhores, e compare.
Como de hábito, a tigrada julga por seu próprio metro. CartaCapital age, porém, em nome dos princípios que orientam o jornalismo autêntico e não se vende por razão alguma. Uma consulta a números divulgados há meses pela Folha de S.Paulo, mostra que a revista recebeu menos publicidade governista do que a Exame, quinzenal de business da Editora Abril. Se apoiamos Lula em lugar de Alckmin foi por razões claramente expostas, ao contrário de quem optou pelo tucano enquanto fingia neutralidade.
Neste momento, recomendamos ao presidente reeleito que leve em conta, ao encarar o futuro, a pesquisa da Vox Populi publicada nesta edição. O povo brasileiro, e até cidadãos que não o sufragaram nas urnas, como se depreende da análise dos próprios números, aposta nele, e aí está a extraordinária responsabilidade da sua tarefa. Porque as decepções colecionadas nestes últimos tempos não mataram a esperança.
Por Mino Carta
Milagre não houve, Lula ganhou. Não ouso contestar outros milagres, alguns provocados mais pelos homens do que pelos espíritos transcendentes. Bons ou maus, os espíritos, depende dos pontos de vista.
Duas observações sobre a reeleição do presidente da República.
Primeira: as razões da reeleição. No meu entendimento. Queiram ou não os vetustos donos do poder, e independentemente da atuação do seu governo no primeiro mandato, Lula representa, desde 2002, uma mudança formidável. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e os conservadores em peso, e a mídia idem, empenharam-se em sustentar que na campanha Lula defendeu a divisão entre pobres e ricos, como se pretendesse precipitar a Tomada da Bastilha, enquanto a diferença se daria entre estados contemporâneos do mundo e os malfadados grotões.
Questões de lã caprina, aparentemente. Lula não é revolucionário, é óbvio. Algo muito mais profundo acontece, contudo, e supera de longe os desequilíbrios regionais para assumir, como é justo, a dimensão nacional. A separação entre os dois Brasis acentuou-se tragicamente, por obra de políticas econômicas que favorecem poucos e diminuem o País.
De um lado, a dita elite, primária e feroz, e os aspirantes à elite, aqueles que sonham freqüentar a Daslu e ter acesso aos carrões importados além das vitrines das fantasmagóricas lojas da avenida Europa em São Paulo. Do outro, remediados, pobres e miseráveis. Setenta, oitenta por cento da população. Sugiro uma visita turístico-sociológica à favela paulistana de Paraisópolis (Paraisópolis?), na concha de um vale, cercada por edifícios senhoriais instalados nas alturas, chamam-se paços, cortes, mansões, palácios. Está aí um dos mais perfeitos símbolos da fratura, vertiginosa.
Há quem suponha que basta erguer muralhas em torno de sua vivenda para se precaver em relação ao futuro. Os anúncios domingueiros de páginas duplas dos jornalões anunciam a construção de castelos, recintos fechados dos quais prorrompem espigões agudos enquanto no rés-do-chão abrem-se espaços encantadores para o esporte e o lazer, quadras, piscinas, saunas, playgrounds, prados de relva inglesa bem penteada. É a Idade Média, na versão afinada com a descoberta da válvula Hydra e do ar-condicionado. Ali, dentro da área privativa, a vida flui em alegria e o contato com o exterior se faz por helicóptero.
Cadê o povão? Ah, que saudade dos tempos da paciência, da resignação. Da cordialidade. Que surpresa, agora vota em Lula. Ele representa a ruptura e está na hora, a considerar seu desempenho do primeiro mandato, em relação ao qual CartaCapital tem muitas críticas, de que sinta toda a grandeza do seu papel.
Temos a tradição do voto de cabresto, mas a eleição de 2002, cujo resultado esta de 2006 confirma, a desfazem. O povo brasileiro fez sua escolha à revelia daqueles que desde sempre pretendem enganá-lo.
Em princípio, não há como esperar que o governo produza alterações abruptas de rota. Algo mais, porém, há de ser feito, além dos tímidos avanços dos últimos quatro anos. Para o Brasil tudo, para a elite a lei.
Segunda: o comportamento da mídia. CartaCapital orgulha-se de ter inaugurado um Dossiê da Mídia, a partir da publicação da série de reportagens assinadas por Raimundo Pereira e Antônio Carlos Queiroz, nas edições 415, 416 e na Extra da semana passada. Mesmo porque compreende que a maioria dos eleitores percebeu a manipulação, tentada mais uma vez por um jornalismo (jornalismo?) a serviço da minoria golpista.
A par da identificação com Lula por parte de quem se empolga ao ver o igual sentado no trono, há motivos para registrar a reação dos milhões de leitores, ouvintes, telespectadores, contra os meios de comunicação determinados a subjugar a opinião pública às suas conveniências.
A mídia foi eficaz na operação que levou ao segundo turno, com a contribuição decisiva do obscuro delegado Bruno. Mas quem deu um tiro no pé, como disse Lula, não foram apenas os trapalhões do PT. De verdade, a mídia foi muito mais aloprada, e o tiro foi de obus. Com sua manobra ofereceu ao presidente da República a chance de uma vitória mais retumbante do que aquela prevista pelas pesquisas no primeiro turno. E a reeleição também significa o fracasso do jornalismo movido a ódio de classe.
Cômico desfecho da trama desastrada. Esta revista, e os autores das reportagens sobre o Dossiê da Mídia, e o acima assinado, foram gravemente ofendidos por alguns mestres do jornalismo nativo, um dos piores do mundo do ponto de vista ético e técnico. Quem duvida, municie-se com um punhado de jornais e revistas estrangeiros credenciados entre os melhores, e compare.
Como de hábito, a tigrada julga por seu próprio metro. CartaCapital age, porém, em nome dos princípios que orientam o jornalismo autêntico e não se vende por razão alguma. Uma consulta a números divulgados há meses pela Folha de S.Paulo, mostra que a revista recebeu menos publicidade governista do que a Exame, quinzenal de business da Editora Abril. Se apoiamos Lula em lugar de Alckmin foi por razões claramente expostas, ao contrário de quem optou pelo tucano enquanto fingia neutralidade.
Neste momento, recomendamos ao presidente reeleito que leve em conta, ao encarar o futuro, a pesquisa da Vox Populi publicada nesta edição. O povo brasileiro, e até cidadãos que não o sufragaram nas urnas, como se depreende da análise dos próprios números, aposta nele, e aí está a extraordinária responsabilidade da sua tarefa. Porque as decepções colecionadas nestes últimos tempos não mataram a esperança.
quarta-feira, 18 de outubro de 2006
Espertos, Malandros e Manés
O jornal mexicano Esto fez uma entrevista esta semana com Javier Aguirre, treinador do Atlético de Madrid e que levou o modesto Osasuna à Champions League ano passado.
A entrevista mostra exatamente a imagem e fama que Aguirre criou nos seus 5 anos de Liga Espanhola, a de um cara bacana, sincero, humilde, simpático e, acima de tudo, sagaz.
Após a leitura, acabei remetido à uma reflexao sobre outros treinadores latino-americanos, que ficaram famosos nao só pelos suas conquistas como tbm pelo que estamos acostumados a chamar de malandragem. Nomes como os de Vanderlei Luxemburgo, Emerson Leao e Carlos Bianchi sao os primeiros que me vêm a cabeça.
Mas ao ler a entrevista de Aguirre, eleito pela UEFA como "Técnico do Ano na Espanha" na temporada em 2005/06 e apontado ano passado pelo jornal Marca como o treinador mais cobiçado do país, tbm me vêm à cabeça nomes como o de Felipao e Telê Santana.
E a diferença entre os dois grupos pode estar numa visao equivocada do conceito de "malandragem". Talvez nao uma visao equivocada mas um duplo significado ou entendimento, uma confusao entre os conceitos de “malandro” e “malandragem”. O que é ser um malandro ou simplesmente saber usar a malandragem.
Peguemos como exemplo uma lenda do samba carioca, Moreira da Silva, cujo o nome é quase sinônimo de malandragem. Moreira da Silva trabalhou até os 98 anos, computando 87 anos de profissao e da mais fina malandragem, com ironia, bom humor, ginga e sagacidade, indo diretamente em contra desse preconceito de que malandragem é vagabundagem, desonestidade ou trairagem. Kid Morangueira costumava dizer sempre: "Eu não sou malandro. Sou um trabalhador que já sofreu com alguns espertos, que levantaram uma grana em cima de mim!" Ou seja, uma coisa é ser malandro, outra é ter malandragem!
E isso pode ser levado diretamente ao futebol se vc olha figuras como Luxemburgo e Leao, que adoram se gabar de seus “feitos”, no alto de suas soberbias e prepotencias. O futebol está cheio de Leoes e Luxemburgos, que vao por aí de “espertos”, de clube em clube, entre falcatruas e confusoes, mas que fracassaram solenemente quando tentaram subir um degrau acima. Sao medíocres que se escondem atrás da sua suposta malandragem, que se acham malandros mas que na verdade estao é “tirando onda de manés”. E o pior é que ainda têm gente que aplaude.
Lendo a entrevista de Aguirre, vc sim se dá conta do que é ter malandragem, na simplicidade da vida e da forma de encarar o mundo, que acaba refletida de forma positiva no trabalho, especialmente nessa arte de leveza e frescura que é o futebol. Quando perguntado como se sentia com a reaçao extremamente positiva da diretoria, jogadores e torcida do Atlético de Madrid, Aguirre respondeu o seguinte:
“Eu cheguei e vi um clube afundado numa cultura derrotista, abatido pela má sorte e maus resultados, ávido de novidades e boas notícias. Daí apareço eu, um simples mexicano, simpático e com sotaque engraçado, que fala com sinceridade, dá broncas, que olha nos olhos, que eles vêem que nao venho pra tirar vantagem de ninguém, que venho todos os dias com meu carrinho popular, que levo meus filhos à escola, vou ao supermercado, ao cinema, tomo minha cerveja... Eles olham pra mim e dizem, pô, esse sujeito é um cara normal!”
O segredo da malandragem é nao ter segredo. É ser um “simples mexicano”, que vai ao supermercado, ou um mineirinho simpático, como era Telê Santana, ou um gaúcho resmugao e apaixonado, como é Felipao. Trabalhadores que sofrem com uns “espertos” mas que fazem seus trabalhos, plantando os frutos, triunfando, ganhando admiradores e amizades.
Um exemplo do estilo de Aguirre e de como ele sabe o que está fazendo, é como ele está trabalhando com o jovem e talentoso Sergio “Kun” Agüero, essa jóia rara de apenas 18 anos que o Atlético contratou do Independiente de Avellaneda. Quando o moleque perdeu o gol cara a cara que daria a vitória contra o Real Madrid, na casa do adversário, Aguirre disse simplesmente “Se prepara para a bronca que seu pai vai te dar quando vc chegar à casa!”. E nao adianta polemizar o gol de mao do Kun no domingo passado, pq foi claramente um reflexo e nao um ato premeditado com intençao de ludibriar a arbitragem. Certamente Aguirre soube deixar claro ao garoto que o gol veio numa hora boa, mas que ele tem talento de sobra para nao precisar usar desse tipo de artifícios no futuro.
Numa era de salários milionários, empresários inescrupulosos e jogadores sem raça e caráter, fazem falta no mundo do futebol mais malandragem como a de Telê, Scolari, Aguirre...
O jornal mexicano Esto fez uma entrevista esta semana com Javier Aguirre, treinador do Atlético de Madrid e que levou o modesto Osasuna à Champions League ano passado.
A entrevista mostra exatamente a imagem e fama que Aguirre criou nos seus 5 anos de Liga Espanhola, a de um cara bacana, sincero, humilde, simpático e, acima de tudo, sagaz.
Após a leitura, acabei remetido à uma reflexao sobre outros treinadores latino-americanos, que ficaram famosos nao só pelos suas conquistas como tbm pelo que estamos acostumados a chamar de malandragem. Nomes como os de Vanderlei Luxemburgo, Emerson Leao e Carlos Bianchi sao os primeiros que me vêm a cabeça.
Mas ao ler a entrevista de Aguirre, eleito pela UEFA como "Técnico do Ano na Espanha" na temporada em 2005/06 e apontado ano passado pelo jornal Marca como o treinador mais cobiçado do país, tbm me vêm à cabeça nomes como o de Felipao e Telê Santana.
E a diferença entre os dois grupos pode estar numa visao equivocada do conceito de "malandragem". Talvez nao uma visao equivocada mas um duplo significado ou entendimento, uma confusao entre os conceitos de “malandro” e “malandragem”. O que é ser um malandro ou simplesmente saber usar a malandragem.
Peguemos como exemplo uma lenda do samba carioca, Moreira da Silva, cujo o nome é quase sinônimo de malandragem. Moreira da Silva trabalhou até os 98 anos, computando 87 anos de profissao e da mais fina malandragem, com ironia, bom humor, ginga e sagacidade, indo diretamente em contra desse preconceito de que malandragem é vagabundagem, desonestidade ou trairagem. Kid Morangueira costumava dizer sempre: "Eu não sou malandro. Sou um trabalhador que já sofreu com alguns espertos, que levantaram uma grana em cima de mim!" Ou seja, uma coisa é ser malandro, outra é ter malandragem!
E isso pode ser levado diretamente ao futebol se vc olha figuras como Luxemburgo e Leao, que adoram se gabar de seus “feitos”, no alto de suas soberbias e prepotencias. O futebol está cheio de Leoes e Luxemburgos, que vao por aí de “espertos”, de clube em clube, entre falcatruas e confusoes, mas que fracassaram solenemente quando tentaram subir um degrau acima. Sao medíocres que se escondem atrás da sua suposta malandragem, que se acham malandros mas que na verdade estao é “tirando onda de manés”. E o pior é que ainda têm gente que aplaude.
Lendo a entrevista de Aguirre, vc sim se dá conta do que é ter malandragem, na simplicidade da vida e da forma de encarar o mundo, que acaba refletida de forma positiva no trabalho, especialmente nessa arte de leveza e frescura que é o futebol. Quando perguntado como se sentia com a reaçao extremamente positiva da diretoria, jogadores e torcida do Atlético de Madrid, Aguirre respondeu o seguinte:
“Eu cheguei e vi um clube afundado numa cultura derrotista, abatido pela má sorte e maus resultados, ávido de novidades e boas notícias. Daí apareço eu, um simples mexicano, simpático e com sotaque engraçado, que fala com sinceridade, dá broncas, que olha nos olhos, que eles vêem que nao venho pra tirar vantagem de ninguém, que venho todos os dias com meu carrinho popular, que levo meus filhos à escola, vou ao supermercado, ao cinema, tomo minha cerveja... Eles olham pra mim e dizem, pô, esse sujeito é um cara normal!”
O segredo da malandragem é nao ter segredo. É ser um “simples mexicano”, que vai ao supermercado, ou um mineirinho simpático, como era Telê Santana, ou um gaúcho resmugao e apaixonado, como é Felipao. Trabalhadores que sofrem com uns “espertos” mas que fazem seus trabalhos, plantando os frutos, triunfando, ganhando admiradores e amizades.
Um exemplo do estilo de Aguirre e de como ele sabe o que está fazendo, é como ele está trabalhando com o jovem e talentoso Sergio “Kun” Agüero, essa jóia rara de apenas 18 anos que o Atlético contratou do Independiente de Avellaneda. Quando o moleque perdeu o gol cara a cara que daria a vitória contra o Real Madrid, na casa do adversário, Aguirre disse simplesmente “Se prepara para a bronca que seu pai vai te dar quando vc chegar à casa!”. E nao adianta polemizar o gol de mao do Kun no domingo passado, pq foi claramente um reflexo e nao um ato premeditado com intençao de ludibriar a arbitragem. Certamente Aguirre soube deixar claro ao garoto que o gol veio numa hora boa, mas que ele tem talento de sobra para nao precisar usar desse tipo de artifícios no futuro.
Numa era de salários milionários, empresários inescrupulosos e jogadores sem raça e caráter, fazem falta no mundo do futebol mais malandragem como a de Telê, Scolari, Aguirre...
sexta-feira, 6 de outubro de 2006
CALA A BOCA E CANTA!
Liberdade de expressao é legal, desde que vc nao se expresse em público
Quando a rejeiçao contra Bush começa a vir até da "América Profunda", é porque a batata do presidente dos EUA está assando no quintal da própria casa.
Estréia agora no fim do mês um dos documentários mais esperados dessa leva anti-Bush, "Shut Up and Sing". O filme acompanha os passos do grupo feminino de country music texano, Dixie Chicks, que sofreu um dos maiores boicotes e perseguiçoes no meio artístico americano nos últimos tempos.
Tudo começou em Londres, logo após o início da nova guerra do Iraque em 2003. Durante um show na capital da Inglaterra, a cantora do grupo, Natalie Maines, disse alto e claramente ao público britânico: "Gostaria que todos vcs soubessem que temos vergonha que o presidente dos EUA nasceu no Texas!"
A declaraçao caiu como uma bomba e foi usada para desencadear uma campanha de propaganda por elementos do governo e da indústria pró-republicana, contra o trio texano.
O documentário chama a atençao exatamente por atingir uma área dos EUA de onde poucos imaginariam que poderia surgir um movimento como esse, partindo de um grupo de música country cuja maioria dos fans sao exatamente os eleitores do atual presidente dos EUA. Chama a atençao tbm pq o filme é dirigido pela famosa e oscarizada documentarista Barbara Kopple, autora de diversos filmes críticos e que despertam debates sobre a sociedade americana.
De repente chega no Brasil pelo Grupo Estaçao ou entao no Festival do Rio do ano que vem, mas de qualquer forma vale a nota pela curiosidade do tema.
Liberdade de expressao é legal, desde que vc nao se expresse em público
Quando a rejeiçao contra Bush começa a vir até da "América Profunda", é porque a batata do presidente dos EUA está assando no quintal da própria casa.
Estréia agora no fim do mês um dos documentários mais esperados dessa leva anti-Bush, "Shut Up and Sing". O filme acompanha os passos do grupo feminino de country music texano, Dixie Chicks, que sofreu um dos maiores boicotes e perseguiçoes no meio artístico americano nos últimos tempos.
Tudo começou em Londres, logo após o início da nova guerra do Iraque em 2003. Durante um show na capital da Inglaterra, a cantora do grupo, Natalie Maines, disse alto e claramente ao público britânico: "Gostaria que todos vcs soubessem que temos vergonha que o presidente dos EUA nasceu no Texas!"
A declaraçao caiu como uma bomba e foi usada para desencadear uma campanha de propaganda por elementos do governo e da indústria pró-republicana, contra o trio texano.
O documentário chama a atençao exatamente por atingir uma área dos EUA de onde poucos imaginariam que poderia surgir um movimento como esse, partindo de um grupo de música country cuja maioria dos fans sao exatamente os eleitores do atual presidente dos EUA. Chama a atençao tbm pq o filme é dirigido pela famosa e oscarizada documentarista Barbara Kopple, autora de diversos filmes críticos e que despertam debates sobre a sociedade americana.
De repente chega no Brasil pelo Grupo Estaçao ou entao no Festival do Rio do ano que vem, mas de qualquer forma vale a nota pela curiosidade do tema.
quarta-feira, 4 de outubro de 2006
Manifesto de judeus anti-sionistas no aniversário de Israel
Por ocasião das comemorações da "fundação" do Estado de Israel, a Organização Mundial de Judeus Ortodoxos Contra o Sionismo, Naturei Karta, divulgou o seguinte manifesto, que merece todo o destaque e admiraçao:
"Quando os sionistas festejam o aniversário da fundação do Estado de Israel, a comunidade mundial dos judeus fiéis à Torá marca o aniversário como um dia de dor e tragédia. Manifestamos nossa tristeza fazendo penitência com o saco e a cinza e içando as bandeiras negras de luto.
A fundação do Estado sionista está em contradição flagrante com o ensinamento da Torá, que proíbe toda proclamação de um Estado judeu. A Torá obriga-nos a permanecer em exílio até à libertação divina que anunciará a paz eterna entre todas as nações do mundo. [...]
A iniciativa sionista de proclamar o Estado de Israel constitui uma revolta contra a vontade divina, contra a Torá, uma revolta que engendrou uma vaga interminável de violência e sofrimento. No momento da fundação do Estado herético, os judeus fiéis à Torá deploram essa tentativa de extirpar os ensinamentos da Torá, transformar os judeus em uma "nação laica" e reduzir o judaísmo ao nacionalismo. Deploramos as tragédias que a revolução sionista provocou entre os judeus, notadamente o esquecimento do preceito fundamental da Torá de agir com compaixão.
Deploramos as tragédias que a revolução sionista provocou entre os palestinos, principalmente deportações, a opressão e a subjugação.
Deploramos o desperdício de milhares de vidas humanas nos conflitos fúteis e cruéis que provocaram a proclamação e a manutenção do Estado sionista.
Nesse dia trágico, jejuamos e reunimo-nos em sinagogas por todo o mundo e oramos por um desmantelamento pronto e pacífico do Estado de Israel. Merecemos que, neste ano, todas as nações, aceitando a soberania divina, possam regozijar-se numa Palestina livre e numa Jerusalém livre!
Amém!"
Por ocasião das comemorações da "fundação" do Estado de Israel, a Organização Mundial de Judeus Ortodoxos Contra o Sionismo, Naturei Karta, divulgou o seguinte manifesto, que merece todo o destaque e admiraçao:
"Quando os sionistas festejam o aniversário da fundação do Estado de Israel, a comunidade mundial dos judeus fiéis à Torá marca o aniversário como um dia de dor e tragédia. Manifestamos nossa tristeza fazendo penitência com o saco e a cinza e içando as bandeiras negras de luto.
A fundação do Estado sionista está em contradição flagrante com o ensinamento da Torá, que proíbe toda proclamação de um Estado judeu. A Torá obriga-nos a permanecer em exílio até à libertação divina que anunciará a paz eterna entre todas as nações do mundo. [...]
A iniciativa sionista de proclamar o Estado de Israel constitui uma revolta contra a vontade divina, contra a Torá, uma revolta que engendrou uma vaga interminável de violência e sofrimento. No momento da fundação do Estado herético, os judeus fiéis à Torá deploram essa tentativa de extirpar os ensinamentos da Torá, transformar os judeus em uma "nação laica" e reduzir o judaísmo ao nacionalismo. Deploramos as tragédias que a revolução sionista provocou entre os judeus, notadamente o esquecimento do preceito fundamental da Torá de agir com compaixão.
Deploramos as tragédias que a revolução sionista provocou entre os palestinos, principalmente deportações, a opressão e a subjugação.
Deploramos o desperdício de milhares de vidas humanas nos conflitos fúteis e cruéis que provocaram a proclamação e a manutenção do Estado sionista.
Nesse dia trágico, jejuamos e reunimo-nos em sinagogas por todo o mundo e oramos por um desmantelamento pronto e pacífico do Estado de Israel. Merecemos que, neste ano, todas as nações, aceitando a soberania divina, possam regozijar-se numa Palestina livre e numa Jerusalém livre!
Amém!"
segunda-feira, 2 de outubro de 2006
Como a Espanha vê o segundo turno
Os meios de comunicaçao espanhóis amanheceram surpreendidos com o resultado das eleiçoes presidenciais brasileiras.
Nos últimos dias nosso país tem recebido grande cobertura da mídia espanhola, que sublinhava a grande vantagem de Lula nas pesquisas e os recentes escandalos petistas.
Todos os telejornais matinais abriram com a notícia do segundo turno.
O jornal conservador El Mundo disse que os 48,79% contra 41,43% que deram à Lula a liderança do primeiro turno resultaram na "vitória mais amarga da vida" do petista, que esteve durante toda a contagem de votos "no fio da navalha" que dividia o primeiro do segundo turno. El Mundo destaca tbm o fato de Lula nao haver comparecido ao debate e que o presidente deve mudar a estratégia da campanha, esperando ainda mais agressividade do PSDB.
O tbm conservador ABC diz que um Lula "castigado pela corrupçao" viu a vitória no primeiro turno escapar por muito pouco.
Já o esquerdista El País, que já havia trazido entrevistas com Lula e Alckmin semana passada, destaca o silêncio de Lula após o resultado e as declaraçoes eufóricas do tucano, confiante na vitória.
Os meios de comunicaçao espanhóis amanheceram surpreendidos com o resultado das eleiçoes presidenciais brasileiras.
Nos últimos dias nosso país tem recebido grande cobertura da mídia espanhola, que sublinhava a grande vantagem de Lula nas pesquisas e os recentes escandalos petistas.
Todos os telejornais matinais abriram com a notícia do segundo turno.
O jornal conservador El Mundo disse que os 48,79% contra 41,43% que deram à Lula a liderança do primeiro turno resultaram na "vitória mais amarga da vida" do petista, que esteve durante toda a contagem de votos "no fio da navalha" que dividia o primeiro do segundo turno. El Mundo destaca tbm o fato de Lula nao haver comparecido ao debate e que o presidente deve mudar a estratégia da campanha, esperando ainda mais agressividade do PSDB.
O tbm conservador ABC diz que um Lula "castigado pela corrupçao" viu a vitória no primeiro turno escapar por muito pouco.
Já o esquerdista El País, que já havia trazido entrevistas com Lula e Alckmin semana passada, destaca o silêncio de Lula após o resultado e as declaraçoes eufóricas do tucano, confiante na vitória.
Memória curta
Nao sei o que dá acordar nessa manha fria de Madri e ler que nosso querido caçador de marajás, Fernando Collor de Mello, está de volta ao "poder" como senador eleito pelo estado de Alagoas...
É verdade que nada mais é que um fenomemo regional, com aquele gostinho do "eu já sabia", mas por mais que se espere, esse tipo de coisa sempre acaba surpreendendo.
Nao sei o que dá acordar nessa manha fria de Madri e ler que nosso querido caçador de marajás, Fernando Collor de Mello, está de volta ao "poder" como senador eleito pelo estado de Alagoas...
É verdade que nada mais é que um fenomemo regional, com aquele gostinho do "eu já sabia", mas por mais que se espere, esse tipo de coisa sempre acaba surpreendendo.
segunda-feira, 18 de setembro de 2006
Voltando a se emocionar!
Chad Williams comemora um de seus 2 sacks na vitória de ontem contra o Rams. O 49ers têm novamente motivos para acreditar e se empolgar com seu time.
Foi em 1998 a última vez que me havia emocionado com futebol americano... Que havia realmente me empolgado e tinha durante toda a semana aquela ansiedade e o frio na barriga, esperando o próximo fim de semana, para ver aquele trio formado por Garrison Hearst, Jerry Rice e Steve Young entrar em campo.
2001 e 2002 foram tbm anos em que o 49ers fez boas campanhas, mas nao sei... talvez por estar mal acostumado com os times anteriores, Jeff Garcia e a marra de Terrell Owens nao terminavam de me convencer e eles tao pouco fizeram muito esforço para ganhar a confiança da torcida.
No ano seguinte fomos apresentados à bomba relógio Owens e, nao sei se apenas coincidentemente, o time começou a afundar, chegando ao fundo do poço em 2004, quando ganhamos apenas 2 jogos e fomos o pior time da NFL.
Má administraçao, péssimas comissoes técnicas, recrutamentos desastrosos... Aquele que entao foi o melhor time da década de 80 e do início dos 90 tinha se transformado em um modelo de desorganizaçao e descompromisso, sem nenhuma espécie de planejamento ou seriedade... Até escândalos como os do vídeo "motivacional" com conteúdo preconceituoso em plena capital mundial da tolerância e liberdade de expressao, foi possível... Enfim... Um desastre completo!!!
Mas que começou a mudar de cara ano passado, com uma série de mudanças em altos postos administrativos, que mudaram a cara do clube por dentro e escutaram o conselho do ex-treinador e mestre, Bill Walsh, trazendo entao seu preferido Mike Nolan para comandar a equipe.
Nolan foi tema de um tópico que escrevi aqui nesse blog no mês de abril, pelo que ele fez na temporada passada e o que estava fazendo na preparaçao para esta temporada. Se vc buscar uns posts abaixo, encontrará meu texto que tinha uma empolgaçao comedida, pq como bom botafoguense nao me deixo empolgar com facilidade.
Mike Nolan, botando ordem na casa
Ele é filho de Dick Nolan, ex-treinador do 49ers nas décadas de 60 e 70 e uma das grandes mentes pensantes que ajudaram a desenvolver esquemas defensivos modernos. Mais que sobrenome, Mike tinha o aval de Walsh e um histórico de respeito pelo que fez ao lado de Brian Billick e Marvin Lewis comandando aquela incrível defesa do Ravens de 5 anos atrás. Mike herdou do pai a paixao pelas táticas de defesa e a fama de linha dura, ideal para botar ordem na casa do 49ers.
Mas o ano passado serviu mais para que ele chegasse e conhecesse o time, a organizaçao, os atletas e, principalmente, para que todos os anteriores o conhecessem e soubessem muito bem quem estava assumindo o comando da equipe.
Tanto que a operaçao renovaçao radical foi posta em prática com o fim da temporada.
Nolan mandou embora cinco jogadores que no passado foram escolhas de primeiro round feitas pelas administraçoes anteriores e que recebiam muito mas que, ou nao jogavam nada ou estavam vivendo de passado (Mike Rumph, Andre Carter, Julian Peterson, Rashaun Woods e Ahmed Plummer).
E ao apostar na juventude, manteve os veteranos que exercem liderança positiva no elenco, como Bryant Young e Derek Smith, além de trazer Larry Allen e Walt Harris.
Nolan tbm confiou nos seus instintos e apostou alto em dois jogadores jovens mas que causavam enorme preocupaçao, um pelo seu estado físico e outro pela atitude.
O primeiro, running back Frank Gore, que era estrela nos Hurricanes da Universidade de Miami, mas que sofreu uma grave lesao no joelho e ninguém acreditava que poderia aguentar as pancadas, principalmente por ser um running back à moda antiga, de força, impactos constantes e explosao muscular.
O segundo o wide receiver Antonio Bryant, um garoto que tbm foi estrela na universidade, sendo considerado o melhor WR do país em 2001, mas que teve problemas nos seus primeiros anos na NFL por problemas fora de campo com o o técnico Bill Parcels, do Dallas Cowboys. Enquanto muitos achavam que Bryant poderia ser uma nova bomba relógio como Terrell Owens, Nolan apostou nele, dizendo que os problema que Bryant teve foram por imaturidade e que, muitas vezes ele foi incompreendido:
"A NFL está cheia de mocinhas bonitinhas jogando de wide receivers, mas como técnico de defesa que sou, esses tipos nao me metem medo. Os caras que me metem medo sao os caras que sao raçudos e que nao tem medo de competiçao. Sao esses que vao vencer os defensores na hora do "vamos ver". E Bryant é um deles." Disse Mike Nolan sobre Antonio Bryant.
Mas talvez a aposta mais perigosa de Mike Nolan tenha sido no jovem quarterback Alex Smith, primeira escolha do draft de 2005 - que fez uma temporada desastrosa ano passado. Enquanto a maioria dos novatos leva uma ou duas temporadas atrás de um quarterback veterano até serem titulares, Nolan apostou no moleque durante toda a temporada e Smith nao teve medo da responsabilidade. Mesmo apanhando e sofrendo humilhaçoes em quase todos os jogos, ele nao jogou a toalha e esteve em campo (menos nos jogos em que estava contundido).
Para cuidar de Alex Smith, Nolan trouxe um dos melhores treinadores de quarterback da NFL, Norv Turner, que assumiu como novo coordenador de ataque. Turner é um dos mais experientes e criativos coordenadores de ataque da NFL, sendo que é tbm um dos melhores treinadores de quarterbacks que a NFL conheceu na última década. Aquele ataque incrível do Cowboys foi obra dele. Troy Aikman diz abertamente que o maior responsável pelo seu sucesso como QB na NFL foi Norv Turner. Aikman inclusive convidou oficialmente Turner para fazer o discurso de abertura na cerimônia em que ele entrará para o Hall da Fama. Junto com Turner, veio tbm um quarterback experiente e rodado, Trent Dilfer, para tirar um pouco da pressao de Smith caso as coisas se complicassem.
E a pré-temporada foi de altos e baixos, com jogos bons e ruins, que nao tiraram a interrogaçao do ar para o início da temporada regular... a pergunta continuava a mesma: será melhor o 49ers esse ano? Estará o time com Mike Nolan no caminho certo?
E veio o primeiro jogo da temporada, fora de casa, contra o Arizona Cardinals.
E com o começo de uma nova temporada os torcedores de San Francisco e de toda a NFL puderam conhecer um novo 49ers.
O veterano Trent Dilfer (nº12) comemora com Alex Smith o primeiro TD marcado pelo garoto, contra o Cardinals
Alex Smith é um jogador totalmente diferente do que vimos ano passado. Teve uma atuaçao segura e com muita personalidade. Lançou para 288 jardas, marcou um TD e - pasmem - NENHUMA interceptaçao. O QB do 49ers se mostrou confiante e o seu único passe ruim dos 40 que tentou foi o segundo da partida, nos primeiros minutos do jogo, quando os nervos estao a flor da pele.
Ao lado de Smith, Frank Gore fez um jogo FANTÁSTICO! Ficou em campo todo a partida, tomou muita pancada e mostrou a todos que está em perfeita forma física e que a sua contusao é coisa do passado.
O 49ers perdeu o jogo mas ganhou a confiança da torcidade nesse ataque promissor. Mas o grande problema ainda mora na defesa, que apesar de ter conseguido parar a corrida do Cardinals, foi terrível na secundária e no pass rush.
Que viesse o segundo jogo, em casa, contra o St Louis Rams, um adversário melhor que o Arizona e que serviria como um teste ainda mais definitivo para esse novo time.
E ontem, com o estádio lotado, o San Francisco 49ers despachou o Rams, mostrando MUITO MAIS do que se esperava dessa jovem equipe.
Mark Bulger sofrendo um dos seis sacks que a defesa do 49ers conseguiu no jogo de ontem
O ataque funcionou ainda melhor do que no primeiro jogo, com Gore endiabrado novamente e Smith mostrando um jogo ainda melhor, inclusive com um passe maravilhoso de 72 jardas para um touchdown do seu novo melhor amigo Antonio Bryant.
Bryant após receber o passe de 72 jardas que terminou em touchdown
Bryant esse que se mostrou nervoso com Smith em diversas partes do jogo, mas que se vê claramente que é uma exigência até entao saudável pelo seu alto nível de competitividade e vontade de vencer. Antonio Bryant sente que está num time de futuro e, principalmente, sabe do que Smith é capaz! Tanto que Bryant conseguiu mais de 100 jardas em ambos os jogos.
Alex Smith jogou muito bem, com a ajuda da linha da ataque e da sua mobilidade, sem sofrer nenhuma interceptaçao ou sack dessa defesa do Rams que DESTRUIU o fortíssimo time do Broncos semana passada.
Tanto Gore quanto Bryant estao entre os cinco melhores running backs e wide receivers da NFL neste começo de temporada, Gore com 214 jardas corridas e Bryant com 245 jardas recebidas.
O tanque Frank Gore, numa das suas explosivas corridas
Mas a grata surpresa do dia foi a sólida atuaçao da defesa, que sacou o quarterback do Rams SEIS VEZES, com destaque para o rookie Manny Lawson, que terminou com 2 sacks. Vale tbm destacar a atuaçao do veterano Bryant Young e de Marques Douglas, que explodiram a linha de ataque do Rams durante toda a partida.
A secundária ainda mostrou ser frágil, mas Tony Parrish voltou a jogar bem, Chad Williams foi muito bem em blitz e o veterano Walt Harris fez uma atuaçao impecável!
Semana que vem o 49ers enfrenta seu primeiro desafio contra um dos times de elite da NFL, em casa, contra o Philadelphia Eagles. Mas independente do resultado do próximo domingo, os fãs do 49ers já tem motivos para sorrir de novo. Isso pq vêem em campo um time jovem que esbanja talento e, principalmente, garra e vontade de vencer!
Esse ano o 49ers vai ser uma pedra no sapato de muito cachorro grande da NFL... E pq nao acreditar que o primeiro deles será o Eagles?
Chad Williams comemora um de seus 2 sacks na vitória de ontem contra o Rams. O 49ers têm novamente motivos para acreditar e se empolgar com seu time.
Foi em 1998 a última vez que me havia emocionado com futebol americano... Que havia realmente me empolgado e tinha durante toda a semana aquela ansiedade e o frio na barriga, esperando o próximo fim de semana, para ver aquele trio formado por Garrison Hearst, Jerry Rice e Steve Young entrar em campo.
2001 e 2002 foram tbm anos em que o 49ers fez boas campanhas, mas nao sei... talvez por estar mal acostumado com os times anteriores, Jeff Garcia e a marra de Terrell Owens nao terminavam de me convencer e eles tao pouco fizeram muito esforço para ganhar a confiança da torcida.
No ano seguinte fomos apresentados à bomba relógio Owens e, nao sei se apenas coincidentemente, o time começou a afundar, chegando ao fundo do poço em 2004, quando ganhamos apenas 2 jogos e fomos o pior time da NFL.
Má administraçao, péssimas comissoes técnicas, recrutamentos desastrosos... Aquele que entao foi o melhor time da década de 80 e do início dos 90 tinha se transformado em um modelo de desorganizaçao e descompromisso, sem nenhuma espécie de planejamento ou seriedade... Até escândalos como os do vídeo "motivacional" com conteúdo preconceituoso em plena capital mundial da tolerância e liberdade de expressao, foi possível... Enfim... Um desastre completo!!!
Mas que começou a mudar de cara ano passado, com uma série de mudanças em altos postos administrativos, que mudaram a cara do clube por dentro e escutaram o conselho do ex-treinador e mestre, Bill Walsh, trazendo entao seu preferido Mike Nolan para comandar a equipe.
Nolan foi tema de um tópico que escrevi aqui nesse blog no mês de abril, pelo que ele fez na temporada passada e o que estava fazendo na preparaçao para esta temporada. Se vc buscar uns posts abaixo, encontrará meu texto que tinha uma empolgaçao comedida, pq como bom botafoguense nao me deixo empolgar com facilidade.
Mike Nolan, botando ordem na casa
Ele é filho de Dick Nolan, ex-treinador do 49ers nas décadas de 60 e 70 e uma das grandes mentes pensantes que ajudaram a desenvolver esquemas defensivos modernos. Mais que sobrenome, Mike tinha o aval de Walsh e um histórico de respeito pelo que fez ao lado de Brian Billick e Marvin Lewis comandando aquela incrível defesa do Ravens de 5 anos atrás. Mike herdou do pai a paixao pelas táticas de defesa e a fama de linha dura, ideal para botar ordem na casa do 49ers.
Mas o ano passado serviu mais para que ele chegasse e conhecesse o time, a organizaçao, os atletas e, principalmente, para que todos os anteriores o conhecessem e soubessem muito bem quem estava assumindo o comando da equipe.
Tanto que a operaçao renovaçao radical foi posta em prática com o fim da temporada.
Nolan mandou embora cinco jogadores que no passado foram escolhas de primeiro round feitas pelas administraçoes anteriores e que recebiam muito mas que, ou nao jogavam nada ou estavam vivendo de passado (Mike Rumph, Andre Carter, Julian Peterson, Rashaun Woods e Ahmed Plummer).
E ao apostar na juventude, manteve os veteranos que exercem liderança positiva no elenco, como Bryant Young e Derek Smith, além de trazer Larry Allen e Walt Harris.
Nolan tbm confiou nos seus instintos e apostou alto em dois jogadores jovens mas que causavam enorme preocupaçao, um pelo seu estado físico e outro pela atitude.
O primeiro, running back Frank Gore, que era estrela nos Hurricanes da Universidade de Miami, mas que sofreu uma grave lesao no joelho e ninguém acreditava que poderia aguentar as pancadas, principalmente por ser um running back à moda antiga, de força, impactos constantes e explosao muscular.
O segundo o wide receiver Antonio Bryant, um garoto que tbm foi estrela na universidade, sendo considerado o melhor WR do país em 2001, mas que teve problemas nos seus primeiros anos na NFL por problemas fora de campo com o o técnico Bill Parcels, do Dallas Cowboys. Enquanto muitos achavam que Bryant poderia ser uma nova bomba relógio como Terrell Owens, Nolan apostou nele, dizendo que os problema que Bryant teve foram por imaturidade e que, muitas vezes ele foi incompreendido:
"A NFL está cheia de mocinhas bonitinhas jogando de wide receivers, mas como técnico de defesa que sou, esses tipos nao me metem medo. Os caras que me metem medo sao os caras que sao raçudos e que nao tem medo de competiçao. Sao esses que vao vencer os defensores na hora do "vamos ver". E Bryant é um deles." Disse Mike Nolan sobre Antonio Bryant.
Mas talvez a aposta mais perigosa de Mike Nolan tenha sido no jovem quarterback Alex Smith, primeira escolha do draft de 2005 - que fez uma temporada desastrosa ano passado. Enquanto a maioria dos novatos leva uma ou duas temporadas atrás de um quarterback veterano até serem titulares, Nolan apostou no moleque durante toda a temporada e Smith nao teve medo da responsabilidade. Mesmo apanhando e sofrendo humilhaçoes em quase todos os jogos, ele nao jogou a toalha e esteve em campo (menos nos jogos em que estava contundido).
Para cuidar de Alex Smith, Nolan trouxe um dos melhores treinadores de quarterback da NFL, Norv Turner, que assumiu como novo coordenador de ataque. Turner é um dos mais experientes e criativos coordenadores de ataque da NFL, sendo que é tbm um dos melhores treinadores de quarterbacks que a NFL conheceu na última década. Aquele ataque incrível do Cowboys foi obra dele. Troy Aikman diz abertamente que o maior responsável pelo seu sucesso como QB na NFL foi Norv Turner. Aikman inclusive convidou oficialmente Turner para fazer o discurso de abertura na cerimônia em que ele entrará para o Hall da Fama. Junto com Turner, veio tbm um quarterback experiente e rodado, Trent Dilfer, para tirar um pouco da pressao de Smith caso as coisas se complicassem.
E a pré-temporada foi de altos e baixos, com jogos bons e ruins, que nao tiraram a interrogaçao do ar para o início da temporada regular... a pergunta continuava a mesma: será melhor o 49ers esse ano? Estará o time com Mike Nolan no caminho certo?
E veio o primeiro jogo da temporada, fora de casa, contra o Arizona Cardinals.
E com o começo de uma nova temporada os torcedores de San Francisco e de toda a NFL puderam conhecer um novo 49ers.
O veterano Trent Dilfer (nº12) comemora com Alex Smith o primeiro TD marcado pelo garoto, contra o Cardinals
Alex Smith é um jogador totalmente diferente do que vimos ano passado. Teve uma atuaçao segura e com muita personalidade. Lançou para 288 jardas, marcou um TD e - pasmem - NENHUMA interceptaçao. O QB do 49ers se mostrou confiante e o seu único passe ruim dos 40 que tentou foi o segundo da partida, nos primeiros minutos do jogo, quando os nervos estao a flor da pele.
Ao lado de Smith, Frank Gore fez um jogo FANTÁSTICO! Ficou em campo todo a partida, tomou muita pancada e mostrou a todos que está em perfeita forma física e que a sua contusao é coisa do passado.
O 49ers perdeu o jogo mas ganhou a confiança da torcidade nesse ataque promissor. Mas o grande problema ainda mora na defesa, que apesar de ter conseguido parar a corrida do Cardinals, foi terrível na secundária e no pass rush.
Que viesse o segundo jogo, em casa, contra o St Louis Rams, um adversário melhor que o Arizona e que serviria como um teste ainda mais definitivo para esse novo time.
E ontem, com o estádio lotado, o San Francisco 49ers despachou o Rams, mostrando MUITO MAIS do que se esperava dessa jovem equipe.
Mark Bulger sofrendo um dos seis sacks que a defesa do 49ers conseguiu no jogo de ontem
O ataque funcionou ainda melhor do que no primeiro jogo, com Gore endiabrado novamente e Smith mostrando um jogo ainda melhor, inclusive com um passe maravilhoso de 72 jardas para um touchdown do seu novo melhor amigo Antonio Bryant.
Bryant após receber o passe de 72 jardas que terminou em touchdown
Bryant esse que se mostrou nervoso com Smith em diversas partes do jogo, mas que se vê claramente que é uma exigência até entao saudável pelo seu alto nível de competitividade e vontade de vencer. Antonio Bryant sente que está num time de futuro e, principalmente, sabe do que Smith é capaz! Tanto que Bryant conseguiu mais de 100 jardas em ambos os jogos.
Alex Smith jogou muito bem, com a ajuda da linha da ataque e da sua mobilidade, sem sofrer nenhuma interceptaçao ou sack dessa defesa do Rams que DESTRUIU o fortíssimo time do Broncos semana passada.
Tanto Gore quanto Bryant estao entre os cinco melhores running backs e wide receivers da NFL neste começo de temporada, Gore com 214 jardas corridas e Bryant com 245 jardas recebidas.
O tanque Frank Gore, numa das suas explosivas corridas
Mas a grata surpresa do dia foi a sólida atuaçao da defesa, que sacou o quarterback do Rams SEIS VEZES, com destaque para o rookie Manny Lawson, que terminou com 2 sacks. Vale tbm destacar a atuaçao do veterano Bryant Young e de Marques Douglas, que explodiram a linha de ataque do Rams durante toda a partida.
A secundária ainda mostrou ser frágil, mas Tony Parrish voltou a jogar bem, Chad Williams foi muito bem em blitz e o veterano Walt Harris fez uma atuaçao impecável!
Semana que vem o 49ers enfrenta seu primeiro desafio contra um dos times de elite da NFL, em casa, contra o Philadelphia Eagles. Mas independente do resultado do próximo domingo, os fãs do 49ers já tem motivos para sorrir de novo. Isso pq vêem em campo um time jovem que esbanja talento e, principalmente, garra e vontade de vencer!
Esse ano o 49ers vai ser uma pedra no sapato de muito cachorro grande da NFL... E pq nao acreditar que o primeiro deles será o Eagles?
sexta-feira, 15 de setembro de 2006
Dirty Harry... ontem, hoje e sempre!
Após uma das suas habituais abordagens, o inspetor Harry Callahan pergunta tranquilamente ao marginal:
"Where's the girl?"
O marginal, chorando, grita desesperado:
"You tried to kill me!"
E o nobre inspetor Callahan responde com o bom humor de sempre:
"If I tried to do that your head would be splattered all over this field - now where's the girl?"
Hj vi Dirty Harry pela 342ª vez e a cada vez que vejo novamente o gênio Clint Eastwood em açao como o inspetor Harry Callahan tenho mais e mais certeza que está alí o melhor, mais emblemático, revolucionário e brilhante personagem da história do cinema!!!
Simplesmente fantástico!
Após uma das suas habituais abordagens, o inspetor Harry Callahan pergunta tranquilamente ao marginal:
"Where's the girl?"
O marginal, chorando, grita desesperado:
"You tried to kill me!"
E o nobre inspetor Callahan responde com o bom humor de sempre:
"If I tried to do that your head would be splattered all over this field - now where's the girl?"
Hj vi Dirty Harry pela 342ª vez e a cada vez que vejo novamente o gênio Clint Eastwood em açao como o inspetor Harry Callahan tenho mais e mais certeza que está alí o melhor, mais emblemático, revolucionário e brilhante personagem da história do cinema!!!
Simplesmente fantástico!
terça-feira, 5 de setembro de 2006
De Leve - O bom humor e malandragem no melhor do hip hop carioca!
Morar fora do Brasil têm dessas... vc sai do circuito e perde ou deixa de conhecer várias produçoes culturais bacanas, entre música, cinema e teatro.
Mas antes tarde do que nunca conhecer o trabalho do De Leve, que mais uma vez mostra que vale a pena assinar a Carta Capital, mesmo do outro lado do Atlântico. Pq por incrível que pareça eu fiquei sabendo do De Leve por uma nota na revista, elogiando seu novo disco, "Manifesto ½ 171".
Busquei no Google, encontrei o site oficial, baixei o disco (disponibilizado gratis pelo próprio artista) e fiquei dando risada durante toda a manha de hoje.
Com seu jeito debochado e sacana, Manifesto ½ 171 é uma prova de que o rap nao precisa ser trágico e pesado para ser crítico - como Racionais e cia. Esbanjando essa tal da malandragem carioca que Marcelo D2 gostaria tanto que existisse no seu novo disco, De Leve tem a criatividade, bom humor, ginga, suíngue e, principalmente, a qualidade que o hip hop carioca (e brasileiro) precisa.
Manifesto ½ 171 nao só é um dos melhores discos de hip hop brasileiro de todos os tempos, como uma das melhores produçoes musicais do Brasil nos últimos anos.
Descompromissado, lembra a molecagem dos bons tempos do Beastie Boys quando parece querer sacanear e rir de todo mundo, inclusive de si mesmo. Tudo isso com uma simplicidade genial ("Mulé cê quer um papo cabeça? Liga pro Pedro Bial! Não me formei na PUC, fugi da Federal" ou em "É um caô fudido, tudo aquilo que eu faço e em que eu tô metido").
Ri da previsibilidade da nossa sociedade, com suas babaquices;
"você é jornalista a família acha lindo
exemplo pros irmãos, pela mãe sempre bem vindo
tira mó onda no choppinho da sexta
mas o que ninguém sabe é que cê trabalha no Extra
e o jornal é uma bosta
você tem asessoria nas costas
o que cê escreve é deprimente
mas tira onda quando tá com a gente"
Hipocrisias;
"não guento mais ver velho pançudo em Volvo
cuma gatinha de 20 grudada que nem um polvo
distribuindo dólar igual saco de doce
em Cosme e Damião como se seu dia fosse
mas que adianta ficar rico e ter de bens
2 iates, 3 prédios e 1 Mercedes Benz
se todos estes vintéms
só vêem depois de velho e cê não vive bem, hein?"
Obviedades;
"Dizem que vida é um dom mas eu não sou Pedro
pedem pra eu fazer direito mas eu sou meio esquerdo
eu não tenho nada de bom, de ruim também não
sou normal igual você, almoço sem lavar a mão
não me dou tão bem com minha irmã nem com meu irmão
mas vivo alegre que nem Branco com seu bando de armação
eu queria era viver sem neurose
mamãe tem um monte delas: depressão e psicose
sem contar dor na lombar e um pouco de lordose"
Valores morais;
"Mulheres têm interesses diversos, desejos imersos
querem flores no aniversário junto com versos
no verso do bilhete e fazem piquete
pra usarmos desodorante, xampu e sabonete
Magali não espera nada disso
apenas abana o rabo e vira a barriga sem querer compromisso
deita na entrada da porta e me espera sair
com sua manchas no dorso e o rabo a sacudir
Magali, Carol, Bisteca e Chuleta
São 4 coisas que eu mais gosto no planeta"
E até sobre política!
"Enquanto eu ouço rádio perde o pênalty Baggio
somos campeões mas em que, cê sabe? Não.
desigualdade, baixo salário.
desemprego ou emprego precário
metem no rêgo dos otários
as leis são como teias de aranha
predem o pequeno inseto na manha
mas o grande fura esta e nem se arranha
porque rico que é rico não é preso
bota um substituto e bebe champanhe em Miami ileso"
Além, é claro, de sacanear apenas por sacanear:
"mulé, pra que escova progressiva
quando é mais barato alisa-lo com saliva?
não, não precisa ficar agressiva
eu te amo feia assim mesmo, você é minha diva"
"Cê se acha bonito mas... Tu é feipa
Tua mãe te acha bonito mas... Tu é feipa
Cara feia pra mim é fome e cê comeu alho
porque tu é feipacaralho"
Se vc ainda nao conhece De Leve, baixe Manifesto ½ 171 e disfrute do melhor do hip hop brasileiro.
Morar fora do Brasil têm dessas... vc sai do circuito e perde ou deixa de conhecer várias produçoes culturais bacanas, entre música, cinema e teatro.
Mas antes tarde do que nunca conhecer o trabalho do De Leve, que mais uma vez mostra que vale a pena assinar a Carta Capital, mesmo do outro lado do Atlântico. Pq por incrível que pareça eu fiquei sabendo do De Leve por uma nota na revista, elogiando seu novo disco, "Manifesto ½ 171".
Busquei no Google, encontrei o site oficial, baixei o disco (disponibilizado gratis pelo próprio artista) e fiquei dando risada durante toda a manha de hoje.
Com seu jeito debochado e sacana, Manifesto ½ 171 é uma prova de que o rap nao precisa ser trágico e pesado para ser crítico - como Racionais e cia. Esbanjando essa tal da malandragem carioca que Marcelo D2 gostaria tanto que existisse no seu novo disco, De Leve tem a criatividade, bom humor, ginga, suíngue e, principalmente, a qualidade que o hip hop carioca (e brasileiro) precisa.
Manifesto ½ 171 nao só é um dos melhores discos de hip hop brasileiro de todos os tempos, como uma das melhores produçoes musicais do Brasil nos últimos anos.
Descompromissado, lembra a molecagem dos bons tempos do Beastie Boys quando parece querer sacanear e rir de todo mundo, inclusive de si mesmo. Tudo isso com uma simplicidade genial ("Mulé cê quer um papo cabeça? Liga pro Pedro Bial! Não me formei na PUC, fugi da Federal" ou em "É um caô fudido, tudo aquilo que eu faço e em que eu tô metido").
Ri da previsibilidade da nossa sociedade, com suas babaquices;
"você é jornalista a família acha lindo
exemplo pros irmãos, pela mãe sempre bem vindo
tira mó onda no choppinho da sexta
mas o que ninguém sabe é que cê trabalha no Extra
e o jornal é uma bosta
você tem asessoria nas costas
o que cê escreve é deprimente
mas tira onda quando tá com a gente"
Hipocrisias;
"não guento mais ver velho pançudo em Volvo
cuma gatinha de 20 grudada que nem um polvo
distribuindo dólar igual saco de doce
em Cosme e Damião como se seu dia fosse
mas que adianta ficar rico e ter de bens
2 iates, 3 prédios e 1 Mercedes Benz
se todos estes vintéms
só vêem depois de velho e cê não vive bem, hein?"
Obviedades;
"Dizem que vida é um dom mas eu não sou Pedro
pedem pra eu fazer direito mas eu sou meio esquerdo
eu não tenho nada de bom, de ruim também não
sou normal igual você, almoço sem lavar a mão
não me dou tão bem com minha irmã nem com meu irmão
mas vivo alegre que nem Branco com seu bando de armação
eu queria era viver sem neurose
mamãe tem um monte delas: depressão e psicose
sem contar dor na lombar e um pouco de lordose"
Valores morais;
"Mulheres têm interesses diversos, desejos imersos
querem flores no aniversário junto com versos
no verso do bilhete e fazem piquete
pra usarmos desodorante, xampu e sabonete
Magali não espera nada disso
apenas abana o rabo e vira a barriga sem querer compromisso
deita na entrada da porta e me espera sair
com sua manchas no dorso e o rabo a sacudir
Magali, Carol, Bisteca e Chuleta
São 4 coisas que eu mais gosto no planeta"
E até sobre política!
"Enquanto eu ouço rádio perde o pênalty Baggio
somos campeões mas em que, cê sabe? Não.
desigualdade, baixo salário.
desemprego ou emprego precário
metem no rêgo dos otários
as leis são como teias de aranha
predem o pequeno inseto na manha
mas o grande fura esta e nem se arranha
porque rico que é rico não é preso
bota um substituto e bebe champanhe em Miami ileso"
Além, é claro, de sacanear apenas por sacanear:
"mulé, pra que escova progressiva
quando é mais barato alisa-lo com saliva?
não, não precisa ficar agressiva
eu te amo feia assim mesmo, você é minha diva"
"Cê se acha bonito mas... Tu é feipa
Tua mãe te acha bonito mas... Tu é feipa
Cara feia pra mim é fome e cê comeu alho
porque tu é feipacaralho"
Se vc ainda nao conhece De Leve, baixe Manifesto ½ 171 e disfrute do melhor do hip hop brasileiro.
segunda-feira, 4 de setembro de 2006
Ironias do destino...
Que Steve Irwin - o famoso "Caçador de Crocodilos" da Discovery - iria acabar morrendo numa das suas locuras entre crocodilos, cobras venenosas e dragoes de komodo, parecia claro.
Mas nao é que o pobre coitado acabou sendo morto por uma inofensiva arraia?!
Como é irônica a vida de vez em quando...
Que Steve Irwin - o famoso "Caçador de Crocodilos" da Discovery - iria acabar morrendo numa das suas locuras entre crocodilos, cobras venenosas e dragoes de komodo, parecia claro.
Mas nao é que o pobre coitado acabou sendo morto por uma inofensiva arraia?!
Como é irônica a vida de vez em quando...
sábado, 2 de setembro de 2006
Are you ready for some football?
Começa hj a temporada de futebol americano nos EUA. Começa hoje com a apaixonante e emocionante liga universitária, uma semana antes da competitiva e milionária liga profissional.
Entao vamos por partes e hoje falemos de futebol americano universitário, o berço das grandes estrelas, onde os jovens talentos mostram que podem dar o próximo passo rumo à NFL e se tornar um novo Joe Montana, Deion Sanders ou Ray Lewis.
Este ano todas as atençoes estao voltadas ao mais tradicional, importante e popular programa de futebol americano universitário dos EUA, o da University of Notre Dame. Pra se ter uma noçao da popularidade e importancia da Notre Dame, ela pode ser dar ao luxo de nao fazer parte de nenhuma conferencia e de fazer seu próprio calendário, escolhendo a dedo seus adversários. Além disso, tem seu próprio contrato de transmissao televisiva com a NBC, que transmite para todo o país os jogos que a universidade faz em seu monstruoso estádio, com capacidade para 80 mil pessoas, maior que a maioria dos estádios de equipes da NFL.
E esse ano a espectativa é enorme pq há 10 anos os Fighting Irish de Notre Dame nao estava na lista dos 10 favoritos ao título e desde 1993 nao tinham uma temporada invicta, como tiveram no ano passado. E o motivo de tanta empolgaçao tem um nome: Brady Quinn, o quarterback estrela que trouxe de volta o orgulho e a mística dos quarterbacks de dourado e azul, mesmo uniforma que já vestiram Joe Montana, Joe Theismann, Johnny Lujack, Angelo Bertelli, John Huarte, Paul Hornung e dezenas de outros atletas, principalmente na primeira metade do século XX. Notre Dame é conhecida como o lugar onde a posiçao de QB como conhecemos hj foi formada e desenvolvida.
Brady Quinn é o grande favorito esse ano para conquistar o Heisman Memorial Trophy Award, o troféu dado ao melhor jogador universitário do ano, além de estar tbm no topo das previsoes para o recrutamento da NFL 2007. Quinn é um exemplar raro para a posiçao de quarterback, extremamente forte e atlético, com um corpo que mais lembra um linebacker - 1,93m e 110 kg. E a explosao de Quinn ano passado pode tbm ser explicada pela chegada do novo treinador, Charlie Weis, que foi o tutor daquele que hoje é uma das maiores estrelas da NFL, o tbm quarterback Tom Brady, do New England Patriots.
Além de Brady Quinn, o eletrizante e praticamente imparável ataque do Irish conta com um dos melhores wide receivers da liga, Jeff Samardzija, e com o excelente running back Darius Walker. O problema da Notre Dame está na defesa, principalmente após a desastrosa derrota no Fiesta Bowl para a Ohio State.
Será dessa vez que o Fighting Irish dará a volta por cima?
Se depender da Ohio State, a resposta é nao!
Os Buckeyes sao o único time no país com mais expectativas do que a Notre Dame, sendo indicado pelos analistas como a grande favorita do ano. Mesmo tendo perdido para a NFL suas maiores estrelas daquela que foi a 5ª melhor defesa do ano passado, três delas no primeiro round do draft - o cunhado de Brady Quinn, A.J. Hawk, além de Bobby Carpenter e Donte Whitner - o time da Ohio State ainda é considerado o time a ser vencido. Pq? Porque contam com dois dos melhores jogadores do país no seu ataque, o quarterback Troy Smith e o fantástico wide receiver Ted Ginn Jr, ambos tbm entre os favoritos na corrida pelo Heisman Trophy.
Após a ida do quarterback do Texas Longhorns, Vince Young, para a NFL, Troy Smith é hoje a maior dupla ameaça da NFL na posiçao de quarterback, já que além de exímio lançador, ele tem a velocidade e agilidade de um running back de elite!
Além de Young e Ginn Jr, olho vivo em uma estrela que pode surgir no backfield do Buckeyes esse ano, o jovem running back Chris Wells.
Após Ohio e Notre Dame, vem Texas com sua série de 20 jogos invictos, a maior da história do futebol americano unversitário. Mesmo tendo perdido Vince Young, os Longhorns ainda contam com um excelente time, comandado principalmente pelo melhor linha de ataque do país, o tackle Justin Blalock. No lugar de Young, o time deve ter o talentoso Colt McCoy, que é novo, inexperiente e possue um estilo diferente de Young, mas que conta com Blalock para protegê-lo.
Olho vivo tbm nos Auburn Tigers, que conta com um dos melhores trios de ataque do país, com o QB Brandon Cox, o WR Courtney Taylor e um dos melhores running backs da liga, o fantástico Kenny Irons.
Tbm no topo dos rankings dos favoritos estao os West Virginia Mountaineers, liderados pelo running back Steve Slaton, provavelmente o jogador mais subestimado da atualidade. Junto com Slaton está Pat White, um dos melhores quarterbacks da atualidade.
California tbm aparece forte e com grandes expectativas, principalmente pela nova estrela de Berkeley, o running back Marshawn Lynch, tbm candidato ao Heisman.
O Florida Gators tbm vem com ganas e muita confiança no seu quarterback e líder, Chris Leak, um pocket passer à moda antiga que promete tbm brigar pelo título de melhor do ano.
Falando de duplas RB e QB, Louisville tem tbm uma das melhores do país, com Michael Bush e Brian Brohm, respectivamente. E nao estao sozinhos. Contam tbm com um grande wide receiver em Mario Urrutia, o que faz desse um dos ataques mais temidos do ano.
Quanto à defesa, com certeza minha favorita é a do Tigers da LSU. Olho neles e no seu safety Laron Landry, um possível top 10 no draft do ano que vem.
Outra universidade que eu recomendaria acompanhar é Georgia, principalmente por um jogador que para mim será um top 5 no draft do ano que vem, o defensive end Quentin Moses.
A grande surpresa do ano pode ser Oklahoma, que tem no seu backfield provavelmente o melhor running back da liga universitária, Adrian Peterson.
Se vc nao conhece muito bem futebol americano, nada melhor do que começar por futebol americano universitário, que conta com um estilo de jogo muito mais dinâmico e ofensivo que o da NFL. Os jogos sao mais fáceis e divertidos de assistir, com a torcida muito mais apaixonada e participante. Além do fato dos jogadores nao serem profissionais, ou seja, sao jovens talentos que precisam dar tudo de si para mostrar que tem talento suficiente para entrarem na NFL e conseguirem os contratos milionários e a fama que sonham desde a infância.
Começa hj a temporada de futebol americano nos EUA. Começa hoje com a apaixonante e emocionante liga universitária, uma semana antes da competitiva e milionária liga profissional.
Entao vamos por partes e hoje falemos de futebol americano universitário, o berço das grandes estrelas, onde os jovens talentos mostram que podem dar o próximo passo rumo à NFL e se tornar um novo Joe Montana, Deion Sanders ou Ray Lewis.
Este ano todas as atençoes estao voltadas ao mais tradicional, importante e popular programa de futebol americano universitário dos EUA, o da University of Notre Dame. Pra se ter uma noçao da popularidade e importancia da Notre Dame, ela pode ser dar ao luxo de nao fazer parte de nenhuma conferencia e de fazer seu próprio calendário, escolhendo a dedo seus adversários. Além disso, tem seu próprio contrato de transmissao televisiva com a NBC, que transmite para todo o país os jogos que a universidade faz em seu monstruoso estádio, com capacidade para 80 mil pessoas, maior que a maioria dos estádios de equipes da NFL.
E esse ano a espectativa é enorme pq há 10 anos os Fighting Irish de Notre Dame nao estava na lista dos 10 favoritos ao título e desde 1993 nao tinham uma temporada invicta, como tiveram no ano passado. E o motivo de tanta empolgaçao tem um nome: Brady Quinn, o quarterback estrela que trouxe de volta o orgulho e a mística dos quarterbacks de dourado e azul, mesmo uniforma que já vestiram Joe Montana, Joe Theismann, Johnny Lujack, Angelo Bertelli, John Huarte, Paul Hornung e dezenas de outros atletas, principalmente na primeira metade do século XX. Notre Dame é conhecida como o lugar onde a posiçao de QB como conhecemos hj foi formada e desenvolvida.
Brady Quinn é o grande favorito esse ano para conquistar o Heisman Memorial Trophy Award, o troféu dado ao melhor jogador universitário do ano, além de estar tbm no topo das previsoes para o recrutamento da NFL 2007. Quinn é um exemplar raro para a posiçao de quarterback, extremamente forte e atlético, com um corpo que mais lembra um linebacker - 1,93m e 110 kg. E a explosao de Quinn ano passado pode tbm ser explicada pela chegada do novo treinador, Charlie Weis, que foi o tutor daquele que hoje é uma das maiores estrelas da NFL, o tbm quarterback Tom Brady, do New England Patriots.
Além de Brady Quinn, o eletrizante e praticamente imparável ataque do Irish conta com um dos melhores wide receivers da liga, Jeff Samardzija, e com o excelente running back Darius Walker. O problema da Notre Dame está na defesa, principalmente após a desastrosa derrota no Fiesta Bowl para a Ohio State.
Será dessa vez que o Fighting Irish dará a volta por cima?
Se depender da Ohio State, a resposta é nao!
Os Buckeyes sao o único time no país com mais expectativas do que a Notre Dame, sendo indicado pelos analistas como a grande favorita do ano. Mesmo tendo perdido para a NFL suas maiores estrelas daquela que foi a 5ª melhor defesa do ano passado, três delas no primeiro round do draft - o cunhado de Brady Quinn, A.J. Hawk, além de Bobby Carpenter e Donte Whitner - o time da Ohio State ainda é considerado o time a ser vencido. Pq? Porque contam com dois dos melhores jogadores do país no seu ataque, o quarterback Troy Smith e o fantástico wide receiver Ted Ginn Jr, ambos tbm entre os favoritos na corrida pelo Heisman Trophy.
Após a ida do quarterback do Texas Longhorns, Vince Young, para a NFL, Troy Smith é hoje a maior dupla ameaça da NFL na posiçao de quarterback, já que além de exímio lançador, ele tem a velocidade e agilidade de um running back de elite!
Além de Young e Ginn Jr, olho vivo em uma estrela que pode surgir no backfield do Buckeyes esse ano, o jovem running back Chris Wells.
Após Ohio e Notre Dame, vem Texas com sua série de 20 jogos invictos, a maior da história do futebol americano unversitário. Mesmo tendo perdido Vince Young, os Longhorns ainda contam com um excelente time, comandado principalmente pelo melhor linha de ataque do país, o tackle Justin Blalock. No lugar de Young, o time deve ter o talentoso Colt McCoy, que é novo, inexperiente e possue um estilo diferente de Young, mas que conta com Blalock para protegê-lo.
Olho vivo tbm nos Auburn Tigers, que conta com um dos melhores trios de ataque do país, com o QB Brandon Cox, o WR Courtney Taylor e um dos melhores running backs da liga, o fantástico Kenny Irons.
Tbm no topo dos rankings dos favoritos estao os West Virginia Mountaineers, liderados pelo running back Steve Slaton, provavelmente o jogador mais subestimado da atualidade. Junto com Slaton está Pat White, um dos melhores quarterbacks da atualidade.
California tbm aparece forte e com grandes expectativas, principalmente pela nova estrela de Berkeley, o running back Marshawn Lynch, tbm candidato ao Heisman.
O Florida Gators tbm vem com ganas e muita confiança no seu quarterback e líder, Chris Leak, um pocket passer à moda antiga que promete tbm brigar pelo título de melhor do ano.
Falando de duplas RB e QB, Louisville tem tbm uma das melhores do país, com Michael Bush e Brian Brohm, respectivamente. E nao estao sozinhos. Contam tbm com um grande wide receiver em Mario Urrutia, o que faz desse um dos ataques mais temidos do ano.
Quanto à defesa, com certeza minha favorita é a do Tigers da LSU. Olho neles e no seu safety Laron Landry, um possível top 10 no draft do ano que vem.
Outra universidade que eu recomendaria acompanhar é Georgia, principalmente por um jogador que para mim será um top 5 no draft do ano que vem, o defensive end Quentin Moses.
A grande surpresa do ano pode ser Oklahoma, que tem no seu backfield provavelmente o melhor running back da liga universitária, Adrian Peterson.
Se vc nao conhece muito bem futebol americano, nada melhor do que começar por futebol americano universitário, que conta com um estilo de jogo muito mais dinâmico e ofensivo que o da NFL. Os jogos sao mais fáceis e divertidos de assistir, com a torcida muito mais apaixonada e participante. Além do fato dos jogadores nao serem profissionais, ou seja, sao jovens talentos que precisam dar tudo de si para mostrar que tem talento suficiente para entrarem na NFL e conseguirem os contratos milionários e a fama que sonham desde a infância.
sábado, 26 de agosto de 2006
E a bola rola na Espanha
Taí... Pra alegria da macharada e desespero de nossas mulheres, começa hj o campeonato espanhol!
E os conflitos já começaram antes mesmo da bola rolar, quando a patroa disse que queria passar o domingo na piscina e eu "avisei" que iria ao Bernabeu ver Real Madrid vs Villareal... Já imagina a reaçao, nao?!
O campeonato começa com o todo poderoso campeao Barcelona em crise, humilhado após a derrota de goleada para o Sevilla na final da Supercopa da Europa. O Barça se vê obrigado a ganhar - e bem - na primeira rodada pra mostrar à sua torcida que o jogo de ontem foi apenas um deslize, mas a tarefa nao será fácil. Será um jogo duríssimo contra um reforçado Celta, em Vigo. Os trunfos do Barça sao a base do ano passado mais a contrataçao de Gudjohnsen, Zambrotta e Thuram.
E essa inesperada crise poe ainda mais lenha na fogueira desse campeonato que começa prometendo ser um dos mais equilibrados dos últimos tempos. Tudo indica que na cola do campeao estarao pelo menos 5 equipes que se reforçaram muito para essa temporada. Sao eles Real Madrid, Valencia, Villareal, Atlético de Madrid e Sevilla. Um degrau abaixo e com a promessa de serem as surpresas do ano, vao Zaragoza, Osasuna e Celta de Vigo.
O Real Madrid trouxe o técnico italiano Fábio Capello e com ele reforços de peso como Cannavaro, Emerson, Diarra e Van Nistelrooy. O Valencia nao ficou atrás e trouxe Fernando Morientes, Joaquín e Del Horno, além de contar com o retorno de Edu e Gavillán. O Villareal manteve a base comandada por Riquelme que levou a pequena equipe à semi da Champions League e se reforçou ainda mais, trazendo o atacante Nihat, o jovem meia Cani e o veterano francês Pires.
Já o meu Atlético de Madrid foi provavelmente a equipe mais ousada da pré-temporada, fazendo contrataçoes caras e importantes para levar a equipe de volta às competiçoes européias e tirar essa irritante maldiçao que parece assolar o clube de Manzanares. Encabeçando a lista estao o treinador mexicano Javier Aguirre e a maior promessa do futebol argentino dos últimos anos, o atacante Sérgio 'Kun' Agüero, que chega do Independiente com a fama de ser o novo Romário. Junto com ele vêm duas tbm enormes promessas espanholas, De las Cuevas e Jurado e o tbm jovem e talentoso zagueiro português, Zé Castro. Para reforçar o meio, a dupla de veteranos portuguesa Costinha e Maniche, e para as laterais o internacional grego, campeao da Eurocopa, Seitaridis, e a grande revelaçao da Liga Espanhola do ano passado, o lateral esquerdo Pernía. E mais importante, o time manteve no elenco o capitao Fernando Torres, o meia Maxi Rodriguez e o zagueiro Perea.
Já o campeao da Copa da UEFA e agora Supercampeao da Europa, Sevilla, trouxe o atacante uruguaio Chevanton e o meia dinamarquês Poulsen, que reforçarao esse que é um dos times mais sólidos da Espanha na atualidade.
O Zaragoza quer ir ainda mais longe do que no ano passado, quando surgiu como uma potência ofensiva no trio Cani, Milito e Ewerton. O time perdeu Cani mas trouxe para seu meio campo a dupla de argentinos Aimar e D'Alessandro. Já o Celta contratou o meia brasileiro Nenê, que foi um dos grandes destaques da liga ano passado, mesmo jogando pelo fraco Alavés. E o Osasuna quer mostrar que, mesmo sem Aguirre, pode repetir a campanha vitoriosa do ano passado.
Que role a bola e que meu Aleti tenha melhor sorte esse ano!
Taí... Pra alegria da macharada e desespero de nossas mulheres, começa hj o campeonato espanhol!
E os conflitos já começaram antes mesmo da bola rolar, quando a patroa disse que queria passar o domingo na piscina e eu "avisei" que iria ao Bernabeu ver Real Madrid vs Villareal... Já imagina a reaçao, nao?!
O campeonato começa com o todo poderoso campeao Barcelona em crise, humilhado após a derrota de goleada para o Sevilla na final da Supercopa da Europa. O Barça se vê obrigado a ganhar - e bem - na primeira rodada pra mostrar à sua torcida que o jogo de ontem foi apenas um deslize, mas a tarefa nao será fácil. Será um jogo duríssimo contra um reforçado Celta, em Vigo. Os trunfos do Barça sao a base do ano passado mais a contrataçao de Gudjohnsen, Zambrotta e Thuram.
E essa inesperada crise poe ainda mais lenha na fogueira desse campeonato que começa prometendo ser um dos mais equilibrados dos últimos tempos. Tudo indica que na cola do campeao estarao pelo menos 5 equipes que se reforçaram muito para essa temporada. Sao eles Real Madrid, Valencia, Villareal, Atlético de Madrid e Sevilla. Um degrau abaixo e com a promessa de serem as surpresas do ano, vao Zaragoza, Osasuna e Celta de Vigo.
O Real Madrid trouxe o técnico italiano Fábio Capello e com ele reforços de peso como Cannavaro, Emerson, Diarra e Van Nistelrooy. O Valencia nao ficou atrás e trouxe Fernando Morientes, Joaquín e Del Horno, além de contar com o retorno de Edu e Gavillán. O Villareal manteve a base comandada por Riquelme que levou a pequena equipe à semi da Champions League e se reforçou ainda mais, trazendo o atacante Nihat, o jovem meia Cani e o veterano francês Pires.
Já o meu Atlético de Madrid foi provavelmente a equipe mais ousada da pré-temporada, fazendo contrataçoes caras e importantes para levar a equipe de volta às competiçoes européias e tirar essa irritante maldiçao que parece assolar o clube de Manzanares. Encabeçando a lista estao o treinador mexicano Javier Aguirre e a maior promessa do futebol argentino dos últimos anos, o atacante Sérgio 'Kun' Agüero, que chega do Independiente com a fama de ser o novo Romário. Junto com ele vêm duas tbm enormes promessas espanholas, De las Cuevas e Jurado e o tbm jovem e talentoso zagueiro português, Zé Castro. Para reforçar o meio, a dupla de veteranos portuguesa Costinha e Maniche, e para as laterais o internacional grego, campeao da Eurocopa, Seitaridis, e a grande revelaçao da Liga Espanhola do ano passado, o lateral esquerdo Pernía. E mais importante, o time manteve no elenco o capitao Fernando Torres, o meia Maxi Rodriguez e o zagueiro Perea.
Já o campeao da Copa da UEFA e agora Supercampeao da Europa, Sevilla, trouxe o atacante uruguaio Chevanton e o meia dinamarquês Poulsen, que reforçarao esse que é um dos times mais sólidos da Espanha na atualidade.
O Zaragoza quer ir ainda mais longe do que no ano passado, quando surgiu como uma potência ofensiva no trio Cani, Milito e Ewerton. O time perdeu Cani mas trouxe para seu meio campo a dupla de argentinos Aimar e D'Alessandro. Já o Celta contratou o meia brasileiro Nenê, que foi um dos grandes destaques da liga ano passado, mesmo jogando pelo fraco Alavés. E o Osasuna quer mostrar que, mesmo sem Aguirre, pode repetir a campanha vitoriosa do ano passado.
Que role a bola e que meu Aleti tenha melhor sorte esse ano!
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Reflexoes dA NATA!
"Quem sou eu para dizer qualquer coisa do trabalho de um homem que, em seu próprio filme, coloca a si mesmo no papel de um escritor que, com suas idéias, inspirará o grande líder do futuro a salvar o mundo..."
Jim Emerson, crítico de cinema do Chicago Sun-Times, se referindo ao diretor M. Night Shyamalan e seu novo filme, "Lady in the water", um fiasco de crítica e público nos EUA.
"Quem sou eu para dizer qualquer coisa do trabalho de um homem que, em seu próprio filme, coloca a si mesmo no papel de um escritor que, com suas idéias, inspirará o grande líder do futuro a salvar o mundo..."
Jim Emerson, crítico de cinema do Chicago Sun-Times, se referindo ao diretor M. Night Shyamalan e seu novo filme, "Lady in the water", um fiasco de crítica e público nos EUA.
terça-feira, 15 de agosto de 2006
Eu ia escrever um texto sobre o que viria após o cessar fogo, mas após ler o texto do meu colega Robert Fisk, resolvi traduzí-lo e colocá-lo aqui, pq melhores palavras que as dele nao há.
E com o cessar fogo... começa a guerra de verdade
Por Robert Fisk, correspondente do The Independent em Beirut
A verdadeira guerra no Líbano começa hj. O mundo pode acreditar - e Israel tbm - que com o cessar fogo imposto pela ONU vai chegar ao fim essa guerra suja que já matou mais de mil civis libaneses e 30 civis israelenses. Mas a realidade é bem diferente e nao será vítima dessa ilusao: o exército de Israel, acoado pelo Hezbollah nas últimas 24h, agora encara uma das mais difíceis guerras de guerrilha já travadas em sua história. E essa eles correm inclusive o risco de perder.
No todo, pelo menos 39 - possivelmente 43 - soldados israelenses foram mortos no último dia enquanto as guerrilhas do Hezbollah, que continuam lançando foguetes contra Israel, lutam contra a invasao massiça de Israel ao Líbano.
As autoridades israelenses falaram em "limpar" e "varrer" suas tropas do sul do Líbano, mas para os libaneses, a sensaçao que se tem é que o Hezbollah que está fazendo a "limpeza". Até a noite de ontem, o exercito isralense nao foi nem capaz de alcançar a tripulaçao morta do seu helicóptero - abatido na noite de sábado - que caiu num vale Libanes.
Oficialmente, Israel aceitou o cessar fogo da ONU que acaba com a ofensiva militar israelense e com os ataques do Hezbollah, e o Hezbollah declarou que estará com o cessar fogo, enquanto nao exista nenhuma tropa israelense no sul do Líbano. Mas 10 mil soldados israelenses estao dentro do país e agora sao 10 mil alvos para o Hezbollah.
Desde a manha de hj, operaçoes do Hezbollah serao apenas e diretamente contra a força de invasao. E Israel nao pode se dar ao luxo de perder 40 homens em apenas um dia. Incapaz de abater os caças F-16 israelenses que traformaram grande parte do Líbano em escombros, eles rezaram e desejaram e esperaram pelo momento em que eles poderiam atacar as forças de Israel no sólo.
Agora o Hezbollah está pronto para finalmente colocar sua tao planejada campanha militar em açao. Milhares de seus guerrilheiros estao vivos, armados e preparados para as operaçoes dentro dos vilarejos e cidade em ruínas do sul do Líbano, esperando apenas por este momento. Apenas horas depois de seu líder, Said Hassan Nasrallah, avisar Israel que seus homens estariam esperando por eles em suas trincheras no rio Litani, o Hezbollah armou sua armadilha e matou mais de 20 soldados israelenses em menos de 3 horas.
Israel mesmo, segundo relatórios de Washington e Nova Iorque, planejou durante muito tempo a atual operaçao no Líbano, mas Israel parece nao ter levado em conta o mais óbvio plano de operaçao da guerrilha xiita: que se eles conseguissem agüentar os dias de ataque aéreo, conseguiriam forçar Israel a reocupar o sul do Líbano por terra e assim, lutar de igual para igual.
Os misseis guiados a laser do Hezbollah - de fabricaçao iraniana, assim como as armas israelenses feitas nos EUA - parecem ter trazido o caos às tropas israelenses no sábado, além do abate contra o helicóptero de combate, um feito sem precedentes na sua luta contra Israel.
Em teoria, comboios de ajuda humanitária terao acesso ao sul do país onde milhares de xiitas libaneses estao presos em seus vilarejos, mas ninguém sabe se o Hezbollah vai esperar alguns dias - eles, assim como os israelenses, estao fisicamente cansados - para permitir que a ajuda chegue às cidades destruídas.
E as atrocidades continuam por todo Líbano, sendo a mais recente um ataque a um comboio de carros levando 600 famílias cristas desde a cidade de Marjayoun. Mesmo sendo escoltados por soldados Libaneses e por membros da ONU, foram atacados por um caça israelense. Pelo menos 7 morreram, incluindo a mulher do prefeito, uma senhora crita decapitada pelo míssel que atingiu seu carro.
No leste de Beirute ontem, um caça israelense destruiu um prédio de oito andares onde viviam 6 famílias. Além deles, mais 12 pessoas morreram no sul do Líbano, incluindo uma mae, seu filho e a babá.
Um israelense foi morto por um Katiucha lançado pelo Hezbollah sobre a fronteira. O exército da guerrilha - "terroristas" para Israel e os EUA mas heróis para o mundo islâmico - têm muitas mortes para vingar, apesar de que sua liderança está menos interessada no olho por olho e totalmente focada e faminta por atacar o exército israelense.
Nessa conjuntura mortal dentro da história do Oriente Médio - e ninguém deve subestimar a importancia desse momento para a regiao - o exercito de Israel parece tao impotente no dever de proteger seu país quanto o Hezbollah é de proteger o Líbano.
Mas se o cessar fogo falhar, como parece que vai, nem Israel nem os americanos parecem ter qualquer plano para escapar das consequencias. Os EUA viram nessa guerra uma oportunidade de estremecer Síria e Iran - os patrocinadores do Hezbollah - mas parece que o que está havendo é uma virada de mesa. Já o exército israelense para muito eficiente em distruir pontes, estaçoes de energia, prédios e postos de gasolina, mas totalmente incapaz de atingir o exército dos "terroristas" que eles eles juraram liquidar.
"O governo libanes será o responsável por qualquer violaçao do cessar fogo" disse o primeiro ministro de Israel, Ehud Olmert, como se já soubesse que a trégua nao vai durar.
E isso, é claro, dá a Israel mais uma desculpa para atacar infraestrutura civil libanesa.
Muito mais preocupante, no entanto, sao os termos vagos da resoluçao do conselho de segurança da ONU sobre a força internacional que deveria ocupar o sul do Líbano.
Se Israel e Hezbollah comecem novamente a guerra no sul durante as próximas semana, que país se atreverá mandar suas tropas à essa selva que o sul do Líbano se transformará?
É trágico - e fatal para os involvidos - que a verdadeira guerra no Líbano começa hoje.
E com o cessar fogo... começa a guerra de verdade
Por Robert Fisk, correspondente do The Independent em Beirut
A verdadeira guerra no Líbano começa hj. O mundo pode acreditar - e Israel tbm - que com o cessar fogo imposto pela ONU vai chegar ao fim essa guerra suja que já matou mais de mil civis libaneses e 30 civis israelenses. Mas a realidade é bem diferente e nao será vítima dessa ilusao: o exército de Israel, acoado pelo Hezbollah nas últimas 24h, agora encara uma das mais difíceis guerras de guerrilha já travadas em sua história. E essa eles correm inclusive o risco de perder.
No todo, pelo menos 39 - possivelmente 43 - soldados israelenses foram mortos no último dia enquanto as guerrilhas do Hezbollah, que continuam lançando foguetes contra Israel, lutam contra a invasao massiça de Israel ao Líbano.
As autoridades israelenses falaram em "limpar" e "varrer" suas tropas do sul do Líbano, mas para os libaneses, a sensaçao que se tem é que o Hezbollah que está fazendo a "limpeza". Até a noite de ontem, o exercito isralense nao foi nem capaz de alcançar a tripulaçao morta do seu helicóptero - abatido na noite de sábado - que caiu num vale Libanes.
Oficialmente, Israel aceitou o cessar fogo da ONU que acaba com a ofensiva militar israelense e com os ataques do Hezbollah, e o Hezbollah declarou que estará com o cessar fogo, enquanto nao exista nenhuma tropa israelense no sul do Líbano. Mas 10 mil soldados israelenses estao dentro do país e agora sao 10 mil alvos para o Hezbollah.
Desde a manha de hj, operaçoes do Hezbollah serao apenas e diretamente contra a força de invasao. E Israel nao pode se dar ao luxo de perder 40 homens em apenas um dia. Incapaz de abater os caças F-16 israelenses que traformaram grande parte do Líbano em escombros, eles rezaram e desejaram e esperaram pelo momento em que eles poderiam atacar as forças de Israel no sólo.
Agora o Hezbollah está pronto para finalmente colocar sua tao planejada campanha militar em açao. Milhares de seus guerrilheiros estao vivos, armados e preparados para as operaçoes dentro dos vilarejos e cidade em ruínas do sul do Líbano, esperando apenas por este momento. Apenas horas depois de seu líder, Said Hassan Nasrallah, avisar Israel que seus homens estariam esperando por eles em suas trincheras no rio Litani, o Hezbollah armou sua armadilha e matou mais de 20 soldados israelenses em menos de 3 horas.
Israel mesmo, segundo relatórios de Washington e Nova Iorque, planejou durante muito tempo a atual operaçao no Líbano, mas Israel parece nao ter levado em conta o mais óbvio plano de operaçao da guerrilha xiita: que se eles conseguissem agüentar os dias de ataque aéreo, conseguiriam forçar Israel a reocupar o sul do Líbano por terra e assim, lutar de igual para igual.
Os misseis guiados a laser do Hezbollah - de fabricaçao iraniana, assim como as armas israelenses feitas nos EUA - parecem ter trazido o caos às tropas israelenses no sábado, além do abate contra o helicóptero de combate, um feito sem precedentes na sua luta contra Israel.
Em teoria, comboios de ajuda humanitária terao acesso ao sul do país onde milhares de xiitas libaneses estao presos em seus vilarejos, mas ninguém sabe se o Hezbollah vai esperar alguns dias - eles, assim como os israelenses, estao fisicamente cansados - para permitir que a ajuda chegue às cidades destruídas.
E as atrocidades continuam por todo Líbano, sendo a mais recente um ataque a um comboio de carros levando 600 famílias cristas desde a cidade de Marjayoun. Mesmo sendo escoltados por soldados Libaneses e por membros da ONU, foram atacados por um caça israelense. Pelo menos 7 morreram, incluindo a mulher do prefeito, uma senhora crita decapitada pelo míssel que atingiu seu carro.
No leste de Beirute ontem, um caça israelense destruiu um prédio de oito andares onde viviam 6 famílias. Além deles, mais 12 pessoas morreram no sul do Líbano, incluindo uma mae, seu filho e a babá.
Um israelense foi morto por um Katiucha lançado pelo Hezbollah sobre a fronteira. O exército da guerrilha - "terroristas" para Israel e os EUA mas heróis para o mundo islâmico - têm muitas mortes para vingar, apesar de que sua liderança está menos interessada no olho por olho e totalmente focada e faminta por atacar o exército israelense.
Nessa conjuntura mortal dentro da história do Oriente Médio - e ninguém deve subestimar a importancia desse momento para a regiao - o exercito de Israel parece tao impotente no dever de proteger seu país quanto o Hezbollah é de proteger o Líbano.
Mas se o cessar fogo falhar, como parece que vai, nem Israel nem os americanos parecem ter qualquer plano para escapar das consequencias. Os EUA viram nessa guerra uma oportunidade de estremecer Síria e Iran - os patrocinadores do Hezbollah - mas parece que o que está havendo é uma virada de mesa. Já o exército israelense para muito eficiente em distruir pontes, estaçoes de energia, prédios e postos de gasolina, mas totalmente incapaz de atingir o exército dos "terroristas" que eles eles juraram liquidar.
"O governo libanes será o responsável por qualquer violaçao do cessar fogo" disse o primeiro ministro de Israel, Ehud Olmert, como se já soubesse que a trégua nao vai durar.
E isso, é claro, dá a Israel mais uma desculpa para atacar infraestrutura civil libanesa.
Muito mais preocupante, no entanto, sao os termos vagos da resoluçao do conselho de segurança da ONU sobre a força internacional que deveria ocupar o sul do Líbano.
Se Israel e Hezbollah comecem novamente a guerra no sul durante as próximas semana, que país se atreverá mandar suas tropas à essa selva que o sul do Líbano se transformará?
É trágico - e fatal para os involvidos - que a verdadeira guerra no Líbano começa hoje.
quinta-feira, 20 de julho de 2006
Um massacre sem precedentes!
Parece inacreditável que só agora escutemos vozes representativas na comunidade política internacional falando sobre crimes contra a humanidade nas ações inacreditavelmente brutais do governo israelense no Líbano.
A expressão "efeito colateral" usada por porta vozes israelense se referindo a morte de civís nos bombardeios ao Líbano já estava começando a me causar náuseas.
Autoridades libanesas já calculam um número de 500 mil refugiados internos no país, ou seja, ainda que fosse declarado hj um cessar fogo, 1/6 da população do Líbano não teria para onde voltar. 500 mil pessoas que perderam tudo por causa dos bombardeios israelenses.
As imagens de crianças mortas e alejadas pelas forças israelenses estampam os jornais e televisoes do mundo todo. Crianças, mulheres, velhos e homens de bem são os que estão morrendo. Suas casas que estão sendo destruidas. Ou vc já viu até agora alguma foto ou imagem de algum guerrilheiro morto ou base militar do Hezbollah destruída.
"Efeito colateral" é o que dizem os políticos e militares israelenses. "Um mal necessário para se chegar aos terroristas".
Até quando Israel estará impune a essas barbaridades?! Até quando teremos que ver gente morta e humilhada no Líbano e Palestina para que a justiça chegue até a Terra Santa e Israel seja levado à côrte de crimes internacionais e julgada como outros países e líderes já foram?!
Israel sempre se gaba da precisão cirurgica de seus ataques e da tecnologia do seu exercito. Então como pode haver tanto "efeito colateral"? Será mesmo "efeito colateral" ou estamos falando mesmo de pura e simples barbaridade?
Por que Israel bombardeou e destruiu a Liban Lait, maior fábrica de leite do Líbano?
Por que Israel bombardeou o comboio de ambulâncias que estava a caminho de Beirute, doadas pelo governo dos Emirados Arabes?
Por que Israel bombardeou e destruiu a sede e depósito da empresa representante importadora de medicamentos da P&G?
Por que Israel bombardeou e destruiu um caminhão carregado de comida e medicamentos?
Por que Israel bombardeou e destruiu um estacionamento em Achrafie, principal bairro cristão de Beirute?
Por que Israel bombardeou e destruiu o comboio de carros que levavam várias famílias que fugiam do sul do Líbano, seguindo as instruções das forças israelense para que o fizessem? Vinte pessoas morreram, sendo que uma delas era a menina da foto acima.
Eram todos "alvos terroristas"?!
Parece inacreditável que só agora escutemos vozes representativas na comunidade política internacional falando sobre crimes contra a humanidade nas ações inacreditavelmente brutais do governo israelense no Líbano.
A expressão "efeito colateral" usada por porta vozes israelense se referindo a morte de civís nos bombardeios ao Líbano já estava começando a me causar náuseas.
Autoridades libanesas já calculam um número de 500 mil refugiados internos no país, ou seja, ainda que fosse declarado hj um cessar fogo, 1/6 da população do Líbano não teria para onde voltar. 500 mil pessoas que perderam tudo por causa dos bombardeios israelenses.
As imagens de crianças mortas e alejadas pelas forças israelenses estampam os jornais e televisoes do mundo todo. Crianças, mulheres, velhos e homens de bem são os que estão morrendo. Suas casas que estão sendo destruidas. Ou vc já viu até agora alguma foto ou imagem de algum guerrilheiro morto ou base militar do Hezbollah destruída.
"Efeito colateral" é o que dizem os políticos e militares israelenses. "Um mal necessário para se chegar aos terroristas".
Até quando Israel estará impune a essas barbaridades?! Até quando teremos que ver gente morta e humilhada no Líbano e Palestina para que a justiça chegue até a Terra Santa e Israel seja levado à côrte de crimes internacionais e julgada como outros países e líderes já foram?!
Israel sempre se gaba da precisão cirurgica de seus ataques e da tecnologia do seu exercito. Então como pode haver tanto "efeito colateral"? Será mesmo "efeito colateral" ou estamos falando mesmo de pura e simples barbaridade?
Por que Israel bombardeou e destruiu a Liban Lait, maior fábrica de leite do Líbano?
Por que Israel bombardeou o comboio de ambulâncias que estava a caminho de Beirute, doadas pelo governo dos Emirados Arabes?
Por que Israel bombardeou e destruiu a sede e depósito da empresa representante importadora de medicamentos da P&G?
Por que Israel bombardeou e destruiu um caminhão carregado de comida e medicamentos?
Por que Israel bombardeou e destruiu um estacionamento em Achrafie, principal bairro cristão de Beirute?
Por que Israel bombardeou e destruiu o comboio de carros que levavam várias famílias que fugiam do sul do Líbano, seguindo as instruções das forças israelense para que o fizessem? Vinte pessoas morreram, sendo que uma delas era a menina da foto acima.
Eram todos "alvos terroristas"?!
sábado, 15 de julho de 2006
Prepare-se para o pior
Como eu disse no post anterior, a situação é tão incerta e imprevisível que literalmente qualquer coisa pode acontecer. Desde um cessar fogo até uma declaração de guerra contra a Síria.
E nesse post quero analisar a segunda possibilidade, a de uma invasão massiça do exército israelense no Líbano e uma guerra aberta contra a Síria.
A Stratfor Intelligence, uma das principais consultorias internacionais especializadas em análises de conflitos para grandes empresas e investidores internacionais, acaba de soltar seu relatório sobre o conflito e seus prognósticos são os piores possíveis.
A Stratfor prevê - para os próximos dias - uma invasão israelense pela costa, que poderia ir até o sul de Beirute, e pelo Bekaa dominando a fronteira com a Síria. Simultaneamente a isso, ataques aéreos simultâneos já ao território sírio, destruindo as atilharias anti-aéreas do rival ao longo da fronteira com o Líbano e com Israel.
Ambas ofensivas seriam fortes e sangrentas, com danos colaterais enormes para ambos os lados. Na ofensiva pelo solo, o exercito israelense enfrentaria diversos campos minados e há evidencias de que o Hezbollah possui armamento anti tanque de tecnologia russa. E a Síria têm, até onde se sabe, pelo menos 80 caças MiG-29 e 10 Su-27, entre outras aeronaves. Por mais que a força do exército israelense seja infinitamente superior ao dos adversários, não seria nem de perto uma batalha fácil.
E o que mais preocupa nessa possibilidade é o nível que poderia alcançar o número de vítimas civís durante a batalha. Poderíamos estar prestes a ver um enorme êxodo da população libanesa para países visinhos e um país prestes a estar em ruínas.
Vale lembrar que isso são análises feitas por alguns dos mais conceituados especialistas em táticas militares do planeta, que conhecem aquela região como as palmas de suas mãos. Mas não deixam de ser previsões e especulações, ou seja, nada disso é certo. Mas como é sempre bom estar preparado para o pior, fica aqui esse relatório, seguido de muita fé e torcida para que ele esteja rotundamente errado.
Como eu disse no post anterior, a situação é tão incerta e imprevisível que literalmente qualquer coisa pode acontecer. Desde um cessar fogo até uma declaração de guerra contra a Síria.
E nesse post quero analisar a segunda possibilidade, a de uma invasão massiça do exército israelense no Líbano e uma guerra aberta contra a Síria.
A Stratfor Intelligence, uma das principais consultorias internacionais especializadas em análises de conflitos para grandes empresas e investidores internacionais, acaba de soltar seu relatório sobre o conflito e seus prognósticos são os piores possíveis.
A Stratfor prevê - para os próximos dias - uma invasão israelense pela costa, que poderia ir até o sul de Beirute, e pelo Bekaa dominando a fronteira com a Síria. Simultaneamente a isso, ataques aéreos simultâneos já ao território sírio, destruindo as atilharias anti-aéreas do rival ao longo da fronteira com o Líbano e com Israel.
Ambas ofensivas seriam fortes e sangrentas, com danos colaterais enormes para ambos os lados. Na ofensiva pelo solo, o exercito israelense enfrentaria diversos campos minados e há evidencias de que o Hezbollah possui armamento anti tanque de tecnologia russa. E a Síria têm, até onde se sabe, pelo menos 80 caças MiG-29 e 10 Su-27, entre outras aeronaves. Por mais que a força do exército israelense seja infinitamente superior ao dos adversários, não seria nem de perto uma batalha fácil.
E o que mais preocupa nessa possibilidade é o nível que poderia alcançar o número de vítimas civís durante a batalha. Poderíamos estar prestes a ver um enorme êxodo da população libanesa para países visinhos e um país prestes a estar em ruínas.
Vale lembrar que isso são análises feitas por alguns dos mais conceituados especialistas em táticas militares do planeta, que conhecem aquela região como as palmas de suas mãos. Mas não deixam de ser previsões e especulações, ou seja, nada disso é certo. Mas como é sempre bom estar preparado para o pior, fica aqui esse relatório, seguido de muita fé e torcida para que ele esteja rotundamente errado.
Covardia, infâmia e crimes contra a humanidade
Nas últimas 48 horas estamos presenciando uma lição de covardia dado pelo governo do senhor Ehud Olmert, que de forma suja e brutal manda seu exército com força total para transformar o Líbano em um inferno.
Incapaz de encontrar as bases e esconderijos do Hezbollah, a tática israelense é afundar o Líbano no caos e, quem sabe, causar uma guerra civil de proporções ainda mais trágicas do que a das décadas de 70 e 80.
Ataques à infraestrutura do país, prédios e casas de civis, bairros residenciais e densamente populados, regiões cristãs que são inclusive os maiores opositores da milícia xiita que foi responsável pela nova onda de violência. A discrepância entre os alvos dos ataques e o discurso e justificativa dados pelo governo israelense é tremenda. Por um lado dizem que estão mirando e atacando células e depósitos, mas o que se vê na realidade são ataques randômicos e brutais, que em comum tem o fato de serem pontos vitais da ordem e sobrevivencia do país.
E Israel agora culpa o governo libanês, como se fossem os políticos de Beirute os que sequestraram os soldados ou os que estão puxando o gatilho e apertando os botões de lançamento dos mísseis que partem a cada minuto dos navios e aviões israelenses. O pobre e frágil governo libanês, que sabendo que não podia lutar contra o Hezbollah até tentou uma alternativa consciente e racional dando espaço e representação política ao grupo armado, acreditando que assim iriam aos poucos ceder suas armas e os conflitos pela diplomacia. E isso estava acontecendo, coisa que não agradou muito os interesses de outros peixes grandes na região, que se aproveitam da fragilidade do cenário político e social libanês para atingir seus interesses.
E quem sofre com isso tudo é o Líbano e seu povo, mais uma vez no centro de uma batalha sangrenta, sem ter o que fazer senão rezar.
Porém com essa tática de medo, covardia e humilhação na busca de uma nova guerra civil libanesa e fragmentação ainda maior da sua população, o uso desnecessário de força de israel pode estar conseguindo uma coisa que nos últimos 200 anos foi praticamente impossível, ou seja, unir o povo libanês. Pq o que começa a se notar é que, mesmo com a grande maioria da população tendo repudiado a operação do Hezbollah, os ataques estão sendo tão fortes que estão criando um senso de união contra um inimigo comum. O ataque bem sucedido a um navio de guerra israelense foi comemorado como um gol de Copa do Mundo em Beirute.
Fora isso, as imagens não escondem a brutalidade dos ataques e a comunidade internacional está praticamente toda condenando o governo israelense.
Mas ainda é muito cedo para tirar qualquer conclusão ou fazer qualquer prognóstico, até pq eu tenho que assumir que é difícil ainda manter a minha cabeça no lugar e pensar de forma fria e analisar a situação com as visões acadêmica e prática necessárias, que adquiri em 2 anos vivendo e estudando ciências políticas no Oriente Médio. È tão possível uma guerra em larga escala involvendo inclusive a Síria, quanto um cessar fogo de Israel a qualquer momento. Isso pq, ao mesmo tempo que Israel pode achar que já demonstrou - mais uma vez - a sua força e deu o seu recado, pode ser tbm que ache que a hora é essa de resolver de uma vez por todas suas diferenças com os inimigos vizinhos.
Então a nós agora só nos resta observar e rezar, pq o futuro desse lindo e apaixonante país e povo estão mais uma vez na corda bamba.
Nas últimas 48 horas estamos presenciando uma lição de covardia dado pelo governo do senhor Ehud Olmert, que de forma suja e brutal manda seu exército com força total para transformar o Líbano em um inferno.
Incapaz de encontrar as bases e esconderijos do Hezbollah, a tática israelense é afundar o Líbano no caos e, quem sabe, causar uma guerra civil de proporções ainda mais trágicas do que a das décadas de 70 e 80.
Ataques à infraestrutura do país, prédios e casas de civis, bairros residenciais e densamente populados, regiões cristãs que são inclusive os maiores opositores da milícia xiita que foi responsável pela nova onda de violência. A discrepância entre os alvos dos ataques e o discurso e justificativa dados pelo governo israelense é tremenda. Por um lado dizem que estão mirando e atacando células e depósitos, mas o que se vê na realidade são ataques randômicos e brutais, que em comum tem o fato de serem pontos vitais da ordem e sobrevivencia do país.
E Israel agora culpa o governo libanês, como se fossem os políticos de Beirute os que sequestraram os soldados ou os que estão puxando o gatilho e apertando os botões de lançamento dos mísseis que partem a cada minuto dos navios e aviões israelenses. O pobre e frágil governo libanês, que sabendo que não podia lutar contra o Hezbollah até tentou uma alternativa consciente e racional dando espaço e representação política ao grupo armado, acreditando que assim iriam aos poucos ceder suas armas e os conflitos pela diplomacia. E isso estava acontecendo, coisa que não agradou muito os interesses de outros peixes grandes na região, que se aproveitam da fragilidade do cenário político e social libanês para atingir seus interesses.
E quem sofre com isso tudo é o Líbano e seu povo, mais uma vez no centro de uma batalha sangrenta, sem ter o que fazer senão rezar.
Porém com essa tática de medo, covardia e humilhação na busca de uma nova guerra civil libanesa e fragmentação ainda maior da sua população, o uso desnecessário de força de israel pode estar conseguindo uma coisa que nos últimos 200 anos foi praticamente impossível, ou seja, unir o povo libanês. Pq o que começa a se notar é que, mesmo com a grande maioria da população tendo repudiado a operação do Hezbollah, os ataques estão sendo tão fortes que estão criando um senso de união contra um inimigo comum. O ataque bem sucedido a um navio de guerra israelense foi comemorado como um gol de Copa do Mundo em Beirute.
Fora isso, as imagens não escondem a brutalidade dos ataques e a comunidade internacional está praticamente toda condenando o governo israelense.
Mas ainda é muito cedo para tirar qualquer conclusão ou fazer qualquer prognóstico, até pq eu tenho que assumir que é difícil ainda manter a minha cabeça no lugar e pensar de forma fria e analisar a situação com as visões acadêmica e prática necessárias, que adquiri em 2 anos vivendo e estudando ciências políticas no Oriente Médio. È tão possível uma guerra em larga escala involvendo inclusive a Síria, quanto um cessar fogo de Israel a qualquer momento. Isso pq, ao mesmo tempo que Israel pode achar que já demonstrou - mais uma vez - a sua força e deu o seu recado, pode ser tbm que ache que a hora é essa de resolver de uma vez por todas suas diferenças com os inimigos vizinhos.
Então a nós agora só nos resta observar e rezar, pq o futuro desse lindo e apaixonante país e povo estão mais uma vez na corda bamba.
quinta-feira, 13 de julho de 2006
Revolta, tristeza, irresponsabilidade e reflexões...
Taí... aconteceu o que todo mundo tinha certeza que iria acontecer mas tentava se convencer do contrário, tamanho o medo da volta aos tempos de guerra.
No Líbano existia essa espécie de mantra que era repetido dia após dia pelos libaneses como se estivessem tentando se convercer de que realmente estaria tudo bem, tudo perfeito, de que o país estaria estável e que os tempos de conflitos eram definitivamente coisa do passado. Mas no fundo, todos sabiam que não era bem assim.
Por isso não me surpreende tudo isso que está acontecendo desde ontem, essa reação em cadeia iniciada pelo oportunismo irresponsavel do Hezbollah, que provou não ser um movimento de resistencia nacionalista e sim uma milícia islamista a serviço de ditaduras e governos que pouco se importam com o futuro do Líbano e a segurança de seu povo.
É amigos, dessa vez não dá pra culpar apenas Israel. Dessa vez há tbm outros culpados. Dessa vez não há heróis, só vilões. O Hezbollah sabia muito bem o que seguiria o sequestro dos soldados israelenses. Por mais que o ódio e o rancor existissem, era inegável que a situação na fronteira estava há muito tempo estável.
Estável até ontem, já que o Hezbollah e o governo sírio se aproveitaram da situação para começar uma nova guerra. Se aproveitaram do momento já que Gaza está sendo atacada, que é crescente a reprovação da opinião pública internacional contra o embargo às ajudas humanitárias à Palestina, assim como à escalada da violência do exército israelense. Se aproveitaram disso para invadir, com aprovação e apoio de sírio, a Linha Azul - fronteira provisória entre Líbano e Síria que está sob a tutela da ONU - e matar três soldados israelenses e sequestrar outros dois, sob o pretexto de estar exigindo a libertação de prisioneiros árabes que estão sob a custódia de Israel.
Que outra saída tinha Israel senão a de atacar o Líbano? Sinceramente se poderia esperar outra reação de Israel senão esta? Até pq, afinal de contas, mesmo sabendo que o governo libanês não tem controle da milícia, estamos lidando com países que se dizem soberanos e que deveriam manter a ordem e controle sob seus territórios.
E quem sofre com os efeitos colaterais dessa briga de poderes entre Israel, Hezbollah e Síria?!
O Hezbollah não é, pq a milícia não possue bases fixas e suas celulas estão espalhadas por praticamente todo o território libanês, sendo praticamente impossível de serem encontradas, quanto menos destruidas. Meu ex-professor e ex-chefe das forças da ONU no sul do Líbano, Timur Goksel, garantiu hj ao vivo na BBC que nenhuma base militar ou de inteligencia do Hezbollah foi atingida pelos bombardeios.
A Síria tbm não é, pq ela está longe de todo o conflito e, mesmo sem ter mais suas tropas em território libanês, continua comandando a festa lá daquela que há muito tempo é a verdadeira capital do Líbano, Damasco. Pra onde vcs acham que os enviados e negociadores da ONU e UE vão na tentativa de conseguir um acordo com o Hezbollah?
Plano muito engenhoso, pq obriga Israel a atacar e mandar suas tropas no território libanês, o que significa mais perdas para o exercito israelense. Hj de manhã o primeiro tanque Merkava que cruzou a fronteira deu de cara com uma fortíssima mina do Hezbollah, causando a perda do veículo e a morte de mais três soldados.
Israel perderá soldados, mas isso é um preço que se paga quando se vai ao campo de batalha. E campo de batalha Israel conhece muito bem. Mas o que o povo libanês tem a ver com isso? É ele quem vai sofrer de verdade com tudo isso, estando na linha de fogo dessa disputa covarde por não sei o que! Sofrem aqueles que estavam recomeçando sua vida, reconstruindo o país, apostando num futuro melhor e lutando com unhas e dentes para garantir o pão de cada dia.
Mesmo que se chegue a um improvável acordo nas próximas horas, mesmo com as dezenas de especulações e teorias que podemos levantar agora, uma coisa é certa: o Líbano acaba de sofrer um golpe irreparável na sua estabilidade, na sua imagem e economia que estavam começando a superar a desconfiança.
Isso é fato e é irrecuperável!
Mas agora não é hora de pensar em turistas, investimentos ou até mesmo em esperanças. Agora estamos falando de vidas. Cinquenta e cinco já morreram em apenas um dia. Quantos mais precisarão morrer nesse jogo doentio?! Quantos mais?!
Taí... aconteceu o que todo mundo tinha certeza que iria acontecer mas tentava se convencer do contrário, tamanho o medo da volta aos tempos de guerra.
No Líbano existia essa espécie de mantra que era repetido dia após dia pelos libaneses como se estivessem tentando se convercer de que realmente estaria tudo bem, tudo perfeito, de que o país estaria estável e que os tempos de conflitos eram definitivamente coisa do passado. Mas no fundo, todos sabiam que não era bem assim.
Por isso não me surpreende tudo isso que está acontecendo desde ontem, essa reação em cadeia iniciada pelo oportunismo irresponsavel do Hezbollah, que provou não ser um movimento de resistencia nacionalista e sim uma milícia islamista a serviço de ditaduras e governos que pouco se importam com o futuro do Líbano e a segurança de seu povo.
É amigos, dessa vez não dá pra culpar apenas Israel. Dessa vez há tbm outros culpados. Dessa vez não há heróis, só vilões. O Hezbollah sabia muito bem o que seguiria o sequestro dos soldados israelenses. Por mais que o ódio e o rancor existissem, era inegável que a situação na fronteira estava há muito tempo estável.
Estável até ontem, já que o Hezbollah e o governo sírio se aproveitaram da situação para começar uma nova guerra. Se aproveitaram do momento já que Gaza está sendo atacada, que é crescente a reprovação da opinião pública internacional contra o embargo às ajudas humanitárias à Palestina, assim como à escalada da violência do exército israelense. Se aproveitaram disso para invadir, com aprovação e apoio de sírio, a Linha Azul - fronteira provisória entre Líbano e Síria que está sob a tutela da ONU - e matar três soldados israelenses e sequestrar outros dois, sob o pretexto de estar exigindo a libertação de prisioneiros árabes que estão sob a custódia de Israel.
Que outra saída tinha Israel senão a de atacar o Líbano? Sinceramente se poderia esperar outra reação de Israel senão esta? Até pq, afinal de contas, mesmo sabendo que o governo libanês não tem controle da milícia, estamos lidando com países que se dizem soberanos e que deveriam manter a ordem e controle sob seus territórios.
E quem sofre com os efeitos colaterais dessa briga de poderes entre Israel, Hezbollah e Síria?!
O Hezbollah não é, pq a milícia não possue bases fixas e suas celulas estão espalhadas por praticamente todo o território libanês, sendo praticamente impossível de serem encontradas, quanto menos destruidas. Meu ex-professor e ex-chefe das forças da ONU no sul do Líbano, Timur Goksel, garantiu hj ao vivo na BBC que nenhuma base militar ou de inteligencia do Hezbollah foi atingida pelos bombardeios.
A Síria tbm não é, pq ela está longe de todo o conflito e, mesmo sem ter mais suas tropas em território libanês, continua comandando a festa lá daquela que há muito tempo é a verdadeira capital do Líbano, Damasco. Pra onde vcs acham que os enviados e negociadores da ONU e UE vão na tentativa de conseguir um acordo com o Hezbollah?
Plano muito engenhoso, pq obriga Israel a atacar e mandar suas tropas no território libanês, o que significa mais perdas para o exercito israelense. Hj de manhã o primeiro tanque Merkava que cruzou a fronteira deu de cara com uma fortíssima mina do Hezbollah, causando a perda do veículo e a morte de mais três soldados.
Israel perderá soldados, mas isso é um preço que se paga quando se vai ao campo de batalha. E campo de batalha Israel conhece muito bem. Mas o que o povo libanês tem a ver com isso? É ele quem vai sofrer de verdade com tudo isso, estando na linha de fogo dessa disputa covarde por não sei o que! Sofrem aqueles que estavam recomeçando sua vida, reconstruindo o país, apostando num futuro melhor e lutando com unhas e dentes para garantir o pão de cada dia.
Mesmo que se chegue a um improvável acordo nas próximas horas, mesmo com as dezenas de especulações e teorias que podemos levantar agora, uma coisa é certa: o Líbano acaba de sofrer um golpe irreparável na sua estabilidade, na sua imagem e economia que estavam começando a superar a desconfiança.
Isso é fato e é irrecuperável!
Mas agora não é hora de pensar em turistas, investimentos ou até mesmo em esperanças. Agora estamos falando de vidas. Cinquenta e cinco já morreram em apenas um dia. Quantos mais precisarão morrer nesse jogo doentio?! Quantos mais?!
segunda-feira, 5 de junho de 2006
É o Líbano em contagem regressiva para a Copa
Escrevi hoje um artigo para o excelente Futebol Europeu, do meu camarada Leonardo Bertozzi, sobre a intensa paixão dos libaneses pelo futebol e como o esporte bretão age como fator de união desse país tão sofrido com as diferenças e separações étnicas e religiosas.
Aqui o link... Leia a coluna e aproveite para conhecer o site, que é disparado o melhor do Brasil sobre futebol europeu.
E que venha o mundial!!!
Escrevi hoje um artigo para o excelente Futebol Europeu, do meu camarada Leonardo Bertozzi, sobre a intensa paixão dos libaneses pelo futebol e como o esporte bretão age como fator de união desse país tão sofrido com as diferenças e separações étnicas e religiosas.
Aqui o link... Leia a coluna e aproveite para conhecer o site, que é disparado o melhor do Brasil sobre futebol europeu.
E que venha o mundial!!!
sábado, 27 de maio de 2006
Cobrança de gente grande!
O Phoenix Suns perdeu na noite de ontem o segundo jogo das finais da divisao do oeste, deixando o Dallas Mavericks empatar a série melhor de 7 em 1 a 1.
E o protagonista das manchetes de hoje mais uma vez foi o ala-armador brasileiro Leandrinho, mas dessa vez sob severas críticas e apontado como um dos maiores culpados da derrota do Suns.
Mas eu sinceramente vejo essas críticas de uma forma mais do que positiva. Vejo como uma afirmaçao de que Leandrinho já é um jogador da elite do basquetebol americano.
As críticas vêm porque já se espera de Leandrinho que ele seja um fator diferencial para a sua equipe. Só quem joga como craque recebe esse tipo de críticas. Nas temporadas passadas, Leandrinho cansou de fazer atuaçoes irregulares como a de ontem e a crítica nunca falava nada, exatamente pq nao se esperava nada dele. Agora que ele já mostrou do que é capaz, será cobrado como gente grande!
Chegou a hora de Leandrinho encarar uma nova etapa da sua carreira. A etapa das cobranças e pressoes que todo jogador de elite recebe. E a resposta para isso é muito fácil. É só continuar mostrando em quadra o mesmo talento e habilidade que o levaram à esse patamar de destaque no principal campeonato de basquete do mundo!
O Phoenix Suns perdeu na noite de ontem o segundo jogo das finais da divisao do oeste, deixando o Dallas Mavericks empatar a série melhor de 7 em 1 a 1.
E o protagonista das manchetes de hoje mais uma vez foi o ala-armador brasileiro Leandrinho, mas dessa vez sob severas críticas e apontado como um dos maiores culpados da derrota do Suns.
Mas eu sinceramente vejo essas críticas de uma forma mais do que positiva. Vejo como uma afirmaçao de que Leandrinho já é um jogador da elite do basquetebol americano.
As críticas vêm porque já se espera de Leandrinho que ele seja um fator diferencial para a sua equipe. Só quem joga como craque recebe esse tipo de críticas. Nas temporadas passadas, Leandrinho cansou de fazer atuaçoes irregulares como a de ontem e a crítica nunca falava nada, exatamente pq nao se esperava nada dele. Agora que ele já mostrou do que é capaz, será cobrado como gente grande!
Chegou a hora de Leandrinho encarar uma nova etapa da sua carreira. A etapa das cobranças e pressoes que todo jogador de elite recebe. E a resposta para isso é muito fácil. É só continuar mostrando em quadra o mesmo talento e habilidade que o levaram à esse patamar de destaque no principal campeonato de basquete do mundo!
15 anos depois...
Ele está de volta!
Você pode amá-lo ou odiá-lo... Mas nunca estará indiferente à George Michael!
É assim esse cantor britânico, filho de pai chipriota e mae inglesa, que completa esse ano 25 anos de uma das carreiras mais bem sucedidas da história da música pop mundial.
E para comemorar esses 25 anos, George Michael resolveu sair em turnê, coisa que nao fazia há exatos 15 anos, desde 1991.
Nao é surpresa que os ingressos para os 15 shows que fará na Inglaterra se esgotaram em um piscar de olhos... e olha que só serao em novembro.
Eu garanti minhas entradas para a abertura da turnê, que acontecerá nada mais nada menos que em Madri.
Eu particularmente sou fan de George Michael, pra mim um dos maiores cantores, compositores e intérpretes de todos os tempos. Nao é a toa que, durante esses 25 anos de carreira, tenha vendido 85 milhoes de discos, emplacado 11 singles e 7 albuns no primeiro lugar das paradas inglesas e seis singles no topo da parada americana. Recentemente George Michael foi premiado como o artista mais tocado nas rádios britânicas nos últimos 20 anos.
Mas ainda assim, infelizmente, eu acredito que ele nao tenha nem 1/3 dos fans que deveria ter pela qualidade de sua música. O motivo?! Sua figura polêmica, que na sociedade puritana e homofóbica que vivemos, sofre enorme preconceito!
E nao só o cantor sofre com a intolerância. Os fãs também! Ser hetero e ao mesmo tempo fã de George Michael é praticamente transgressão na sociedade em que vivemos. "É coisa de viado!" é o que mais se escuta quando vc fala que gosta de George Michael.
Eu pergunto: o que a sexualidade de alguém tem a ver com seu gosto musical?!
Eu garanto que 90% dos críticos de George Michael (e de seus fãs) nao conhecem uma música além de "Freedom", exatamente pelo preconceito e homofobia... E nao sabem o que estão perdendo!
Por isso eu resolvi colocar abaixo uma playlist com algumas das minhas músicas favoritas, no caso de você querer ultrapassar essa enorme barreira que o mundo coloca entre você e esse talentosíssimo cantor. Se vc gosta de música pop, não encontrará nada melhor!
Aí vão:
Too Funky
Look At Your Hands
Fast Love
Outside
Amazing
Faith
Cars and Trains
Heal The Pain
Hard Day
Precious Box
Pronto... acho que essas sao um bom começo! Portanto eu sugiro que vc abra sua mente, afaste o sofá da sala e prepare-se para a festa... Porque o único pré-requisito que vc precisa para gostar de George Michael é gostar de dançar!
Ele está de volta!
Você pode amá-lo ou odiá-lo... Mas nunca estará indiferente à George Michael!
É assim esse cantor britânico, filho de pai chipriota e mae inglesa, que completa esse ano 25 anos de uma das carreiras mais bem sucedidas da história da música pop mundial.
E para comemorar esses 25 anos, George Michael resolveu sair em turnê, coisa que nao fazia há exatos 15 anos, desde 1991.
Nao é surpresa que os ingressos para os 15 shows que fará na Inglaterra se esgotaram em um piscar de olhos... e olha que só serao em novembro.
Eu garanti minhas entradas para a abertura da turnê, que acontecerá nada mais nada menos que em Madri.
Eu particularmente sou fan de George Michael, pra mim um dos maiores cantores, compositores e intérpretes de todos os tempos. Nao é a toa que, durante esses 25 anos de carreira, tenha vendido 85 milhoes de discos, emplacado 11 singles e 7 albuns no primeiro lugar das paradas inglesas e seis singles no topo da parada americana. Recentemente George Michael foi premiado como o artista mais tocado nas rádios britânicas nos últimos 20 anos.
Mas ainda assim, infelizmente, eu acredito que ele nao tenha nem 1/3 dos fans que deveria ter pela qualidade de sua música. O motivo?! Sua figura polêmica, que na sociedade puritana e homofóbica que vivemos, sofre enorme preconceito!
E nao só o cantor sofre com a intolerância. Os fãs também! Ser hetero e ao mesmo tempo fã de George Michael é praticamente transgressão na sociedade em que vivemos. "É coisa de viado!" é o que mais se escuta quando vc fala que gosta de George Michael.
Eu pergunto: o que a sexualidade de alguém tem a ver com seu gosto musical?!
Eu garanto que 90% dos críticos de George Michael (e de seus fãs) nao conhecem uma música além de "Freedom", exatamente pelo preconceito e homofobia... E nao sabem o que estão perdendo!
Por isso eu resolvi colocar abaixo uma playlist com algumas das minhas músicas favoritas, no caso de você querer ultrapassar essa enorme barreira que o mundo coloca entre você e esse talentosíssimo cantor. Se vc gosta de música pop, não encontrará nada melhor!
Aí vão:
Too Funky
Look At Your Hands
Fast Love
Outside
Amazing
Faith
Cars and Trains
Heal The Pain
Hard Day
Precious Box
Pronto... acho que essas sao um bom começo! Portanto eu sugiro que vc abra sua mente, afaste o sofá da sala e prepare-se para a festa... Porque o único pré-requisito que vc precisa para gostar de George Michael é gostar de dançar!
segunda-feira, 15 de maio de 2006
Don't worry...
Don't wish it away... Don't look at it like it's forever!
Between you and me, I could honestly say that things can only get better!
And while I'm away... Dust out the demons inside!
And it won't be long before you and me run to the place in our hearts... Where we hide!
And I guess that's why they call it the blues!
Time on my hands could be time spent with you, laughing like children...
Living like lovers...
Rolling like thunder... under the covers!
And I guess that's why they call it the blues...
Just stare into space...
Picture my face in your hands...
Live for each second, without hesitation, and never forget I'm your man!
Wait on me girl... cry at night if it helps...
But more than ever: I simply love you more than I love life itself!
I simply love you more than I love life itself!!!
Don't wish it away... Don't look at it like it's forever!
Between you and me, I could honestly say that things can only get better!
And while I'm away... Dust out the demons inside!
And it won't be long before you and me run to the place in our hearts... Where we hide!
And I guess that's why they call it the blues!
Time on my hands could be time spent with you, laughing like children...
Living like lovers...
Rolling like thunder... under the covers!
And I guess that's why they call it the blues...
Just stare into space...
Picture my face in your hands...
Live for each second, without hesitation, and never forget I'm your man!
Wait on me girl... cry at night if it helps...
But more than ever: I simply love you more than I love life itself!
I simply love you more than I love life itself!!!
sexta-feira, 12 de maio de 2006
The Economist: Um Brasil diminuido e um Lula coadjuvante no quintal de sua própria casa.
Matéria duríssima na The Economist dessa semana contra Lula e como sua falta de pulso e atitude transformou Hugo Chaves no homem que dá as cartas na América Latina.
A revista chama "frouxa" a reaçao de Lula à nacionalizaçao dos recursos naturais bolivianos e às presepadas e teatros populistas do presidente venezuelano.
Finalmente críticas duras começam a surgir contra Lula desde o exterior, pq até entao muita gente de fora pensava que o governo do PT ia a mil maravilhas.
E enquanto isso Morales continua seu show de declaraçoes infames e oportunistas contra o Brasil, discutindo inclusive a legalidade do acordo que fez do Acre estado brasileiro. Aqui uma opiniao bacana e a história da anexaçao do Acre.
Concordo que a princípio a reaçao de Lula e do governo brasileiro de encarar o problema com prudencia e sem muita agressividade foi o mais correto e responsável, principalmente com a retórica de buscar a uniao e nao divisao dos países sul americanos. Nao seria do feitio e perfil brasileiro mandar as tropas pra fronteira, fazer pressao militar ou começar a prender imigrantes bolivianos ilegais.
Mas por outro lado, após as últimas declaraçoes, Morales encarou essa "prudencia" como fraqueza e com as humilhaçoes internacionais ao Brasil pode estar comprando uma briga que a Bolívia nao pode ganhar!
Bolívia nao é a Venezuela e nao tem petróleo suficiente pra ter essa moral. E Lula nao é burro pra nao fazer nada diante de tamanha humilhaçao em ano de eleiçao, pricipalmente com a opiniao pública indo pelo ralo.
Basta agora esperar e ver até quando durará esse show, até pq chegará um momento que até o governo do PT vai cansar de comer sapos nas três refeiçoes do dia.
Matéria duríssima na The Economist dessa semana contra Lula e como sua falta de pulso e atitude transformou Hugo Chaves no homem que dá as cartas na América Latina.
A revista chama "frouxa" a reaçao de Lula à nacionalizaçao dos recursos naturais bolivianos e às presepadas e teatros populistas do presidente venezuelano.
Finalmente críticas duras começam a surgir contra Lula desde o exterior, pq até entao muita gente de fora pensava que o governo do PT ia a mil maravilhas.
E enquanto isso Morales continua seu show de declaraçoes infames e oportunistas contra o Brasil, discutindo inclusive a legalidade do acordo que fez do Acre estado brasileiro. Aqui uma opiniao bacana e a história da anexaçao do Acre.
Concordo que a princípio a reaçao de Lula e do governo brasileiro de encarar o problema com prudencia e sem muita agressividade foi o mais correto e responsável, principalmente com a retórica de buscar a uniao e nao divisao dos países sul americanos. Nao seria do feitio e perfil brasileiro mandar as tropas pra fronteira, fazer pressao militar ou começar a prender imigrantes bolivianos ilegais.
Mas por outro lado, após as últimas declaraçoes, Morales encarou essa "prudencia" como fraqueza e com as humilhaçoes internacionais ao Brasil pode estar comprando uma briga que a Bolívia nao pode ganhar!
Bolívia nao é a Venezuela e nao tem petróleo suficiente pra ter essa moral. E Lula nao é burro pra nao fazer nada diante de tamanha humilhaçao em ano de eleiçao, pricipalmente com a opiniao pública indo pelo ralo.
Basta agora esperar e ver até quando durará esse show, até pq chegará um momento que até o governo do PT vai cansar de comer sapos nas três refeiçoes do dia.
quinta-feira, 11 de maio de 2006
Entendendo e formando opiniao sobre a crise do gás boliviano
A página web do O Globo já tinha lançado há um tempinho uma sessao especial sobre petróleo, mas que só agora mostra seu verdadeiro valor informativo.
Principalmente nos blogs que mantém três especialistas na área de petróleo e recursos energéticos, se entende de forma clara e simples o que está acontecendo e quais serao as consequencias da nacionalizaçao do gás boliviano.
Uma das notícias que me chama mais a atençao vem do blog do professor da UFRJ, Adriano Pires, sobre o projeto de construçao do Gasoduto Transbolivariano.
O texto segue abaixo para que compartam comigo mais uma preocupaçao com presepadas e irresponsabilidades do nosso presidente da república.
O Gasoduto Transbolivariano
No encontro em Puerto Iguazu, para discutir a nacionalização da indústria do petróleo e gás natural na Bolívia, os presidentes do Brasil, Argentina, Venezuela e Bolívia insistiram, mais uma vez, na necessidade de construir o Gasoduto Transbolivariano. Com uma extensão de 10 mil quilômetros, o megagasoduto sairá da Venezuela e, atravessando a Amazônia, chegará em Manaus, onde se dividirá em dois trechos, um em direção à Região Nordeste e outro à Brasília, de onde seguirá para o Rio de Janeiro, e daí atingirá a Argentina, após cruzar o Uruguai,. Orçado em cerca de US$ 25 bilhões, o gasoduto escoará até 150 milhões de m³/dia de gás venezuelano quando estiver pronto, após nove anos de obras.
Como se não bastassem os riscos tecnológicos inerentes a um empreendimento de tal envergadura, a construção do gasoduto enfrenta outros quatro grandes riscos. O primeiro é ambiental. O projeto terá de obter licenças ambientais para todo o seu traçado, com especial dificuldade para a longa travessia pela Amazônia.
O segundo risco é de natureza econômica. No Brasil, obras de menor complexidade acabaram demorando mais que o previsto e com custos inflacionados. Além disso, o gasoduto adotará uma tarifa postal, com o custo de transporte rateado igualmente por todos os consumidores situados ao longo do seu trajeto. Na prática, isto significa que os consumidores brasileiros subsidiarão os argentinos localizados no final do gasoduto.
O terceiro risco é de ordem política. Os resultados da Petrobras na Argentina, Venezuela e, principalmente, Bolívia, demonstram claramente o risco de se investir em países governados por presidentes populistas que, em nome de um nacionalismo anacrônico, desrespeitam contratos, congelam preços e tarifas e nacionalizam indústrias.
Esses três fatores de risco conduzem ao quarto, que é o risco financeiro do projeto. Como seria financiada uma obra que custa U$ 25 bilhões? Qual banco toparia financiá-la, diante de tamanhos riscos tecnológicos, ambientais, econômicos e políticos?
O Presidente Lula parece ignorar a situação grave em que se encontra o mercado nacional de gás natural. Ao invés buscar soluções para aumentar a segurança da oferta interna de gás e diversificar as fontes de importação, prefere insistir em mais uma aventura. O que governo deve fazer é empenhar-se na aprovação de uma lei para o gás natural, que transmita segurança e atraia investidores que poderiam acelerar o crescimento da oferta interna de gás natural. Esta lei criaria condições para que empresas privadas, em parceria ou não com a Petrobras, diversificassem as fontes importação de gás natural através da construção no país de plantas de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL).
Este sim é um projeto com racionalidade econômica e para o qual vale a pena o governo envidar esforços na sua concretização.
A página web do O Globo já tinha lançado há um tempinho uma sessao especial sobre petróleo, mas que só agora mostra seu verdadeiro valor informativo.
Principalmente nos blogs que mantém três especialistas na área de petróleo e recursos energéticos, se entende de forma clara e simples o que está acontecendo e quais serao as consequencias da nacionalizaçao do gás boliviano.
Uma das notícias que me chama mais a atençao vem do blog do professor da UFRJ, Adriano Pires, sobre o projeto de construçao do Gasoduto Transbolivariano.
O texto segue abaixo para que compartam comigo mais uma preocupaçao com presepadas e irresponsabilidades do nosso presidente da república.
O Gasoduto Transbolivariano
No encontro em Puerto Iguazu, para discutir a nacionalização da indústria do petróleo e gás natural na Bolívia, os presidentes do Brasil, Argentina, Venezuela e Bolívia insistiram, mais uma vez, na necessidade de construir o Gasoduto Transbolivariano. Com uma extensão de 10 mil quilômetros, o megagasoduto sairá da Venezuela e, atravessando a Amazônia, chegará em Manaus, onde se dividirá em dois trechos, um em direção à Região Nordeste e outro à Brasília, de onde seguirá para o Rio de Janeiro, e daí atingirá a Argentina, após cruzar o Uruguai,. Orçado em cerca de US$ 25 bilhões, o gasoduto escoará até 150 milhões de m³/dia de gás venezuelano quando estiver pronto, após nove anos de obras.
Como se não bastassem os riscos tecnológicos inerentes a um empreendimento de tal envergadura, a construção do gasoduto enfrenta outros quatro grandes riscos. O primeiro é ambiental. O projeto terá de obter licenças ambientais para todo o seu traçado, com especial dificuldade para a longa travessia pela Amazônia.
O segundo risco é de natureza econômica. No Brasil, obras de menor complexidade acabaram demorando mais que o previsto e com custos inflacionados. Além disso, o gasoduto adotará uma tarifa postal, com o custo de transporte rateado igualmente por todos os consumidores situados ao longo do seu trajeto. Na prática, isto significa que os consumidores brasileiros subsidiarão os argentinos localizados no final do gasoduto.
O terceiro risco é de ordem política. Os resultados da Petrobras na Argentina, Venezuela e, principalmente, Bolívia, demonstram claramente o risco de se investir em países governados por presidentes populistas que, em nome de um nacionalismo anacrônico, desrespeitam contratos, congelam preços e tarifas e nacionalizam indústrias.
Esses três fatores de risco conduzem ao quarto, que é o risco financeiro do projeto. Como seria financiada uma obra que custa U$ 25 bilhões? Qual banco toparia financiá-la, diante de tamanhos riscos tecnológicos, ambientais, econômicos e políticos?
O Presidente Lula parece ignorar a situação grave em que se encontra o mercado nacional de gás natural. Ao invés buscar soluções para aumentar a segurança da oferta interna de gás e diversificar as fontes de importação, prefere insistir em mais uma aventura. O que governo deve fazer é empenhar-se na aprovação de uma lei para o gás natural, que transmita segurança e atraia investidores que poderiam acelerar o crescimento da oferta interna de gás natural. Esta lei criaria condições para que empresas privadas, em parceria ou não com a Petrobras, diversificassem as fontes importação de gás natural através da construção no país de plantas de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL).
Este sim é um projeto com racionalidade econômica e para o qual vale a pena o governo envidar esforços na sua concretização.
domingo, 7 de maio de 2006
BRAVO, LEANDRINHO... BRAVO!
Depois de muuuuito tempo, o basquetebol brasileiro tem finalmente um motivo do que se orgulhar!
Essa noite Leandrinho Barbosa, o ALA-armador paulista que em 2003 chegou calado e sem fazer alarde ao Phoenix Suns, assustando e surpreendendo muita gente que nunca tinha sequer ouvido falar desse moleque do interior de Sao Paulo.
E o status nao mudou muito. Leandrinho sempre foi "o outro brasileiro na NBA" equanto todas as atençoes do nosso país estavam voltadas à "nossa estrela" Nenê Hilário.
Tomados por essa mania nacional pelo imediatismo, Leandrinho foi alvo de muitas críticas pq era "eterno banco" no Suns. E o jogador quieto e na dele seguia fazendo seu trabalho. O que ninguém percebia era que quem tbm estava fazendo um trabalho era o Phoenix Suns, moldando a jóia bruta que eles sabiam que tinham nas maos.
E o resultado do trabalho vimos na madrugada de hoje.
Numa atuaçao magistral, Leandrinho foi o grande nome da vitória do Suns contra o Los Angeles Lakers de Kobe Bryant no 7º e último jogo dos playoffs entre as duas equipes. O brasileiro foi o cestinha da partida, marcando 26 pontos e errando apenas 2 arremessos em todo o jogo.
Foi uma coroaçao dígna e justa para o que Leandrinho já vinha fazendo nesta temporada e principalmente nos últimos três jogos. Leandrinho foi um dos melhores jogadores da série e um dos responsáveis pela virada histórica do Suns, que perdia para o Lakers por 3 jogos a 1.
"Barbosa é o jogador mais rápido da NBA. O Lakers nao encontrou forma de pará-lo. Foi o grande nome da noite!" disse Marc Stein, da ESPN.
"O jogador de noite! O velocista brasileiro destruiu a defesa do Lakers pelo segundo jogo seguido com um ritmo alucinante. Suas infiltraçoes sao impossíveis de parar." disse o ex-jogador Steve Kerr, analista da Yahoo! Sports.
"Essa noite Leandro e Boris (Diaw, jovem ala frances que marcou 21 pontos) foram nossos melhores jogadores" disse o MVP da NBA Steve Nash após o jogo. "Eles sao jovens e nao deveriam ser tao cobrados, como foram no começo da série. Eles mostraram personalidade, perderam o medo e agora estao tomando gosto pelos playoffs, jogando como gente grande na hora que é realmente necessário" completou.
"Barbosa e Diaw guiaram o caminho da vitória. A virada do Suns está diretamente ligada à melhora dos dois jogadores." disse a Sporting News.
Agora vamos ver se na seleçao brasileira nao cometem o mesmo erro de antes, colocando-o como armador. Leandrinho é ala-armador e se torna essa arma quando nao precisa se preocupar em distribuir a bola e comandar a equipe. E a seleçao precisa dele onde ele melhor joga.
A nova geraçao de jogadores brasileiros é promissora e se tivermos paciencia nos trará de volta o orgulho por esse que é um dos nossos esportes nacionais. Leandrinho, Spliter, Varejao, Baby, Nenê... Só precisamos agora de um armador nato para ter um time competitivo. Além, é claro, de uma renovaçao tbm entre os técnicos e dirigentes, que só fazem atrasar novas conquistas.
Parabéns, Leandrinho! Parabéns basquetebol brasileiro!
Depois de muuuuito tempo, o basquetebol brasileiro tem finalmente um motivo do que se orgulhar!
Essa noite Leandrinho Barbosa, o ALA-armador paulista que em 2003 chegou calado e sem fazer alarde ao Phoenix Suns, assustando e surpreendendo muita gente que nunca tinha sequer ouvido falar desse moleque do interior de Sao Paulo.
E o status nao mudou muito. Leandrinho sempre foi "o outro brasileiro na NBA" equanto todas as atençoes do nosso país estavam voltadas à "nossa estrela" Nenê Hilário.
Tomados por essa mania nacional pelo imediatismo, Leandrinho foi alvo de muitas críticas pq era "eterno banco" no Suns. E o jogador quieto e na dele seguia fazendo seu trabalho. O que ninguém percebia era que quem tbm estava fazendo um trabalho era o Phoenix Suns, moldando a jóia bruta que eles sabiam que tinham nas maos.
E o resultado do trabalho vimos na madrugada de hoje.
Numa atuaçao magistral, Leandrinho foi o grande nome da vitória do Suns contra o Los Angeles Lakers de Kobe Bryant no 7º e último jogo dos playoffs entre as duas equipes. O brasileiro foi o cestinha da partida, marcando 26 pontos e errando apenas 2 arremessos em todo o jogo.
Foi uma coroaçao dígna e justa para o que Leandrinho já vinha fazendo nesta temporada e principalmente nos últimos três jogos. Leandrinho foi um dos melhores jogadores da série e um dos responsáveis pela virada histórica do Suns, que perdia para o Lakers por 3 jogos a 1.
"Barbosa é o jogador mais rápido da NBA. O Lakers nao encontrou forma de pará-lo. Foi o grande nome da noite!" disse Marc Stein, da ESPN.
"O jogador de noite! O velocista brasileiro destruiu a defesa do Lakers pelo segundo jogo seguido com um ritmo alucinante. Suas infiltraçoes sao impossíveis de parar." disse o ex-jogador Steve Kerr, analista da Yahoo! Sports.
"Essa noite Leandro e Boris (Diaw, jovem ala frances que marcou 21 pontos) foram nossos melhores jogadores" disse o MVP da NBA Steve Nash após o jogo. "Eles sao jovens e nao deveriam ser tao cobrados, como foram no começo da série. Eles mostraram personalidade, perderam o medo e agora estao tomando gosto pelos playoffs, jogando como gente grande na hora que é realmente necessário" completou.
"Barbosa e Diaw guiaram o caminho da vitória. A virada do Suns está diretamente ligada à melhora dos dois jogadores." disse a Sporting News.
Agora vamos ver se na seleçao brasileira nao cometem o mesmo erro de antes, colocando-o como armador. Leandrinho é ala-armador e se torna essa arma quando nao precisa se preocupar em distribuir a bola e comandar a equipe. E a seleçao precisa dele onde ele melhor joga.
A nova geraçao de jogadores brasileiros é promissora e se tivermos paciencia nos trará de volta o orgulho por esse que é um dos nossos esportes nacionais. Leandrinho, Spliter, Varejao, Baby, Nenê... Só precisamos agora de um armador nato para ter um time competitivo. Além, é claro, de uma renovaçao tbm entre os técnicos e dirigentes, que só fazem atrasar novas conquistas.
Parabéns, Leandrinho! Parabéns basquetebol brasileiro!
quinta-feira, 4 de maio de 2006
NAO PERCA!
Vi que estréia este fim de semana aí no Brasil o filmáááço de Tommy Lee Jones, "Três Enterros de Melquiades Estrada".
Um drama de humor negro envolvente que mostra a face mais triste e decadente da fronteira entre EUA e México, além de dar uma visao um tanto peculiar e dura de amor, amizade e lealdade nos dias de hoje. Tommy Lee cria um curioso e genial western clássico, mas passado no século XXI.
Direçao e atuaçao incríveis de Tommy Lee Jones, que lhe rendeu o premio de melhor ator em Cannes. O roteiro do excelente mexicano Guillermo Arriaga - o mesmo de Amores Brutos - tbm foi premiado e o filme foi uma das boas surpresas do festival no ano passado.
Tá aqui a dica... Vale a pena conferir!
Vi que estréia este fim de semana aí no Brasil o filmáááço de Tommy Lee Jones, "Três Enterros de Melquiades Estrada".
Um drama de humor negro envolvente que mostra a face mais triste e decadente da fronteira entre EUA e México, além de dar uma visao um tanto peculiar e dura de amor, amizade e lealdade nos dias de hoje. Tommy Lee cria um curioso e genial western clássico, mas passado no século XXI.
Direçao e atuaçao incríveis de Tommy Lee Jones, que lhe rendeu o premio de melhor ator em Cannes. O roteiro do excelente mexicano Guillermo Arriaga - o mesmo de Amores Brutos - tbm foi premiado e o filme foi uma das boas surpresas do festival no ano passado.
Tá aqui a dica... Vale a pena conferir!
domingo, 30 de abril de 2006
Draft da NFL - Vencedores e Perdedores
Mario Williams em destaque, protagonista da maior burrice desse ano. Ao lado Leinart, Young e Bush, as outras estrelas do draft.
Após o primeiro dia do recrutamento dos jogadores universitários pelos times da liga profissional de futebol americano, alguns times sairam com excelentes negócios. Mas outros fizeram manobras e recrutamentos que foram no mínimo polêmicas, para nao dizer desastradas.
Abaixo minhas avaliaçoes dos vencedores e perdedores do dia em que a elite universitária de 2005 começou seu caminho ao estrelado:
OS VENCEDORES
Reggie Bush formará uma artilharia de respeito ao lado de Deuce McAllister no Saints
New Orleans Saints
Eles pegaram Reggie Bush. E ponto final!
Denver Broncos
O técnico e manager do Broncos, Mike Shanahan, nao para de me dar motivos para apontá-lo como um dos mais brilhantes da NFL. Após a boa troca com o 49ers no meio da semana passada, Shanahan havia entrado com dois objetivos nesse draft: conseguir uma troca de última hora para recrutrar o quarterback Jay Cutler ou entao pegar um dos 3 wide receivers que estavam contatos para sair no 1º round. E no fim das contas saiu melhor do que ele imaginava.
O Broncos nao só conseguiu Jay Cutler como, cedendo a 5ª escolha do 2º round ao Green Bay Packers, conseguiu o wide reicever do Packer, Javon Walker, em troca. Walker é um dos mais talentosos receivers que surgiram na NFL nos últimos anos e, mesmo tendo perdido toda a temporada passada por contusao, é um jogador jovem e cai com perfeiçao no esquema de Shanahan. O Broncos consegue dois jogadores de nível de primeiro round, sendo que um deles nao é um rookie e está pronto para causar impacto já nessa temporada. E Cutler terá tempo de amadurecer e ser moldado como Shanahan gosta.
Arizona Cardinals
O Cardinals foi o destino de Leinart e agora é um dos ataques mais temidos da liga
O dia foi de sonho para o técnico Dennis Green e para os torcedores do Cardinals. Seu ataque ganhou excelentes reforços exatamente para as posiçoes mais frágeis. Nao só aconteceu o impossível, com Matt Leinart caindo de paraquedas na 10ª escolha do primeiro round, mas como tbm conseguiu dois dos melhores jogadores disponíveis para a linha de ataque e jogo de passe, o guard Deuce Lutui e o monstro tight end Leonard Pope, que tem corpo de ala pivô da NBA e é praticamente imparável na redzone.
Apenas um cometário sobre Leinart, que se tivesse entrado no draft do ano passado teria sido a escolha #1, mas que decidiu ficar um ano mais na universidade. Estima-se que Leinart tenha perdido de 10 a 16 milhoes de dolares por essa decisao, já que ano passado teria assinado um contrato extraterrestre com o 49ers.
San Francisco 49ers
O 49ers fez bom uso das suas duas escolhas no primeiro round e recrutou dos dos jogadores mais seguros e confiaveis desse draft, para duas posiçoes que tinham muita deficiencia: receivers e linebackers. Com o tight end Vernon Davis, ganha nao só um bloqueador e alvo extraordinário, como tbm ganha o melhor receiver de todo o draft. Davis tem corpo de TE mas tem velocidade, agilidade e explosao de wide receiver. Joga na linha de ataque mas é excelente como 3º ou 4º receiver no slot, causando enorme desvantagem física aos pobre corners que o marcam nessa circunstancia. Já o híbrido defensor Manny Lawson, que pode jogar tanto de defensive end quanto de linebacker, chega para exercer a segunda funçao no sistema de 4 linebackers do 49ers. Dois jogadores que começaram de titulares já no primeiro jogo do ano.
Vernon Davis, o melhor receiver do draft é 49er
New England Patriots
Sem fazer qualquer esforço, reforçou o ataque com dois dos melhores jogadores disponíveis no draft, o running back Laurence Maroney e o wide receiver Chad Jackson.
Philadelphia Eagles
Também sem fazer muito esforço, pegou o melhor defensive tackle do draft, Brodrick Bunkley e um dos melhores linhas de ataque, o offensive tackle Winston Justice.
OS PERDEDORES
O Jets nada contra a corrente e ignora Matt Leinart, recrutando Ferguson
Houston Texans
Se vc nao vai draftar um cara como Reggie Bush, que pelo menos tome vantagem disso e faça uma troca que valha a pena. Mas nao, o Houston quis provar pra todo mundo que sao a pior administraçao da NFL e simplesmente ignoraram o que era impossível de ignorar.
New York Jets
Com uma bomba relógio chamada Chad Pennington e um zero a esquerda chamado Patrick Ramsey, ignorar Matt Leinart é inconcebível e inacreditável. A guerra está aberta contra os torcedores.
Buffalo Bills
Os torcedores do Bills estao pedindo à NFL que faça um anti-doping nos seus dirigentes, para provar que eles estavam sob o efeito de substancias proibidas e que o draft foi inválido. Donte Whitner com a 8ª escolha do 1º round?! John McCargo com a 26ª?! Menos mal que conseguiram por milagre o cornerback Ashton Youboty no 3º round... Um verdadeiro desastre!!!
Chicago Bears
Trocar a 26ª escolha do primeiro round por dois jogadores medianos de defesa?! Eu pensei que o ataque fosse o grande problema do Bears... Péssima manobra!
MENÇOES HONROSAS
Vince Young chega a Titans para subtituir Steve McNair
* Ao Carolina Panthers por o excelente recrutamento do running back DeAngelo Williams.
* Ao Pittsburg Steelers por substituir Antwaan Randle El por Santonio Holmes, provavelmente o melhor wide receiver do draft.
* Ao Tennessee Titans, que ganha dois dos jogadores mais talentosos e bem contados do draft, Vince Young e LenDale White, mas que ao mesmo tempo sao as duas maiores incógnitas desse ano. A chance de serem jogadores bem sucedidos é a mesma de serem enormes decepçoes. Só o tempo dirá!
Mario Williams em destaque, protagonista da maior burrice desse ano. Ao lado Leinart, Young e Bush, as outras estrelas do draft.
Após o primeiro dia do recrutamento dos jogadores universitários pelos times da liga profissional de futebol americano, alguns times sairam com excelentes negócios. Mas outros fizeram manobras e recrutamentos que foram no mínimo polêmicas, para nao dizer desastradas.
Abaixo minhas avaliaçoes dos vencedores e perdedores do dia em que a elite universitária de 2005 começou seu caminho ao estrelado:
OS VENCEDORES
Reggie Bush formará uma artilharia de respeito ao lado de Deuce McAllister no Saints
New Orleans Saints
Eles pegaram Reggie Bush. E ponto final!
Denver Broncos
O técnico e manager do Broncos, Mike Shanahan, nao para de me dar motivos para apontá-lo como um dos mais brilhantes da NFL. Após a boa troca com o 49ers no meio da semana passada, Shanahan havia entrado com dois objetivos nesse draft: conseguir uma troca de última hora para recrutrar o quarterback Jay Cutler ou entao pegar um dos 3 wide receivers que estavam contatos para sair no 1º round. E no fim das contas saiu melhor do que ele imaginava.
O Broncos nao só conseguiu Jay Cutler como, cedendo a 5ª escolha do 2º round ao Green Bay Packers, conseguiu o wide reicever do Packer, Javon Walker, em troca. Walker é um dos mais talentosos receivers que surgiram na NFL nos últimos anos e, mesmo tendo perdido toda a temporada passada por contusao, é um jogador jovem e cai com perfeiçao no esquema de Shanahan. O Broncos consegue dois jogadores de nível de primeiro round, sendo que um deles nao é um rookie e está pronto para causar impacto já nessa temporada. E Cutler terá tempo de amadurecer e ser moldado como Shanahan gosta.
Arizona Cardinals
O Cardinals foi o destino de Leinart e agora é um dos ataques mais temidos da liga
O dia foi de sonho para o técnico Dennis Green e para os torcedores do Cardinals. Seu ataque ganhou excelentes reforços exatamente para as posiçoes mais frágeis. Nao só aconteceu o impossível, com Matt Leinart caindo de paraquedas na 10ª escolha do primeiro round, mas como tbm conseguiu dois dos melhores jogadores disponíveis para a linha de ataque e jogo de passe, o guard Deuce Lutui e o monstro tight end Leonard Pope, que tem corpo de ala pivô da NBA e é praticamente imparável na redzone.
Apenas um cometário sobre Leinart, que se tivesse entrado no draft do ano passado teria sido a escolha #1, mas que decidiu ficar um ano mais na universidade. Estima-se que Leinart tenha perdido de 10 a 16 milhoes de dolares por essa decisao, já que ano passado teria assinado um contrato extraterrestre com o 49ers.
San Francisco 49ers
O 49ers fez bom uso das suas duas escolhas no primeiro round e recrutou dos dos jogadores mais seguros e confiaveis desse draft, para duas posiçoes que tinham muita deficiencia: receivers e linebackers. Com o tight end Vernon Davis, ganha nao só um bloqueador e alvo extraordinário, como tbm ganha o melhor receiver de todo o draft. Davis tem corpo de TE mas tem velocidade, agilidade e explosao de wide receiver. Joga na linha de ataque mas é excelente como 3º ou 4º receiver no slot, causando enorme desvantagem física aos pobre corners que o marcam nessa circunstancia. Já o híbrido defensor Manny Lawson, que pode jogar tanto de defensive end quanto de linebacker, chega para exercer a segunda funçao no sistema de 4 linebackers do 49ers. Dois jogadores que começaram de titulares já no primeiro jogo do ano.
Vernon Davis, o melhor receiver do draft é 49er
New England Patriots
Sem fazer qualquer esforço, reforçou o ataque com dois dos melhores jogadores disponíveis no draft, o running back Laurence Maroney e o wide receiver Chad Jackson.
Philadelphia Eagles
Também sem fazer muito esforço, pegou o melhor defensive tackle do draft, Brodrick Bunkley e um dos melhores linhas de ataque, o offensive tackle Winston Justice.
OS PERDEDORES
O Jets nada contra a corrente e ignora Matt Leinart, recrutando Ferguson
Houston Texans
Se vc nao vai draftar um cara como Reggie Bush, que pelo menos tome vantagem disso e faça uma troca que valha a pena. Mas nao, o Houston quis provar pra todo mundo que sao a pior administraçao da NFL e simplesmente ignoraram o que era impossível de ignorar.
New York Jets
Com uma bomba relógio chamada Chad Pennington e um zero a esquerda chamado Patrick Ramsey, ignorar Matt Leinart é inconcebível e inacreditável. A guerra está aberta contra os torcedores.
Buffalo Bills
Os torcedores do Bills estao pedindo à NFL que faça um anti-doping nos seus dirigentes, para provar que eles estavam sob o efeito de substancias proibidas e que o draft foi inválido. Donte Whitner com a 8ª escolha do 1º round?! John McCargo com a 26ª?! Menos mal que conseguiram por milagre o cornerback Ashton Youboty no 3º round... Um verdadeiro desastre!!!
Chicago Bears
Trocar a 26ª escolha do primeiro round por dois jogadores medianos de defesa?! Eu pensei que o ataque fosse o grande problema do Bears... Péssima manobra!
MENÇOES HONROSAS
Vince Young chega a Titans para subtituir Steve McNair
* Ao Carolina Panthers por o excelente recrutamento do running back DeAngelo Williams.
* Ao Pittsburg Steelers por substituir Antwaan Randle El por Santonio Holmes, provavelmente o melhor wide receiver do draft.
* Ao Tennessee Titans, que ganha dois dos jogadores mais talentosos e bem contados do draft, Vince Young e LenDale White, mas que ao mesmo tempo sao as duas maiores incógnitas desse ano. A chance de serem jogadores bem sucedidos é a mesma de serem enormes decepçoes. Só o tempo dirá!
sábado, 29 de abril de 2006
E a primeira surpresa do draft: o Texans diz NAO à Reggie Bush
Super Mario Williams será a primeira escolha do draft desse ano
O MUNDO DO FUTEBOL AMERICANO ESTÁ EM CHOQUE!
Só pra queirmar nao só a minha mas a lingua de 99% dos olheiros e analistas da NFL, Houston Texans mostrou pq é considerado o pior time em administraçao da NFL.
Os Texans fecharam um contrato com Mario Williams de 6 anos e US$54 milhoes e ignoram aquele que pode ser um dos maiores running backs dos tempos modernos.
Uma má decisao e uma decisao que vai mudar totalmente a cara do draft.
A maior ironia dessa história é que o Saints estava louco para trocar a segunda escolha e nao encontrava ninguém interessado... Agora imagina agora o número de times que devem estar loucos ligando para o Saints para conseguir a segunda escolha?
Torço sinceramente que algum time melhor que o Saint faça a troca e o Bush caia numa equipe onde possa mostrar todo seu jogo, pq pensando nele com a camisa do Nova Orleans já me dá saudades daquelas tardes de sábado vendo-o com a #5 da USC.
Super Mario Williams será a primeira escolha do draft desse ano
O MUNDO DO FUTEBOL AMERICANO ESTÁ EM CHOQUE!
Só pra queirmar nao só a minha mas a lingua de 99% dos olheiros e analistas da NFL, Houston Texans mostrou pq é considerado o pior time em administraçao da NFL.
Os Texans fecharam um contrato com Mario Williams de 6 anos e US$54 milhoes e ignoram aquele que pode ser um dos maiores running backs dos tempos modernos.
Uma má decisao e uma decisao que vai mudar totalmente a cara do draft.
A maior ironia dessa história é que o Saints estava louco para trocar a segunda escolha e nao encontrava ninguém interessado... Agora imagina agora o número de times que devem estar loucos ligando para o Saints para conseguir a segunda escolha?
Torço sinceramente que algum time melhor que o Saint faça a troca e o Bush caia numa equipe onde possa mostrar todo seu jogo, pq pensando nele com a camisa do Nova Orleans já me dá saudades daquelas tardes de sábado vendo-o com a #5 da USC.
quarta-feira, 26 de abril de 2006
Bola pra frente, Amigao!
Chegou até aqui na Espanha a repercussao do Linha de Passe da última segunda-feira!
Explicando rapidamente, o âncora Paulo Soares, mais conhecido pelos seus tempos de Rádio Globo como o "Amigao da Galera" exatamente por ser um cara super gente boa e simpático, perdeu a paciência com o chefe, no caso o americano José Trajano, e simplesmente se levantou no ar e foi embora do programa.
Pra quem nao viu, aqui um link pro vídeo.
Os dois acabaram de soltar uma nota em vídeo se explicando e dando um ponto final ao episódio.
Como a Soninha bem disse no seu blog, quando vc trabalha num canal com o perfil da ESPN Brasil e com o clima que foi criado alí - clima esse que eu acredito que qualquer profissional de outra emissora gostaria de ter - dá margem pra esse tipo de reaçao tipo TV Universitária.
Mas acho que isso é o bacana da ESPN Brasil e uma coisa que eu sempre gostei e comentei quando encontrava um ou outro coleguinha de lá, esse jeito descontraído e meio que descompromissado de fazer jornalismo esportivo. Clima esse que na ESPN original, ianque, é criado artificialmente e com o mais avançado grau de tecnologia e profissionalismo. Mas que no Brasil só precisa deixar a galera ser ela mesma e curtir o que está fazendo.
Chegou até aqui na Espanha a repercussao do Linha de Passe da última segunda-feira!
Explicando rapidamente, o âncora Paulo Soares, mais conhecido pelos seus tempos de Rádio Globo como o "Amigao da Galera" exatamente por ser um cara super gente boa e simpático, perdeu a paciência com o chefe, no caso o americano José Trajano, e simplesmente se levantou no ar e foi embora do programa.
Pra quem nao viu, aqui um link pro vídeo.
Os dois acabaram de soltar uma nota em vídeo se explicando e dando um ponto final ao episódio.
Como a Soninha bem disse no seu blog, quando vc trabalha num canal com o perfil da ESPN Brasil e com o clima que foi criado alí - clima esse que eu acredito que qualquer profissional de outra emissora gostaria de ter - dá margem pra esse tipo de reaçao tipo TV Universitária.
Mas acho que isso é o bacana da ESPN Brasil e uma coisa que eu sempre gostei e comentei quando encontrava um ou outro coleguinha de lá, esse jeito descontraído e meio que descompromissado de fazer jornalismo esportivo. Clima esse que na ESPN original, ianque, é criado artificialmente e com o mais avançado grau de tecnologia e profissionalismo. Mas que no Brasil só precisa deixar a galera ser ela mesma e curtir o que está fazendo.
World Bowl, aí vamos nós!
E falando de futebol americano, já está confirmado: dia 25 de maio parto pra Dusseldorf, para a cobertura do World Bowl XIV - a grande final da NFL Europe.
Semana que vem eu coloco aqui um preview.
E falando de futebol americano, já está confirmado: dia 25 de maio parto pra Dusseldorf, para a cobertura do World Bowl XIV - a grande final da NFL Europe.
Semana que vem eu coloco aqui um preview.
terça-feira, 25 de abril de 2006
O Draft da NFL e o 49ers voltando a parecer o 49ers
O quarterback do San Francisco 49ers, Alex Smith, escolha número um do draft da NFL no ano passado.
Acontece no próximo fim de semana o Draft da NFL, ou melhor dizendo, o recrutamento dos melhores jogadores universitários que ascendem à liga profissional de futebol americano.
Pra quem nao entende muito bem de esportes americanos, as divisoes de base sao todas comandadas pelas universidades, sendo que quando o jogador termina os 4 anos da faculdade (dependendo do talento, pode sair antes disso), ele está disponível para a liga profissional do seu determinado esporte.
Os jogadores universitários nao recebem salários e se preparam durante esse tempo pensando em se tornarem profissionais, o que faz das ligas universitárias apaixonantes, com um jogo muito mais aberto e eletrizante, já que os jogadores estao alí pra mostrar do que podem ser capazes, sem todo o dinheiro que envolve na categoria de cima.
E no dia do Draft, o pior time profissional do ano passado tem o direito de ser o primeiro a escolher, pegando com isso sempre o melhor jogador. A liga mantém assim a igualdade entre os times, fazendo com que nunca tenha uma equipe que seja muito melhor durante muito tempo.
Com isso explicado, falemos do que interessa. Do meu time, o San Francisco 49ers.
O 49ers vem há alguns anos fazendo campanhas medíocres, com uma administraçao ridícula e comissoes técnicas que nao mereciam nem viver na costa oeste americana, quanto mais dirigir esse que é um dos times mais tradicionais da NFL.
Mas com a chegada do técnico Mike Nolan, ano passado, novos ares parecem que estao sendo respirados no time de Sao Francisco.
Mike Nolan comandando o 49ers ano passado
Nolan é filho de Dick Nolan, ex-treinador do 49ers nas décadas de 60 e 70 e uma das grandes mentes pensantes que ajudaram a desenvolver esquemas defensivos modernos. Vem da escolha de Bill Walsh e triunfou com Brian Billick e Marvin Lewis comandando aquela incrível defesa do Ravens de 5 anos atrás.
Mike herdou do pai a paixao pelas táticas de defesa e a fama de linha dura, ideal para botar ordem na casa do 49ers, que estava pior que a da mae Joana!
Nolan começou do zero na temporada passada. Pegou um time de elenco falido, capenga e desmotivado, com a pior campanha da NFL. Várias promessas que nao vingaram, veteranos medíocres que eram tratados como estrelas e jovens estrelas que nao honravam a mítica camisa vermelha e dourada.
De cara mudou o sistema de defesa para um agressivo 3-4, mesmo com o elenco fraco e pouco capaz de corresponder. No meio da temporada mostrou personalidade e deu um pé na bunda do linebacker Jamie Winborn, que nao quis se enquadrar no novo esquema.
O 'casca grossa' Nolan, colocando ordem na casa do 49ers
Com o ataque comandado pela escolha número 1 do Draft de 2005, o jovem e promissor quarterback Alex Smith, melhorou a campanha da temporada 2004/05, teminando o ano com duas vitórias seguidas.
Mas sua personalidade forte seria vista pra valer com o fim da temporada e o início do período de dispensa, renegociaçao e contrataçao de jogadores com contrato livre.
Mike Nolan se disfez de nada menos que 5 titulares de uma só vez.
Nao renovou com os linebackers Julian Peterson e Andre Carter e com o fullback Fred Beasley, cortou o cornerback Ahmed Plummer e negociou o wide receiver Brandon Lloyd.
E os cinco eram os que assim podiam ser chamados de estrelas, mas que de estrelar só tinham o salário. Julian Peterson é um ex-Pro Bowl que parece que desaprendeu a jogar. Ahmed Plummer, depois que assinou um contrato milionário há duas temporadas, tem contusoes seguidas e misteriosas no tornozelo. Fred Beasley comprou uma briga com o auxiliar técnico e, mesmo pedindo desculpas, foi dispensado. E Brandon Lloyd de grande promessa virou um grande fiasco, parecendo se preocupar mais com sua carreira de rapper do que como jogador profissional.
Mas mesmo com todos esses fatores, abrir mao de jogadores como esses é no mínimo um ato de muita coragem e convicçao de que suas idéias e o futuro do time está acima de nomes isolados. E isso só já vale uma salva de palmas.
Outra surpresa foi que Nolan nao contratou nenhuma das estrelas que estavam disponíveis no mercado para o time, alegando que nenhum deles apresentava o perfil de comprometimento que ele buscava para contruir sua equipe.
De significativo trouxe apenas o veterano linha de ataque Larry Allen e o wide receiver Antonio Bryant. Ambos questionaveis, já que o primeiro está velho e tem um preocupante histórico de contusoes. E o segundo é conhecido como garoto problema e mais lembrado por ter jogado uma toalha na cara de Bill Parcels do que pelos seus catchs.
Mas Nolan está convencido que Allen será fundamental para orientar a juventude e que Bryant está mais maduro e que muitas vezes foi incompreendido. Assim justifica a contrataçao de Bryant:
"A NFL está cheia de mocinhas bonitinhas jogando de wide receivers, mas como técnico de defesa que sou, esses tipos nao me metem medo. Os caras que me metem medo sao os caras que sao raçudos e que nao tem medo de competiçao. Sao esses que vao vencer os defensores na hora do "vamos ver". E Bryant é um deles."
Esse é o tipo de Mike Nolan. Um sujeito de personalidade forte e casca grossa!
Nolan aposta no draft, ou seja, na juventude para dar sua cara no novo 49ers. E por isso acabou de tomar uma decisao arriscada mas, na minha opiniao, acertada. Trocou as suas escolhas nas segunda e terceira rodadas do Draft por uma escolha extra no primeiro round. Isso mostra que Nolan quer alguém que seja titular já nesse ano. Uma manobra agressiva que fez com que ele ganhasse ainda mais minha simpatia como torcedor.
Mike Nolan observando a equipe em reformulaçao, com seu líder Alex Smith ao fundo.
Desde que Bill Walsh se aposentou, nenhum treinador do 49ers teve tanto poder e liberdade para dar continuidade a um projeto como Mike Nolan está tendo agora.
E espero que, com esse grau de seriedade e comprometimento, o time possa voltar à elite do esporte, pq dalí a gente nunca deveria ter saído!
O quarterback do San Francisco 49ers, Alex Smith, escolha número um do draft da NFL no ano passado.
Acontece no próximo fim de semana o Draft da NFL, ou melhor dizendo, o recrutamento dos melhores jogadores universitários que ascendem à liga profissional de futebol americano.
Pra quem nao entende muito bem de esportes americanos, as divisoes de base sao todas comandadas pelas universidades, sendo que quando o jogador termina os 4 anos da faculdade (dependendo do talento, pode sair antes disso), ele está disponível para a liga profissional do seu determinado esporte.
Os jogadores universitários nao recebem salários e se preparam durante esse tempo pensando em se tornarem profissionais, o que faz das ligas universitárias apaixonantes, com um jogo muito mais aberto e eletrizante, já que os jogadores estao alí pra mostrar do que podem ser capazes, sem todo o dinheiro que envolve na categoria de cima.
E no dia do Draft, o pior time profissional do ano passado tem o direito de ser o primeiro a escolher, pegando com isso sempre o melhor jogador. A liga mantém assim a igualdade entre os times, fazendo com que nunca tenha uma equipe que seja muito melhor durante muito tempo.
Com isso explicado, falemos do que interessa. Do meu time, o San Francisco 49ers.
O 49ers vem há alguns anos fazendo campanhas medíocres, com uma administraçao ridícula e comissoes técnicas que nao mereciam nem viver na costa oeste americana, quanto mais dirigir esse que é um dos times mais tradicionais da NFL.
Mas com a chegada do técnico Mike Nolan, ano passado, novos ares parecem que estao sendo respirados no time de Sao Francisco.
Mike Nolan comandando o 49ers ano passado
Nolan é filho de Dick Nolan, ex-treinador do 49ers nas décadas de 60 e 70 e uma das grandes mentes pensantes que ajudaram a desenvolver esquemas defensivos modernos. Vem da escolha de Bill Walsh e triunfou com Brian Billick e Marvin Lewis comandando aquela incrível defesa do Ravens de 5 anos atrás.
Mike herdou do pai a paixao pelas táticas de defesa e a fama de linha dura, ideal para botar ordem na casa do 49ers, que estava pior que a da mae Joana!
Nolan começou do zero na temporada passada. Pegou um time de elenco falido, capenga e desmotivado, com a pior campanha da NFL. Várias promessas que nao vingaram, veteranos medíocres que eram tratados como estrelas e jovens estrelas que nao honravam a mítica camisa vermelha e dourada.
De cara mudou o sistema de defesa para um agressivo 3-4, mesmo com o elenco fraco e pouco capaz de corresponder. No meio da temporada mostrou personalidade e deu um pé na bunda do linebacker Jamie Winborn, que nao quis se enquadrar no novo esquema.
O 'casca grossa' Nolan, colocando ordem na casa do 49ers
Com o ataque comandado pela escolha número 1 do Draft de 2005, o jovem e promissor quarterback Alex Smith, melhorou a campanha da temporada 2004/05, teminando o ano com duas vitórias seguidas.
Mas sua personalidade forte seria vista pra valer com o fim da temporada e o início do período de dispensa, renegociaçao e contrataçao de jogadores com contrato livre.
Mike Nolan se disfez de nada menos que 5 titulares de uma só vez.
Nao renovou com os linebackers Julian Peterson e Andre Carter e com o fullback Fred Beasley, cortou o cornerback Ahmed Plummer e negociou o wide receiver Brandon Lloyd.
E os cinco eram os que assim podiam ser chamados de estrelas, mas que de estrelar só tinham o salário. Julian Peterson é um ex-Pro Bowl que parece que desaprendeu a jogar. Ahmed Plummer, depois que assinou um contrato milionário há duas temporadas, tem contusoes seguidas e misteriosas no tornozelo. Fred Beasley comprou uma briga com o auxiliar técnico e, mesmo pedindo desculpas, foi dispensado. E Brandon Lloyd de grande promessa virou um grande fiasco, parecendo se preocupar mais com sua carreira de rapper do que como jogador profissional.
Mas mesmo com todos esses fatores, abrir mao de jogadores como esses é no mínimo um ato de muita coragem e convicçao de que suas idéias e o futuro do time está acima de nomes isolados. E isso só já vale uma salva de palmas.
Outra surpresa foi que Nolan nao contratou nenhuma das estrelas que estavam disponíveis no mercado para o time, alegando que nenhum deles apresentava o perfil de comprometimento que ele buscava para contruir sua equipe.
De significativo trouxe apenas o veterano linha de ataque Larry Allen e o wide receiver Antonio Bryant. Ambos questionaveis, já que o primeiro está velho e tem um preocupante histórico de contusoes. E o segundo é conhecido como garoto problema e mais lembrado por ter jogado uma toalha na cara de Bill Parcels do que pelos seus catchs.
Mas Nolan está convencido que Allen será fundamental para orientar a juventude e que Bryant está mais maduro e que muitas vezes foi incompreendido. Assim justifica a contrataçao de Bryant:
"A NFL está cheia de mocinhas bonitinhas jogando de wide receivers, mas como técnico de defesa que sou, esses tipos nao me metem medo. Os caras que me metem medo sao os caras que sao raçudos e que nao tem medo de competiçao. Sao esses que vao vencer os defensores na hora do "vamos ver". E Bryant é um deles."
Esse é o tipo de Mike Nolan. Um sujeito de personalidade forte e casca grossa!
Nolan aposta no draft, ou seja, na juventude para dar sua cara no novo 49ers. E por isso acabou de tomar uma decisao arriscada mas, na minha opiniao, acertada. Trocou as suas escolhas nas segunda e terceira rodadas do Draft por uma escolha extra no primeiro round. Isso mostra que Nolan quer alguém que seja titular já nesse ano. Uma manobra agressiva que fez com que ele ganhasse ainda mais minha simpatia como torcedor.
Mike Nolan observando a equipe em reformulaçao, com seu líder Alex Smith ao fundo.
Desde que Bill Walsh se aposentou, nenhum treinador do 49ers teve tanto poder e liberdade para dar continuidade a um projeto como Mike Nolan está tendo agora.
E espero que, com esse grau de seriedade e comprometimento, o time possa voltar à elite do esporte, pq dalí a gente nunca deveria ter saído!